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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

boas Festas

Estava há pouco a escrever um texto mais ou menos sério (aqui nada é de confiança), sobre este tema do Natal e depois de o publicar (coisa publicada não se mexe), ao rever vi que tinha uma lacuna gravíssima. Então e a temática das prendas e das festas? Pois é toca a sair dessa preguicite crónica e a escrever, seu madraço (já não ouvia esta palavra há anos). A questão é simples: Se os presentes têm que ver com o Natal, porque não os trocamos no dia de Reis? Se desejamos Boas Festas, porque não as fazemos?

Não sendo uma data tão comercial como o Natal, as lojas estão menos concorridas. A possibilidade de termos que esperar em fila numa caixa de uma loja para pagar é reduzida. Estamos muito mais à vontade e até mesmo a loja de oportunidades do Corte Inglês (para quem se diverte à procura de coisas sem defeito e preço baixo), em Porriño (também tem o português como língua oficial, à semelhança de Gaia e Vigo), apenas a partir do dia 7 fica impossível. Mas cá no nosso burgo o ideal para comprar prendas é a seguir ao Natal, onde arrancam, já sem grande timidez, as promoções (eufemismo usado para os saldos antes da época deles).

Ora temos o Reveillon à porta e eu adoro a passagem de ano. Deixar simbolicamente tudo para trás e entrar novo num novo ano, é fantástico.

Então a sugestão, aproveitando esta quadra festiva e na expectativa das boas Festas:
Vamos às compras a seguir ao Natal, vamos oferecer presentes, mas só das nossas amigas La Perla, Aubade, Triumph, mas também pode ser Intimissimi, Benetton ou até mesmo Hope Candy (o aroma...) e vamos transformar estes dias em dias de rainhas e de reis...pelo menos até ao dia dos namorados. Nesse dia renovamos votos.

Afinal as nossas namoradas são rainhas ou não? Sempre.

Natal

Parece que já acabou, a avaliar pela euforia das pessoas na baixa das cidades e nos centros comerciais. Imagino, apenas, como terá sido há três dias atrás, como terá sido ontem, como foi hoje e como será amanhã. Depois começam os saldos e volta quase tudo ao mesmo, ou ao quase mesmo nessas catedrais de consumo, porque Janeiro tem fama e tradição de ser um dos meses mais compridos do ano...

Fico sempre triste nestas ocasiões, não por ser Natal, nem por sentir essa febre de consumo a afectar toda a gente e quase a contagiar-me.

Não fico triste por não sentir essa alegria colectiva e geral que quase me atinge. Nem por ter poucas ou muitas prendas para comprar ou receber.

Fico triste por ver que se perdeu o espírito de simplicidade e alegria autêntica que devia
acontecer, pelo menos nessa data. Fico triste por ver que se oferece, não importa o quê e a quem.
Seria suposto gastarmos algum tempo a pensar nos destinatários das ofertas e a escolher coisas que lhes dessem prazer receber.

Fico triste por ver que tenho cada vez menos tempo (e não é por causa dos blogs), para me dedicar às pessoas de quem gosto.

Fico ainda mais triste por não ter a paciência que devia com essas pessoas.

Fico de rastos quando percebo que ao fim de escassos segundos de conversa já não estou a ouvir o que me dizem, antes a pensar em milhões de coisas que gostava de ter feito e não fiz, ou que vou fazer a seguir quando terminar essa não conversa. Sinto-me mal quando percebo que não ouvi nada do que me disseram ou quiseram dizer e deveria ter ouvido...

Sinto-me mal quando não estou atento para as entrelinhas das conversas, verbais ou não verbais. Sinto-me especialmente mal quando essas pessoas, são pessoas que gosto e estimo.

Vou aos arames quando se aproveita esta altura do ano para juntar a família e irritar alguns com críticas pouco subtis, em momentos que não se podem, ou querem, defender. Mais vale não convidar.

Fico triste por ver que há pessoas para quem a vida se resume a competição de carros, casas, motas, barcos, aparelhagens e etc.

Fico triste por ver que o ordenado extra que a generalidade dos portugueses recebe no final de Novembro ou meados de Dezembro, não serve para outro fim que não comprar coisas que podiam e talvez devessem ser compradas noutra altura.

Exemplifico com três situações:
Situação um:
Na fila da caixa do supermercado, o marido vira-se para a mulher e dispara:
-Então afinal não queres aquilo?
-Se achas que sim...
Sai da fila e aparece passados instantes com um micro-ondas nos braços.
Situação dois:
Família de aspecto simples deambula por entre as gôndolas (as do Continente, pois claro). Marido à frente, mulher no meio e filho atrás, a fechar a comitiva e a empurrar alegremente um carro de compras ainda vazio.
O leader indica, apontando o dedo às prateleiras de iogurtes:
-Vês? Se quiseres, leva. Anda moço, põe no carro, vamos.
Situação três:
A terceira história? Imaginem-se no parque de estacionamento do Norte Shopping à procura de lugar, entre os profissionais de Norte Shopping e não preciso de escrever mais nada sobre o assunto.

Reflicto mais um pouco sobre estas histórias e ...
...Será que as pessoas são felizes assim? Provavelmente são mesmo felizes assim. Então está tudo bem.

Nem tudo é mau, e a vida não é toda em tons de cinzento.

Gosto dos dias sem nada para fazer, que se esgotam rapidamente.

Gosto de ver pessoas alegres, gosto de as divertir com o meu habitual humor, nesta altura tendencialmente menos sarcástico e mordaz...

Gosto do sabor da aletria e do arroz doce que lembram, de forma doce, momentos passados e agradáveis em família.

Gosto desses dias, que voam, até à passagem do ano.

Gosto de trocar prendas quando se fixou, previamente, um valor máximo e se sorteou a pessoa para quem vamos comprar.

Adoro pensar numa pessoa e descobrir o que ela gostaria de receber.

Adoro essas descobertas...E comprar essas prendas.

E o meu Natal? Espartano, como não podia deixar de ser. Este ano tive uma alegria inesperada! Recebi uma mensagem de uma pessoa que não via há séculos. Afinal há Natal! E até gosto.

Boas e muitas festas para todos.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Novidades

Flirdelity. Há que explorar o conceito, agora que o smirting acabou.
Afinal há já um ano que não fumo.
E todos os dias tenho saudades...
Do fumo, claro.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Aos Incompetentes

Meus Caros,

Não percais a esperança. Enquanto há vida há esperança e o vosso esforço será recompensado. Há que seguir os mandamentos, da nova gestão. Lixar os colegas como acham que eles vos lixarão, se tiverem possibilidade. Lembrem-se que há sempre um Tio que vos protege. Nem hesitem, se alguém fizer ver ao mundo um pouco da vossa incompetência e se aperceber da vossa falta de qualidades, não percais a esperança. Assim que possível, com mentiras e enganos vingai-vos, e vingai-vos bem. Em EmpReza não se brinca.

Criai de imediato um BU-ATO, o mais reles e sórdido e longe da verdade que vos seja possível. Esforçai-vos bem, porque o caso é sério. As vossas incompetências não podem mostradas, nunca!
Insinuai tudo! Nunca digais nada por palavras vossas. Nunca!

Se alguém vos ferir, tentai matá-lo. Se alguém vos magoar matai-o e também aos seus colaboradores e amigos. Lembrai-vos que a vossa força está na desunião da equipa. Querem equipas coesas, com espírito de grupo? Isso é uma invenção diabólica, posta no Mundo para vos tentar. Não vos deixeis cair em tentação. É atirar a matar. Esquecer? Nunca! Perdoar? Jamais.

Postscriptum: Pronunciai o jamais à Portuguesa e não à francesa como aquele grande sacerdote da Margem Sul. Avé Grande Sacerdote! Ao pé de ti Baco é um amador! Mas não vai mais vinho para essa mesa! Todo o vinho para aqui, já e mais! Não tem nada a ver com jamais! Mais! E Bom!

Nas Maldivas

Sim, das Ilhas Fidji, num salto directamente para as Maldivas., onde agora estou.
Maldivas. Não confundir com as Malvinas e menos ainda com as Malignas...
As Malignas... esse arquipélago mágico, ai, ai, um dia destes a casa ainda vem abaixo.....É muito melhor que as Molucas, claro.

Bem lá vai mais uma cartinha, não para a Família aí no "contenente", mas para os habitantes de Ti-U, que amanhã vou receber ás pázadas, tão a ver?

Jogos de Viagem

Foi-se embora o tio, ficou o primo.

E o primo, sempre em bolandas de um lado para o outro, não pensa noutra coisa. Preenche os seus tempos mortos com a imaginação, não podendo fazê-lo sempre na blogosfera tem que se ficar pelo mundo real e pela imaginação tradicional.

Abandonou as idas Domingo à noite para a capital, não fosse às vezes ser confundido com qualquer deputado do reino, vindo do Minho, mas fascinado pela cidade. Claro que são aquelas coincidências sem coincidir, como aquelas diferenças entre insinuar e ser insinuante. Hummmm ...insinuante, lá está o primo a pensar...Vai ter que ficar para outro post, porque não cabe neste.

Pois os novos deputados do reino não vão certamente a essas horas para a capital. Certamente vão a meio da manhã, cheios de manha e voltam ao princípio da tarde, na quinta. Nunca na sexta. Também não vão segunda-feira, de certeza, por isso não há perigo de me confundirem, mesmo vindo do Minho com algum promissor representante dessa simpática província que me acolheu, há alguns anos. Também não haverá perigo de confusão com um outro viajante acidental. Impossível. Vê-se logo que se trata de um operário da gestão e um profissional de viagens.

Mas que fazer aquelas quase três horas dentro de um comboio, sobretudo quando não se dorme e sonha com alguém?

Como em tudo, primeiro um diagnóstico da situação e catalogação das diferentes espécies em presença. Implica a observação rápida dos passageiros, tarefa cada vez mais difícil porque os estereótipos estão em mudança acentuada. Saltam as primeiras faíscas e os campos magnéticos começam a funcionar...
...O melhor é segurar-me ao banco para não ser projectado a alta velocidade pelo corredor do comboio. Deviam por cintos de segurança...

Felizmente a compra de bilhetes na Internet ajuda imenso porque se podem visualizar os lugares na carruagem e, eventualmente, combinar qualquer coisa com antecedência. Mas aí acaba-se este jogo...

A fase seguinte é a avaliação de possibilidades. Fase complicada, que nem sempre se consegue concluir exaustivamente.

A partir daqui começa o nível mais elevado e...

- Desculpe, vai sair aqui? É que a seguir é Entrecampos e depois só o Pinhal Novo...

Abençoada senhora! Há pessoas mesmo muito simpáticas, e fiquei sem saber a quem agradecer. Nem o meu próprio telefone me acordou, nem os telefones de montes de passageiros que usam a mesma técnica. Bolas, estava mesmo quase a passar de nível...

Prometo que vou tentar regressar no das 18h09 do Oriente e depois conto o resto.

Até breve e Boas Viagens, qualquer que seja a carruagem ou o destino!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Coisas de Família

Minha Cara Tia Cremilde,

Como também sou um tio, julgo que devemos ser primos. Imagino que também esteja ligada ao ensino...Descobri o seu blog por acaso e adorei. Não resistia a lê-la de vez em quando. Estou a sentir a sua falta. O que se passa? Cansou-se, casou-se ou divorciou-se dos seus leitores?
Será por causa da catequese que não lhe sobra tempo? Reconcilie-se com os seus leitores, sff
Se tiver tempo e paciência visite-me. Tenho uma secção dedicada aos tius... e às Tías, também...

Haja alguma alma caridosa que a faça ver a luz e regressar ao escutismo militante. Não podendo ser eu, pois que seja outro!


António Bernardo, tio do Algarve a morar noutro lado (por vocação...)

Mais promessas, mas novas

Depois de tanto tempo fora, não parece que seja continuação. É mesmo começar de novo, o que também é bom. Adoro essa fase do início das relações, onde as partes ainda não se conhecem bem, se preocupam cada um com o outro e se vão descobrindo...

Tento sempre ficar nessa fase e não passar para outra, onde quase tudo é demasiado previsível para ser surpresa. E eu adoro surpresas, como já sabem. Acho mesmo que a fase melhor é da surpresa quase previsível. Quase, mas não completamente...

Será falta de maturidade? É possível, mas que se pode fazer? Aborrece-me o tédio da rotina e quando se perdem essas pequeninas surpresas deixa de ter graça. Também me aborrecem as pessoas que gostam de tudo absolutamente previsto e previsível. Perde-se espontaneidade, não há espírito de aventura, não se descobre nada no outro, nem em conjunto...É o princípio do fim...

Bem já chega de dissertações e vamos à acção. Uma nova secção de epístolas, que pelo suporte vou chamas de e-pistolas. Sem acento, mais deveria chamar e-farpas, mas seria demasiado óbvio e já sabem que detesto ser óbvio e demasiado objectivo. Aliás prefiro a subtileza, seja na maquilhagem delas, seja nas palavras.

O descodificar também faz parte do jogo do descobrir.

Bem vamos à primera e-pistola, já de seguida!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Cem. Obrigado!

Hoje tinha decidido cumprir umas promessas antigas: Escrever sobre as anéis, ainda mais uma nota sobre o chocolate, desenvolver o tema fome ou sede, entre outras...
Apetecia-me imenso fazer um post sobre ostras e jantares com ostras, sobre Paris, a Pont Neuf, sobre Berlim, sobre tudoisso e ainda responder a uma amiga num post sobre a evelhescência, e mais uma série de coisas.

Liguei-me para fazer pelos menos uma dessas coisas. Ao ver o painel das mensagens vi que seria o centésimo post!

Não vou fazer nada disso, não porque me apeteça não fazer nada, ou por pura procrastinação endógena.

Apetece-me e quero agradecer os vossos comentários, mails e outros incentivos para publicação que tenho recebido!

Obrigado e até breve!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Gostos e vícios

Habitualmente atribuimos à palavra vício uma conotação negativa.

Contrariamente aos gostos, que assumem muitos significados, os vícios têm sempre associada essa carga negativa de quase escravidão, perca de liberdade, falta de vontade, de capacidade de escolha, de liberdade...

A sociedade vai-se encarregando de os catalogar, com umas etiquetazinhas, às vezes nada simpáticas. O último a ser banido e a ser colocado no socialmente incorrecto foi o tabaco. Felizmente não consumo, há quase um ano, pois não gostava de me ver com essa etiqueta ao pescoço.


Há uma, contudo, que não me importo de usar. Sei que não sou o único, por isso aqui vai.

Ainda estão a analisar e a descobrir propriedades dessa substância, que serve para muitas mais coisas do que inicialmente (ou os iniciados) poderiam imaginar.

Sabe bem, com companhia ainda melhor. Pode ser gelado ou quente, derretido ou sólido, branco ou negro, não importa. Sabe sempre bem.

Passion drug, foi um dos nomes usados num simpático mail publicitário que recebi hoje. E que tal esta descrição: "Witty, glamorous, seductive, or simply over the top"...

Já viram que a etiqueta que não me importaria de usar era chocolatífero...

Chocolicious, também não está nada mal.


As imagens são absolutamente irresistíveis, como podem ver no site da Stockfood.


Em próximos posts vão algumas receitas ou utilizações mais interessantes, goste-se muito ou muitíssimo...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Hotel Manager

Usually I just post original matters, but I found this text and I believe I wouldn't say it better. So, to all my colleagues in this job, here it goes. In the end there is the link to the original text. I love this industry. I bet you too…

Enjoy, and let me know about it.

"A Day in the life of a Hotel Manager

A hotel manager oversees all of a hotel’s daily operations, from staffing to coordinating fresh-cut flowers for the lobby. Many, over time, are given long-term responsibility for negotiating contracts with vendors (such as maintenance supplies), negotiating leases with on-site shops, and physically upgrading the hotel. Hotel managers usually relish “the ability to put your own distinctive style on the [hotel] experience.” While managing a hotel and giving it your unique flair are wonderful, they come with full responsibility for failure. “The better you are at what you do, the more responsibilities you are given, the more chances you have to fail,” mentioned one hotel manager. When things fall apart, “no one is a hotel manager’s friend.” Hotel managers can feel great about their positions, create strong relationships with regular customers, and maintain an amicable working environment. But should the bottom line waver and financial woes occur, the first neck on the chopping block is the hotel manager’s. Those in the hotel management industry say that sometimes it seems that you need “to be born on the planet Krypton” to be a good hotel manager because only Superman could juggle the administrative, aesthetic, and financial decisions which constitute daily life on the job. Over 70 percent of the respondents said that “tired” was an understatement about how they felt at the end of the day (or night); “Exhausted is more like it,” wrote one, in shaky, spider-thin handwriting. A hotel manager’s position as a liaison between the ownership and the staff can be difficult and isolating. But those who can put up with the long hours, the high degree of responsibility, and the variety of tasks emerge with a solid degree of satisfaction and a desire to continue in the profession. The average tenure of a hotel manager is 6.7 years, though this figure doesn’t represent the number of managers who work for two years and those who work for decades. Many work at a variety of hotels, build up their resumes, and then find positions that allow them the freedom to operate their own establishments.

Paying Your Dues

Aspiring hotel managers used to begin at the reception desk, as part of the wait staff, or as members of the cleaning staff, then work their way up the ladder. As hotels have become more commercial properties and the duties of hotel managers have expanded, this avenue of advancement has closed off. Now hotel manager hopefuls go to hotel management school, and those who don’t should garner as much practical hotel experience as possible. Each chain or specific hotel puts new employees through their own training programs, so those applying for jobs should learn all they can about the scope and functioning of the specific hotels where they wish to work. Part of life as a hotel manager can be similar to the life of a doctor, as managers can be called to duty at any time of the day or night. Hotel managers must handle any and all emergencies, and those who wish to remain in the profession and maintain respect must be quick-thinking and decisive. Candidates should have a good organizational and financial background, excellent communication and interpersonal skills, and strong self-discipline. They should also be extremely detail-oriented; when running a hotel, there is no such thing as an unimportant detail. The good manager drives himself to improve and upgrade the hotel at every available opportunity."

This text is published in:

http://www.princetonreview.com/Careers.aspx?cid=77&uidbadge=%07

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Reveillon

“Uma década de alegria e prosperidade, também conhecida como a Era do Jazz. A era das inovações tecnológicas, da electricidade, onde estilistas como Coco Chanel e Jean Patou criavam modelos mais curtos leves e elegantes, para uma sociedade mais alegre e descontraída.”

Assim eram os anos vinte! E assim espero entrar em 2009.

Adivinhem onde …

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Desafio 2

A minha mania de subverter as situações já foi identificada... Bem, aqui vai uma outra possibilidade de responder ao seu desafio, minha cara JS:

Define-te a ti próprio: Watcher of the Skies
O que mais detestas que as pessoas falhem: Time Table
Uma frase que nunca diria para sair com alguém: Get 'Em Out by Friday
Labirinto de palavras, com música: "Can-Utility and the Coastliners"

Um nome que me faz sonhar: Horizons
O que mais detestava ouvir em pequeno: Supper's Ready
Um local que provavelmente não visitava: "Lover's Leap"
O que talvez não gostava de ser: The Guaranteed Eternal Sanctuary Man
O que te parece ter provocado a revolta no baixo Egipto: "Ikhnaton and Itsacon and Their Band of Merry Men"
Uma frase que nunca diria a mim próprio: "How Dare I Be So Beautiful?"
Um local para reler The Lord of the Rings, à sombra: "Willow Farm"
Descrição do meu fim do Mundo: Apocalypse in 9/8
Uma verdade de La Palice: "As Sure As Eggs Is Eggs"

Espero ter ultrapassado o desafio, desta vez...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Caça e Pesca

Homem do mar também fui um dia à pesca. À pesca verdadeira, com cana e tudo. Acontece que a única coisa que consegui pescar foi a própria cana que tinha deixado cair ao mar, tal o frenesim da actividade. Anos mais tarde, nova experiência, desta vez no rio. Precisamente no Cávado, lá para o Norte, perto de Braga. A mesma actividade frenética. Claro que não foi nenhuma desilusão. As expectativas eram tão baixas, que não fiquei desiludido. Apenas confirmei uma não vocação. Decididamente. E não me falem em levar engodo para atirar ao rio, ou de anzóis ou de iscos, a menos que seja nalguma linguagem simbólica.

A caça é diferente. Não que goste mais, porque não gosto mesmo muito mais. Também não sinto a necessidade de me sentir mais poderoso por ter uma arma carregada. Gosto de atirar, mas contra alvos de papel (na falta deles podem ser moinhos). Parece-me é que a caça tem mais estratégia. E por isso me parece mais atraente. O desporto, porque o resto quem me lê já sabe: Atracção sedução são palavras que não digo muito, porque é desnecessário dizer. Vê-se.

Também tive algumas experiências de caça, em montes muito engraçadas e onde não cacei nada, a não ser um pequeno-almoço de febras rústicas, grelhadas rusticamente e deliciosas acompanhadas de um bom tintol de madrugada. Aquela parte do tiroteio no fim das batidas também tem a sua graça. É fartar de dar tiros!

Gosto mais da outra caça...Não gosto da perseguição ao animal ferido e moribundo. Gosto de um combate leal, onde cada um tem o seu papel. Falem-me de javalis e outros bichos do género e não de passarinhos e outros animais domésticos, tá bem? Nem sempre se consegue, mas quando se consegue sabe bem. Afinal ninguém gosta de coisas fáceis e eu menos ainda. Também se a dificuldade é muita ou se não há perspectivas de se conseguir, mais vale partir para outra caçada...

Por isso é que decididamente prefiro a caça à pesca. Parece-me que no segundo caso há demasiada passividade e nenhuma interacção. Na caça há interacção e cada uma das partes influencia decididamente o desfecho.

Acho que gosto mesmo é do desporto.
I love the sport, not the game...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O Desafio

Pois fui desafiado pela minha amiga JS e resolvi aceitar. Há montes que não produzia uma posta de blog e sempre é um pretexto. Às vezes precisamos de pretextos…

Pois bem o disco que escolhi foi o Foxtrot dos velhinhos Genesis.

O desafio não inclui dizer porquê, mas ficam a saber:
Gosto imenso dos Genesis. Em particular este álbum, que até pelo nome me faz lembrar aquele ritmo que adoro dançar. Claro, claro, com a companhia certa todos os ritmos são bons mas o slow-fox ainda é melhor…

Como uma das músicas (Supper’s Ready), ocupava praticamente um lado do vinil original, supus que tinha menos músicas que todos os outros. Então menos músicas, menos perguntas. Menos perguntas, menos respostas…

A foto como não percebi se era a minha ou do álbum, vai a do álbum.
E as músicas/perguntas são estas, com um pequeno requinte de malvadez…Acabei por decidir usar as sete “subperguntas” desse super “medley”, o Supper’s Ready.
Afinal a minha vida também tem esses saltos e descontinuidades, mudanças de ritmo e tudo o resto!


Aqui vai:

"Watcher of the Skies" : Sim sonhar é bom e ao sol ainda melhor!
"Time Table":, Que remédio, lá terá que ser….
"Get 'Em Out by Friday" : Yes, viva o fim-de-semana! Toda a gente para os Hotéis, sff
"Can-Utility and the Coastliners": Hummm… Diplomacia? Imperador do Norte? Humildade.

"Horizons" : The Sky is the limit!
"Supper's Ready": I love it, late at night: "Walking across the sitting-room, I turn the television off. Sitting beside you, I look into your eyes...."
"Lover's Leap" Quem não gosta?
"The Guaranteed Eternal Sanctuary Man": Sim, posso garantir!
"Ikhnaton and Itsacon and Their Band of Merry Men": Quem resiste a este diálogo ritmico?
"How Dare I Be So Beautiful?": Boa Pergunta. Como é possível que te atrevas ?
"Willow Farm" : A flower?
"Apocalypse in 9/8: É onde estamos a chegar…
"As Sure As Eggs Is Eggs": Às vezes o que parece, é mesmo o que parece…


Bem ouçam o album sff e depois comentem. Obrigado.





sexta-feira, 14 de novembro de 2008

YES!!!!!!!!

Yes, I love this game!
Dare and win. Don't dare and maybe you loose or not, but you'll never win!
I won! I'm back again...
Thanks for all the support I received this days. It's good to be alive!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Epitáfio

Hoje tinha decidido escrever o meu epitáfio. Indeciso entre operário e soldado da gestão, seria qualquer coisa do género:

Aqui jaz António Bernardo. Gestor, morreu a lutar pela causa em que sempre acreditou e pela qual combateu. Mesmo muito maltratado pelo inimigo, lutou até ao fim. Morreu num acidente de trabalho.

Mas enfim, afinal há vida depois da morte e um mail que recebi agora mesmo fez-me voltar ao activo das transmissões de guerra.
Foi uma batalha dura e difícil, completamente rodeado pelo inimigo do planeta Ti-U, fui massacrado e salvo por um reforço de última hora. Tenho estado na clandestinidade a reagrupar o exército para a reconquista. Faltam dois dias. Sexta feira conto como foi!

Muitas propiedades no Ano Novo, para toda a família lá na Blogosfera, do Soldado Arvorado RISOS (para quem se lembra ou ouviu dizer como eram estas mensagens).

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Puzzles

À medida que se vão juntando as peças, encaixando-as nos sítios próprios vão-se obtendo imagens completas. O todo é sempre mais do que a soma das partes...
Parecem verdades de la Palice...
Mas apesar de sabermos tudo isto, às vezes temos surpresas agradáveis, pois temos...

;)

sábado, 1 de novembro de 2008

Cooking, Seasoning and Tasting

OOOPs! That's were the rush led me...

As I believe there's more fun in the way than in arriving to somewhere, I love seasoning when cooking.

“Sometimes seasoning it's really not needed” I hate that kind of judgment.

I love it tasty. The right spot for me:
Spicy and sweet wrapped on a sharp, brilliant and tiny sheet of metal ...
Well done? Never crossed my mind...Raw!!!
The desert: Chocolate, of course. White, milk, bitter, dark, bittersweet, never mind.
Is there black and blue? I really love that album...Memory Motel, Hot Stuff, Fool to cry and, of course Hey Negrita....

Stones or stoned? Never mind It's Only Rock 'n Roll (But I like It)...

Oh my God I miss London too!
Have a nice Halloween.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sonhos, Pesadelos e Cicatrizes

Depois um sonho tão agradável no comboio, hoje foi a vez do pesadelo. Faz-me falta este saltar de cama para cama, sem ficar muito tempo no mesmo sítio. Dizem na minha terra que visita e peixe ao fim de três dias enjoa. Estou a ficar assim, já fico cansado de estar muito tempo no mesmo síito, mas quando regresso acontecem estes fenómenos...

Então aqui vai o meu pesadelo, talvez induzido pela história dos rins ou, o mais certo, pelos Anjos e Demónios do semana passada. Senti que tinha sido todo arranhado e a sensação foi tão forte que tive que ir ver ao espelho. Não. Não acordei na banheira de ninguém, quanto a isso não há perigo. Foi mesmo na cama que adormeci e acordei... Pois lá me fui ver ao espelho, o meu sonho tinha deixado marcas tão fortes que ainda dei uma volta ao quarto, uma vez que não ouvi barulho de felinos. Estaria alguma tigresse no roupeiro, qual surpresa antecipada de Holloween, que se tivesse entretido a afiar as garras? Também não estava...

Como explicar então as marcas? Observando com mais atenção vi que já eram antigas, e não eram na zona onde devem ficar os rins (onde julgo que devem ficar, pois essa parte da anatomia, não é a minha especialidade).

Eram bem à frente onde supostamente se situa o coração. Uma marca recente e outra já muito antiga. Não sei como, mas nunca tinha reparado nelas...

Voltei para a cama uma queen-size, que tem o tamanho ideal para dormir. Acordei cedo, com o sol a entrar pela janela. Ao fazer a barba, a memória foi aparecendo...Depos do banho já tinha recuperado a informação do disco duro.

Uma alma caridosa devolveu-me o que antes me tinham tirado. Daí as duas cicatrizes.

Obrigado. Nunca se sabe quando pode fazer falta...

What do I miss...

Chocolate Chip Cookies, Shortcakes, Portuguese Oat Cookies from Triunfo.
Oh I miss them all...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Procurement

Há séculos que não me dedicava ao nosso querido planeta TI-U. Não por falta de matéria, pelo contrário, ela é tanta que às vezes nem sei por onde começar. Hoje vai ser o procurement, actividade em que os habitantes de Ti-U são exímios (como em tudo, saliente-se).

Detectada a necessidade, o que há a fazer é agarrar no telefone e combinar um almoço com um amigo, também do mesmo planeta. Escusado será dizer que ao combinar o almoço pode fazer logo a pergunta fatal. “O menino conhece alguém que faça bandeiras? Pecisava dumas bandeiras pa meter lá no monte alentejano que vou tansfomar em turismo rural, tá a ver...”

Se não resultar à primeira, o contacto vai-se desenvolvendo, até que surge uma tia que tem uma amiga que faz uns bordados que são leiloados nalguma obra de caridade.

“A Tia não se importava de fazer umas bandeiras?” “Querido, bandeiras nunca fiz, mas se o menino pecisa a Tia faz...”

Assim, dos bordados vão sair umas bandeiras que, por artes mágicas, ficam só um pedacinho mais caras e levam só um pedacinho mais de tempo a fazer. Com sorte ainda são dos países que nós queríamos.

Enfim é um exemplo, imaginado como todos os outros e que ilustra este processo, mas...quantas vezes acabamos por comprar pior, mais caro, em piores condições e ficamos a dever favores, por seguirmos esta metodologia?

Se não consultamos os fornecedores amigos, ainda ficamos mal vistos...

Antes aborreciam-me estas situações. Agora aprendi a divertir-me com elas. Sugiro que façam o mesmo. Por falar nisso, conhecem alguém que ...

sábado, 25 de outubro de 2008

Inocência, ternura e coincidência

Recebi hoje um mail muito comprido que alertava para os perigos das discotecas e de beber uns copos com desconhecidas. Ao que parece deitam uns pozinhos nas bebidas das vítimas que, acordam mais tarde, sem saber onde estão, numa banheira de gelo. Na parede, um cartaz alerta os recém-despertados para ligarem de imediato para o 112. Na casa de banho onde acordam essas peças, também há um espelho grande onde podem ver (não sei como) dois cortes nas costas, recentemente cosidos e ainda não cicatrizados.

O mail conclui com o perigo de nos roubarem os rins...Não explica o resto. Enfim hoje recebi este mail e tenho um convite para inauguração de uma discoteca nova, com o nome sugestivo de Anjos e Demónios. E vai mais longe: o local onde Anjos e Demónios se fundem e confundem...

Minha querida, só de si podia receber um mail destes e sorrir... Ainda não decidi se vou, mas se for, prometo que vou ter cuidado com esses demónios de saias, já que não posso levar o meu anjo da guarda...

Adoro-a fofinha!

Quem diz Guarda, também diz Porto, não vá às vezes confundirem-se as capitais de distrito e as bebidas... Bebia um Porto consigo, na Guarda ou em qualquer lugar...Que me diz a Viseu, um destes dias?

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Curriculum Vitae

Hoje precisei de escrever um Curriculum. Queria enviá-lo para uma escola, para voltar ao ensino, em part time. Não sei se o vou escrever, e se escrever se serei capaz de o enviar. Se o fizesse, seria assim, mas para o entregar em mão.

Nome: António Bernardo, mas há quem me chame Gugu.
Não gosto, parece pouco masculino. Quem me chama assim diz que é mais doce e se ajusta melhor à personagem.

Naturalidade: No mundo em grande mudança, na década de sessenta.

Profissão: Várias, a última: Director de Hotel. A que mais saudades deixou:
Professor em part-time de horário e de coração a tempo inteiro.

Formação académica: Irrelevante para o assunto em questão. Que interessam as notas para quem gosta de ajudar a descobrir conhecimento?
Mas enfim, se perguntam é porque acham importante e então aqui vai. Frequentei muitas escolas, mas a que gostei mais foi a Escola da Vida, obtive um diploma sem louvor, mas com distinção.

Desportos que praticou: Muitos excepto futebol, atletismo e outros do género.

Interesses pessoais: A vida, em geral. Em particular a liberdade, o mar e o sol, se possível juntos. Se não for possível, a chuva, através de um vidro ou fria na cara, seguida de um bom banho quente, a dois.

Auto Imagem: Sedutor por vocação e gosto pessoal. Adora o que faz.

Frase que melhor me descreve: Vivo no palco, para os espectadores que são solicitados a participar na peça, interagindo constantemente com o público que se torna também actor e autor desta peça que é a minha vida.

Disciplinas que gostaria de leccionar: Todas, mas uma ou duas de cada vez.

Entre a terceira pessoa do singular e a primeira, preferi escrever este CV na primeira pessoa. É mais íntimo e não parece tão pedante.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Memórias do Futuro

Há muitos anos, quando ainda acreditava que apenas era importante o sentir e não o saber, pelo excesso de um descurei o outro. Em vez de dar, recebia aulas, ou aliás, não as recebia porque as mensagens nunca chegavam ao destinatário. E assim a comunicação, de acordo com esses paradigmas da comunicação que na altura apenas adivinhava e já sentia, não se dava. As mensagens não chegavam ao destinatário. O porquê não interessa. A realidade era essa.

No entanto entre sonhos, alguns pedacinhos da realidade lá me iam chegando, sobretudo quando me serviam para entrar noutros sonhos. E assim a psicologia, ciência que até ai desconhecia, despertou um pouco dessa atenção. A necessária para me transportar para outro sonho.

A memória sempre me atraiu. Particularmente os vários tipos de memória, os mecanismos da memória e em especial um tipo de memória altamente influenciada por factores afectivos. Julgo que lhe chamavam memória autistica. Provavelmente já lhe deram outro nome ou, fruto desse tipo de memória, nunca existiu esse termo nem nunca foi falado em aula nenhuma de psicologia. Como explicar que pessoas se recordem com precisão de factos que não aconteceram com elas, mas na sua família? Ou em ambientes perto de si?

Outro fenómeno do inconsciente que me seduzia e seduz, prende-se com o vermos coisas que não acontecem, sugestões provocadas por motivos vários.

Desejarmos tanto que uma coisa aconteça que achamos que aconteceu….Será um delírio da memória? Paramnésia? Não acredito, mas às vezes a memória prega-nos partidas. Encontrarmos uma pessoa e julgarmos que é outra… Há dias fizeram-me avô de uma criança cujo pai é da minha idade. Fica para outro dia essa história e esses fenómeno psicológico e social.

E que dizer do fenómeno de acreditarmos que encontramos quem nunca vimos, mas desejávamos mesmo encontrar?

Longe das secretárias e mais ainda dos bancos da escola, à falta de melhor nome vou chamar-lhe "memória do futuro". E desculpem-me aqueles que nunca sonharam, porque os outros compreendem.

Depois das viagens a Marte, e a outros planetas, também me apetece escrever uma carta.

Não fossem as semelhanças mas, sobretudo as diferenças, chamar-lhe-ia:
“Memórias de A. num futuro sonhado”

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Outra Viagem

E tem sido assim a vida deste vosso primo. Segunda-feira, de manhã cedíssimo, lá vai ele para Lisboa. Regressa na terça, à tarde ao Norte. Prefere o comboio para se deslocar nestas viagens habituais. Sempre se descansa e; às vezes conhecem-se umas pessoas interessantes. Outras vezes é vencido pelo cansaço e afinal os óculos de sol dão jeito para umas reflexões em profundidade durante umas horas. Chega-se ao destino em plena forma.

Pois na última vigem, mais cedo ainda que o costume, lá foi ele. Normalmente estes comboios da manhã à segunda-feira vão completamente cheios. Não era o caso deste. Num dos lugares individuais, uma senhora, jovem e elegante de óculos de sol prontos para o nascer do dito que devia ocorrer dai a uma hora mais coisa menos coisa. Pulseiras várias e colares também, vestido às riscas preto e branco da H&M, com lenço no pescoço ficava-lhe bem. Leggings pretos realçavam uma elegância que não se adivinhava. Saltava aos olhos dos mais sonolentos.

Adormeci a sonhar Será possível? Não era. Não foi…

Vou passar a percorrer as duas carruagens da classe conforto, antes de me sentar no meu lugar, just in case.

sábado, 18 de outubro de 2008

Livros

Ontem falei nos livros de reclamações e, a propósito de falta de frontalidade, acabei por sugerir que esse tipo de personalidade fraca colocasse na mesa-de-cabeceira um busto de Napoleão.

Como a história pode eventualmente ser desconhecida, ainda nalguma mente mais retorcida poderia surgir a ideia de que eu próprio teria um livro de reclamações na minha mesa-de-cabeceira, para registo de alguma eventual reclamação. Ou, pior ainda, que teria alguma estatueta estranha para servir de pretexto de conversa. Nada disso.

Tenho três, ou quatro livros junto à cama e um baralho de cartas.
Fundamentalmente para uma leitura em conjunto ou para um jogo de sorte ou azar…

É sempre bom estar prevenido. Dependendo da situação, não vá algum dia faltar-me a inspiração ou o sono.
Bom fim-de-semana e boas leituras.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Livro de reclamações

Estou farto do livro de reclamações. Não há paciência para essa suposta ferramenta de melhoria de qualidade de serviços. Antigamente o livro tinha que ser substituído porque se estragava com falta de uso. Ninguém reclamava nada por pior que fosse o serviço. Na rua, diziam a toda a gente, que o serviço era mau que foram maltratados. Ao prestados de serviço nada. Se lhes perguntassem alguma coisa talvez até dissessem que estava tudo bem e que gostaram muito. Não por hipocrisia ou ironia. Por maneira de estar saloia.

Agora os livros são substituídos porque se gastam num instante. São reclamações por tudo e por nada com a trabalheira que isso dá. Não era mais simples dizer o que pretendem, e que podemos melhorar? Bolas. O livro de reclamações, faz favor. Este “faz favor” é pronunciado como a palavra F...Com o orgulho e a vaidade de quem é tão triste que não sabe pedir. Imagino como serão estes portugueses e portuguesas na cama. Devem ter as mesas de cabeceira cheias de bustos de Napoleão...

A última que recebi dá vontade de rir, mas lá tenho que enviar para as autoridades competentes... Envio com mais alegria, pode ser que se riam um pouco também e sempre os distrai dessa vida de mordomias dos institutos públicos.

Sabiam que os secadores de cabelo fazem mal ao cabelo e à atmosfera? Ficam a saber. Acho que lhes vou por uma grande etiqueta: “Não nos responsabilizamos por danos feitos ao penteado, ao cabelo, ao pelo de animais domésticos e a peças de vestuário. De igual modo não nos pode ser imputada qualquer responsabilidade se este aparelho for usado para atirar à cabeça de alguém”.

O melhor será copiar os termos de uso de algum software manhoso...Mas não serve de garantia para estas novas atitudes destes consumidores tão tímidos...Ainda bem que tenho vários disclaimers ao longo destas linhas!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

SExO

Ao ler alguns dos meus textos, vejo que tenho andado sempre à volta deste tema, com algumas entradas mais ou menos indirectas. Hoje em vez do habitual percurso, vou directo ao assunto: SEXO.

Carrossel, metade acordo ortográfico, metade português e metade francês. Gosto de me dar bem com toda a gente e, de vez quando lá vai uma conta à socialista. Nem sempre a soma das partes faz o todo...Pois bem, Passo os meus dias nesse carrossel, a pensar no tema, que está a ser recorrente. Uns segundos de distracção e lá tá o tio...

Será que o pé fica mais pesado quando vou numa determinada direcção ou será como nas viagens para o continente americano, que duram mais num sentido que no outro? Será apenas o SExO?

Às vezes tenho delírios, intersecções do sonho com a realidade e sei lá mais o quê. Depois invade-me um sentimento de “dolce fare niente”, que devia durar todo o dia. Tenho saudades desse tempo, em que podia passar os dias a sonhar, começando de manhã, não muito cedo e até à noite, altura para sair de casa. E às vezes nem apetecia, pelo bem que se estava nesse sonho.
Apetece-me mesmo passar um dia assim. Pois que a chuva seja o pretexto, se outro melhor não houver.

Sua Excelência o Onírico, claro, ou não estamos no mundo virtual?

Mudanças

Como o tempo está incerto mudei para as Fidji. Apenas umas horas de diferença...
Está-se bem. Obrigado pela sugestão. O sítio é óptimo!
BJS do
António Bernardo

Falta de imaginação ou de assunto?

O detalhe com que se fala dos assuntos, dá a entender a atenção dedicada aos mesmos. À medida com se vão subindo os degraus na escada hierárquica, ou de outras escadas, têm-se outros horizontes e outras perspectivas.

Fico com muita curiosidade quando ouço um ministro dizer que vai resolver o problema da segurança com 2.123 novos polícias, ou o dos incêndios contratando 165 novos bombeiros, 7 carros de não sei o quê e cinco “meios aéreos” (nome usado no verão para designar helicópteros e aviões).

Em Emp-Reza também sucede o mesmo ou muito parecido. É frequente estarmos a contar formigas e esquecermos os elefantes. É pena que não seja só em Emp-Reza e que essa cultura tenha passado cá para o nosso burgo... E depois são os erros de casting, o “misfit” que todos conhecemos...

Elé é querer saber quantos hóspedes entraram, que grupos é que vamos ter, quem é que está na recepção, etc, etc. etc. Só é pena não querem saber que menus vamos servir, quem é que está na copa, senão levavam com uns cremes Dubarry e umas Vichyssoise em cima. Para completar o ramalhete (rabanete ou rábano, neste caso), umas reduções de vinagre balsâmico em cama de tomate, alface e couve tronchuda. O nome é giro e vê-se logo o que se pretende fazer...

Hoje quando vinha do litoral para o interior a pensar neste assunto, subitamente tive uma ideia (coisa rara, mas foi mesmo).

Para estes casos, em que os tius, vindo nos “meios aéreos” aterram directamente nos patamares, ou seja nos Conselhos de Administração, sem ter que subir nenhuma escada e querem, à força, meter-se nas decisões dos outros em vez de pensares nas coisas que lhes dizem respeito, só há uma hipótese. Evidente que tive em conta que temos que os aturar, doutro modo não faria sentido esta questão...

“Atão”, a sugestão para melhor “ultapassar” esta situação é simular um roleplay constante. Assim que chegamos à empresa, imaginamos que estamos numa sessão de roleplay. O nosso tiu é a estrela e vamos imaginando que papéis ele vai interpretando ao longo do dia. De groom, jardineiro, empregado de mesa, técnico de manutenção, etc. Este forma de conviver com a situação poder ser melhorada com apostas, com os colegas. As apostas podem ser sobre o número de papéis a desempenhar, sobre os papéis em sim, ou ainda top of the top sobre a possibilidade de desempenhar o papel correspondente ao seu próprio papel real.

Pessoalmente gosto de apostar neste nível... Fica o tema para outro post: “António Bernardo: De operário da gestão a high roller da empresa”.

Vale a pena dizer porque se chegam a estas situações? Fico na dúvida será que é por falta de imaginação, ou de assunto? Falta de imaginação para desempenhar um papel próprio, de assunto, porque não sabendo nada, não têm tema de conversa...Mais. Como sempre, em Emp-Reza a resposta para falta de competência e explicação para esta troca de papéis pode ser outra: Se não sou eu a dizer, não fazem nada, tá a ver, não tá? É peciso dizer tudo, não é?

Descaradamente, pergunto sempre se aceitam um chá antes de começarmos uma reunião...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Fome ou sede?

Estaremos sedentos de amor ou famintos de paixão? Não sei. O nosso idioma (ainda é influência dos três dias em Ourense) é rico, mas não tem a delicadeza do Francês nem o espírito do Inglês...Ainda bem que também não tem a frieza e austeridade do Alemão que, apesar de não ser parco em palavras se pronunciam todas as letras...

Serei o lobo faminto do Meat Loaf? O que não tenho de certeza é uma pele de cordeiro. Deve fazer imenso calor...Acho graça às máscaras mas não a transmutações...e outras palavras começadas em trans.

Se estivesse do outro lado do canal diria qualquer coisa do género: "Adventure is always welcome". Deste lado, não sei como expressar este impulso irresistível de fazer quilómetros sem fim por um bocado de tempo, infelizmente sempre curto demais. "Joie de vivre"? Talvez. Também tenho saudades da cidade do amor...Outra viagem para fazer.

Mas também tenho outra certeza. A rotina deixa-me de rastos...

Sede ou fome? As duas, naturalmente! Temos que satisfazer essas duas necessidades básicas do ser humano e, dizem os médicos, não se deve comer nem beber demais. Será para ficarmos com sede e fome?

Nunca fui homem de fazer tudo o que me receitam, como já perceberam. Dizem que a vida é feita de ciclos e começo a acreditar…Estou a passar a Pont Neuf (ironia de nome) e a chegar à Rive Gauche. Outra vez? Adoro.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Surpresa: Forma ou Conteúdo?

Uma nota e eis que surge a questão. Não posso perder a oportunidade de apresentar este dilema sobre a "surpresa".
Reflectia sobre o tema e pensava no que mais me atraía. Se o "conteúdo" da surpresa ou, pelo contrário, se o efeito se sobrepunha ao conteúdo. Claro que não é uma daquelas questões filosóficas sobre forma e conteúdo. É sobre gostos e sensações.

Enquanto reflectia, coisa rara nesta vida impulsiva, descobri que também me seduz preparar uma supresa para alguém especial.

Se passamos os dias a preparar eventos, porque não preparar de vez em quando uma surpresa? Há surpresas, passe o pleonasmo, que nos surpresndem pelo conteúdo. Outras porque não estávamos à espera que determinada pessoa fosse capaz de produzir esse conteúdo, mas acontece. Um pouco como aqueles alunos médios que de vez em quando, sem ninguém saber porquê, tem um teste excelente. Também pessoas mais cinzentas de vez em quando podem ser mais coloridas...

Enfim, vamos chegar á mesma conclusão de sempre. Depende, não é? Mas neste caso. Definitivamente é a forma e o conteúdo da surpresa que em conjunto a torna, ou não, agradável. E do agradável ao excitante a distância não é grande e o sentido é parecido.

Se por acaso, com paciência, alguém ler o que já escrevi sobre supresas, pode também ficar a saber que, neste campo, também gosto de retribuir...E retribuo.

O que é a vida sem supresas?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Viagens

Tem um sido um tema recorrente nas minhas notas. Há tempo decidi por umas etiquetas nestas notas, e chamei-lhes viagens.

Três coincidências, hoje, sobre este tema: Um texto muito giro sobre o assunto (travelling together forever) e uma breve conversa sobre as minhas constantes viagens. Chamar-lhes-ei antes deslocações, pois passo a vida a andar de um lado para o outro, sem poder dizer que realmente viajo, no sentido que gosto de fazer.

Viajar é muito mais do que ir de um lado para o outro, como turista é mais do que aquele que permanece fora do seu domicílio por mais de 24 horas. Vou para a Galiza hoje, ao fim do dia. Uma deslocação é de certeza, será uma viagem?

Nestas deslocações gosto de ir sozinho. Encontra-se uma série de gente nas mesmas circunstâncias, que frequenta diferentes sítios. Podemos sempre escolher locais, ambientes e companhias. Acaba por ser extremamente divertido e compensa o esforço das reuniões e a atenção constante durante o dia.

Para viajar gosto de companhia Já não gosto de viajar sozinho e tenho saudades desses hábitos deliciosos, cerimoniais que se repetem com prazer. Pensar em destinos itinerários, enfim uma série de questões que são o aperitivo da “piéce de resistance”: A viagem em si.
Já perceberam que gosto de preliminares e de percursos. Depois da decisão do destino e do itinerário, a parte da roupa. Cada vez menos coisas. Para quê mais?

E a terceira coincidência? O mail do Club Med, que abri esta manhã, com umas promoções irresistíveis nuns sítios fantásticos. Não há nada melhor que começar um dia a sonhar. Pensar, temos sempre que o fazer, sonhar nem sempre podemos.

Vamos? Pelo menos podemos sonhar...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Blogs

Tinha a ideia que os blogs tinham alguma função mais ou menos definida, dependendo da vontade dos seus autores e dos outros intervenientes da blogosfera. Partilhar alguma coisa, o escape de frustrações, a procura de alguém, a busca de contactos, a criação literária, a produção cultural, os desabafos pseudo-políticos ou pseudo-culturais.

Alguns mais fechados ou criados com um objectivo concreto, como uma bolinha de ping-pong saltariam, até que inevitavelmente ficariam numa dessas caixinhas. Não sei este pedacinho estará nalguma dessas classes, ou se irá ficar activo durante muito tempo, vamos ver.

Comecei este conjunto de notas, por puro prazer. Um pequeno desafio e já está. Espero que me visitem e se divirtam a ler.

O que nunca poderia esperar era que os blogs servissem como adjectivo. Há dias, numa reunião, um dos meus interlocutores, querendo referir-se negativamente a alguém usou a palavra com uma asserção que desconhecia: “Esse tipo é estranho, ligado aos blogs ... ”.

Impávido e sereno não pude deixar de contestar: Nem toda a gente da blogosfera se enquadra nessa categoria...
A pessoa que estava ao meu lado sorriu. Um sorriso cúmplice? Espero que sim.

Bolas, na minha terra não há destas mentalidades. Cada vez me sinto mais estrangeiro.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Léxico 3

O gajo não acaba? Isto é para continuar…

Arquitecto: O Arquitecto aqui sou eu.
Director Comercial: Gajo que ganha uma pipa de massa e anda sempre a passear em feiras, pelo estrangeiro. De certeza que anda metido com aquela promotora gira.
Directora Comercial: Tipa que anda sempre a passear pelo país e estrangeiro. De certeza que anda feita com o Director Geral. E a malta a pagar-lhe ordenado... Aos dois, ainda por cima. E o que ela gasta nos almoços com os clientes? Nem queiram saber.
Reunião de Trabalho: Tipo de Assembleia onde se fala de tudo e se analisam séries alargadas de questões, excepto as que estão na agenda.
Organigrama: Espécie de esquema onde se coloca a estrutura da organização, para que melhor se possa subverter a hierarquia.

Máxima do Dia: “Enganar o Estado é dar de comer a 1.000.000 de portugueses e desenvolver a economia”.

Bom Fim-de-Semana!

O quê os gajos não fazem nada durante a semana e ainda vão para fim-desemana dois dias? É por isso que o país está crise !!!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Outra vez ?!

Não sei como (atracção fatal?) lá me encontro naqueles braços outra vez. Depois da experiência com aqueles compassos tão ritmados do Passodoble, ter corrido tão mal e ter percebido na altura que no Tango não íamos a lado nenhum, ai estamos nós, de novo na mesma situação, mas sem a marcha militar para abrir, ou tirar o apetite.

Tango. Refiro-me ao ritmo e à dança, não ao nome usado no Porto para designar uma mistura de cerveja com qualquer coisa encarnada. Em vez da cereja no topo do bolo, estragam as duas coisas. A cerveja e a groselha. Enfim, talvez a bebam por impulso, como foi este caso. Ou será da semelhança dos signos cerveja e cereja e da confusão com a groselha? Coisas estranhas.

Como na gestão ou em qualquer outro lado, na dança é fundamental que alguém dirija os trabalhos. No tango é um imperativo assumido e aceite (julgava eu). Não podem ser dois em simultâneo. Não funciona e dá asneira, mais tarde ou mais cedo. Assim acontece nas empresas, quando se querem inverter os papéis. Seja em que nível for, cada um tem um papel e é esse papel que deve assumir.

Felizmente diagnostiquei bem a situação. É verdade que a experiência anterior me ajudou e assim, nos primeiros compassos, lá fui lutando pela liderança, papel que achei ser meu.

Lá para o sexto compasso, no swivel, lá consegui impor-me. Uff... Estava difícil, mas como só há dois papéis e duas atitudes, é mais fácil que nas Lutas Marcianas. A diversidade de ritmos e de papéis é tão grande, que se deveria combinar antecipadamente, no início das reuniões os ritmos a abordar.

Mais do que estatutos, resume-me a nossa acção a desempenhar papéis Sermos nós a escrevê-los é um privilégio cada vez mais raro, no estado actual da Ingestão. É preciso lutar por isso e ando cada vez com menos paciência, o que é uma maçada.

Do mesmo modo que o Tango não está nos pés mas sim no coração, também a liderança não está no estatuto, está na pessoa... Mas é sempre melhor ser diplomata vencedor que guerreiro derrotado, acrescentaria como a querer fazer filosofia.

E o Tango? Acabou bem e para a próxima será ainda melhor, de certeza, porque diplomacia não implica ceder ou abdicar do que é seu. Talvez seja sim uma via interessante e diferente para se conseguir um objectivo...

Vai um quickstep para animar a festa? Pois seja! Hoje danço qualquer coisa.

4 Histórias de Estações

1.Praia, Mar, Campo. Descobrir, Conhecer, Namorar.

2.Trinta. Primavera. Quarenta, calor de Verão.

3.Descobrir o Verão. Gostar. Gostar de descobrir. Gostar.

4.Hiberno no Inverno, vivo no Verão. Sonho na Primavera.

domingo, 21 de setembro de 2008

Homem Objecto

Imagino que não sou propriamente original quando me auto intitulo Homem Objecto. Sem qualquer complexo, de forma descomprometida...
Até acredito que haverá muita gente que também não se importe de ser objecto. Depende do objecto, para que serve e por quanto tempo é o uso. Se for pouco, tipo descartável, não faz mal. Se for muito tempo é que começa a custar...
Dizem algumas Mulheres que há cada vez menos Homens. Não me considero parte de uma espécie em vias de extinção mas, numa época de maior exigência e rigor, em vez de Homem Objecto, acho que estou a evoluir para Animal em Vias de Estimação.

Ultimamente tenho andado mais atento ao vocabulário.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Léxico 2

Depois dos incentivos que recebi, aqui vão mais umas dicas para o nosso dicionário.

Corporate Governance: Só pensas nisso. Corpetes e outros fetiches. Vai trabalhar malandro!
Estratégia (noutro contexto): Forma de enganar o Estado, os accionistas (ou outros sócios) e os empregados.
Competitividade: idem, mas fazê-lo melhor que os concorrentes.
Estratégia de sucesso: Para além do estado, dos accionistas, sócios, empregados, enganar também a mulher.
Gestor: Especialista em estratégia que ajuda na implementação ou, quando corre mal, fdp que só estava ali pelo dinheiro. Mercenário, carago.
Economia paralela: Actividades económicas desenvolvidas ao lado das actividades tradicionais, mas que contribuem para o desenvolvimento do país, em vez das outras que só servem para pagar impostos.
Vale do Ave: Paraíso em vias de extinção nas margens de um rio, que já acabou.
Ferrari: Marca de carro. Eu trabalho carago, é só inbeija!
Maserati: Outro inbejoso? Vai travalhar carago!
Lamborghini: Só têm é inbeija, fronha-se!
Aston Martin: É boa? E as mamas que tal?
Férias: Não fazem a ponta de um corno durante o ano e agora querem ir descansar. E temos que lhe pagar?
Gestores: Só dizem asneiras. Têm a mania que sabem. Eu é que sei, carago.
Médicos: Só servem para dar baixas. É pô-los a trabalhar.
Enfermeiro (M): Gajo que agrava os acidentes. Aquilo não era nada. Para que fazer um penso? E mandá-lo para as urgências? Estes gajos não sabem o que é trabalhar.
Enfermeiro (F): Acho que marchavas...
Livro de Cheques da Empresa: Ferramenta indispensável para a vida particular de cada um. Recomenda-se os de 150 cheques.
Livro de Cheques Particular: Não uso cheques.
Cartão de Crédito: Tenho todos. Diga qual prefere.
Deslocações e Estadas: conta para lançar as despesas das férias.
Despesas de representação: Vê lá se levas no focinho. Essas despesas não podem ir para a outra conta?
Saco Azul: Forma antiquada e obsoleta de se referir a algum dinheiro deixado de lado, fruto do trabalho honesto da economia paralela.
Contabilista: Ditador responsável por todos os insucessos, multas, coimas e também pelo dinheiro pago em impostos. Mesmo que seja o PEC. A culpa é dele.
Contabilidade Criativa: Levas um murro nas fuças que ficas a ver estrelas, ò fdp do carago. Criativa é a tua mãe!
Motel: Lugar privilegiado para reuniões de trabalho, durante a tarde.

Continua: Ainda vais aí? Não fazes nada, carago!

sábado, 13 de setembro de 2008

Léxico 1

Outro planeta, outro conjunto de significados para significantes já conhecidos...
Assim, impõe-se, ao começar esta viagem em Marte contextualizar o idioma, para evitar falhas de comunicação.

Marte é a guerra de todos os dias e por isso temos de ser pragmáticos e sucintos. Por outro lado, oriundo de Ti-U, não esperem uma coisa muito linear, a começar na letra “A” e a acabar no “Z”. Vai saindo conforme as circunstâncias. Vamos ver no que dá este primeiro léxico. Depois virão as explicações em caso de necessidade. Aqui vai:

Accionista:Patrão
Patrão: Dono
Dono: Dono
Hotel: Extensão da casa particular do dono, grande casa usada para férias próprias, dos amigos, ou para mostrar aos outros.
Empregado de mesa: Criado de mesa
Chefe de Mesa: Criado que assume as funções de Mordomo
Empregadas de Andares: Criadas de Quarto
Governanta: Governanta
Recepcionistas (F): Criadas de fora
Recepcionistas (M): Paquetes, Moços de recados
Técnico de Manutenção: Estribeiro
Chefe de Manutenção: Estribeiro mor
Chefe de cozinha: Cozinheiro
Cozinheiro: Cozinheiro
Ajudante de Cozinha: Criada de Cozinha
Pasteleiro: Para quê mais um criado na cozinha? Os outros não sabem cozinhar?
Director de Hotel: Capataz, Chefe dos criados, Mordomo, Maitre d'Hotel.
Mise en place: Nome fino usado pelos criados que poem a mesa para descrever essa função.
Sommelier: Criado que julga que percebe de vinhos.
Clientes: Uns tipos que têm a mania de ficar alojados no Hotel.
Negócio: Significado desconhecido.
Estratégia: Tem que ver com os criados de mesa?
Director Residente: Um tipo que come, bebe e dorme à custa do dono, em casa do dono e às vezes não atende logo o telefone porque está a passear no Hotel.
Director Geral: idem, mas é mais caro.
Secretária de Direcção: Empregada administrativa que desempenha funções de secretariado.
Secretária de Administração: His master voice. Pesssoa responsável por traduzir o pensamento do dono e de o transmitir a toda a hierarquia da empresa.
Secretária: Que tal as mamas?
Continua: Forma imperativa afirmativa do verbo continuar (num futuro breve).

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Sexta feira 12, quase 13

Não leiam a edição online de hoje do Daily Mail, sff. Ou se o fizerem preparem-se para o pior.

A Eva Longoria saiu de casa sem maquilhagem (mais valia o make-up, mesmo com a etiqueta de USD 695 nos sapatos, como na semana passada).

A Amy Winehouse a cambalear em Camden, à saída de um Pub, onde participou num evento. Chegou duas horas atrasada. Talvez camdalear, fosse mais adequado... E tinha estado tão bem no concerto do Nelson Mandela, ali tão pertinho. Agora parece que se vai retirar para o campo (será?).

Tem fotografias e as imagens são fortes...

Tão cedo não leio o jornal. Será que uma não podia ceder a maquilhadora à outra?
Estes fotógrafos são mesmo inconvenientes...

http://www.dailymail.co.uk/tvshowbiz/article-1054881/Unmasked-Eva-Longoria-leaves-house-scrap-makeup.html
http://www.mailonsunday.co.uk/tvshowbiz/article-1054873/Ravaged-Amy-Winehouse-looks-worse-stumbles-Camden-pub-3-30am.html?ITO=149

Porta Fechada

Bolas, ninguém gosta de levar uma tampa. Também não gosto, mas já não me traumatiza, curtido que fui por muitos nãos e ainda mais sims, felizmente. O sim, como já deduziram do sms, significa “short instantaneous message”.

Não traumatiza, mas aborrece, sobretudo quando nos começamos a habituar e de repente, lá vem a água fria. Como sabem os meus primos e primas, o hábito é fatal. Começo a acreditar que é sempre fatal. Mesmo antes de cair na rotina e muito antes do vício, estarmos a contar com algo, é perigoso. Imagino que será como o começar a gastar por conta do Euromilhões, antes dele sair...

Reflectindo melhor descubro que afinal é melhor assim, sem estarmos a contar, pois doutra forma podemo-nos preparar para a situação e ela talvez não aconteça...O que também é incómodo.

Assim, mais vale levar uma tampa bem grande, rápida e com toda a força, do que muitas pequeninas ao longo de muito tempo até que seja absolutamente indiferente o que nos dizem. Ou seja, é melhor levar com a porta de entrada na cara, depois de nos deixarem antever apenas o interior de uma das divisões da casa, do que outra porta qualquer...

Será a diferença entre slam e shut, não? Enfim, fica sempre a esperança.

Would you mind mailing me the key, please?
Thanks, ou melhor: Much obliged, as a real onkie would say to true auntie!

sábado, 6 de setembro de 2008

Outro Planeta

Não que tenha a mania que escrevo, que não tenho. Sinto alguma vontade de tocar nalguns assuntos, por puro prazer e para vosso deleite (acho que nunca tinha usado esta palavra, mas fica bem). Claro que espero que me achem alguma graça, doutro modo também não tinha piada...
Ontem, sem querer deram-me uma ideia muito gira e que de alguma forma traduz o que tenho andado a fazer. Há imensos livros sobre o que fazer, como fazer, etc. O gestor num minuto ou o engenheiro num minuto são exemplos que se encontram no mercado. Nestes dois exemplos apenas o primeiro é fantasia, o segundo é uma realidade, apesar de conhecida apenas por alguns eleitos, escolhidos a dedo (ou a votos, já nem sei). O que não há é o oposto, o que não se deve fazer, ou seja uma espécie de histórias de Ti-U, escolhidas de locais específicos de Emp-Reza. Ou seja o Manual de Ingestão!

Vamos então ao Planeta Marte para encontrar mais alguma inspiração, para essa peça fundamental, obra proibida em Emp-Reza e em todo o planeta Ti-U.

O vosso tio em vias de deportação,

(assinatura ilegível, como convém, aliás)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Provérbios 1

Depois de uma noite fantástica, onde não faltou a salsa cubana, uma viagem à capital, onde me esqueci de levar a carteira, com documentos, dinheiro, cartões, etc. e de regresso ao mundo virtual não resisto a um post sobre os provérbios adaptados ao planeta Ti-U.

Conheço pouco o tema, mas como bem inculturado nesta cultura de Emp-Reza, não resisto a falar sobre ele. Como já perceberam pelo título, vai haver mais...

Os árabes têm um provérbio muito giro que diz que não se deve ouvir nem ver tudo o que nos chega aos ouvidos e à vista, nem dizer tudo o que se sabe...

Por seu lado os chineses, também num provérbio onde dizem que não se importam de ir devagar, desde que seja para a frente.

Ora em Ti-U é tudo ao contrário. Ouve-se tudo o que chega aos ouvidos, vê-se o que muitas vezes não existe, e o que não chega por estes dois sentidos completa-se com a imaginação. Diz-se e fala-se do que não se sabe e mais do que se deve.

Quanto à marcha, por cada passo para a frente, há pelo menos um para o lado e outro para trás, sem que se esteja a dançar, salsa, claro.

E a isto chamam-lhe avançar...

Grandes gestores de Ti-U, que nobres feitos ainda estão por fazer? Pouco falta certamente. Este vosso escriba é que não tem tempo de os descrever a todos...Se o fizesse criaria o maior manual de Ingestão (vejam os posts antigos, sff) existente no planeta!

Boa noite e bons sonhos. Amanhã logo se vê o que se poderá fazer.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Manicure e Astronomia

Os critérios de decisão no planeta Ti-U são difíceis de compreender, como sabemos. Não são lineares, nem racionais e muitas vezes também não se baseiam em afectos, nem em interesses. Depende do momento da decisão, o que torna imprevisível algum exercício de “forecast” (ai tio, tá demais). Outro factor que faz alterar significativamente as decisões, por introduzir alterações ao momento é a companhia com que se está, ou a que se encontra ao chegar a casa. Todos conhecemos, muitas vezes por experiência própria, o poder da mulher do patrão. É um “trend”, sobretudo lá para o Norte, onde já estive.

Se se estuda na astrologia a influência dos planetas nas pessoas, também poderemos tecer algumas considerações sobre o que influenciará mais os nossos gestores no planeta Ti-U, na cidade de Emp-Reza. Temos que ter em consideração que gestores mais ocupados com as decisões sobre as férias e o fim de semana seguinte (por falar nisso, o Reveillon, onde vai ser?) não gostam de delegar e como tal as secretárias emanam poder, dando opinião sobre assuntos onde se sentem à vontade, não pelo conhecimento intimo das matérias, antes sim pela intimidade que noutros domínios desenvolveram com os Ti-Us.

Assim sabendo da frequência com que as suas estimadas mulheres - uns castiços, ainda aprendizes de tiu, referem-se a elas como esposas, ou esponjas (nunca percebi bem) – se deslocam aos cabeleireiros, e das conversas que eventualmente por lá ocorrem, uma questão se coloca:

Terá mais influência na decisão de um Ti-U a mulher ou a secretária? Em função desta resposta, vamos fazer o nosso marketing pessoal também nas manicures, segmento tão interessante e com tantas ou mais histórias que as secretárias.

Uma certeza temos: mais vale cair em graça do ser engraçado, como diz o povo com toda a razão.

Beijinhos e boas unhas.

Já experimentaram as de gel? Acho-as tremendamente excitantes, e no pessoal administrativo ainda mais. Aquele som das unhas nos teclados, combinado com o das pulseiras nos tampos das mesas, deixa-me em órbita!

Cumplicidade

Acredito que cumplicidade implica partilhar algo e não obriga a um conhecimento profundo dos “cúmplices”. Aliás, se não conhecermos bem, ainda funciona melhor esse sentimento de cumplicidade.

Há alguns, talvez muitos, anos viajava bastante de comboio entre o Porto, Lisboa e, claro o Algarve. Para o Algarve, com frequência nos distraímos nas horas e lá se ía o comboio das 7h20. Sobrava o que na altura chamávamos de comboio correio, apesar de já não transportar correio nenhum. Partia do Barreiro pelas dez da noite e chegava ao Algarve de manhã. Frequentes vezes acordava em Vila Real de Santo António e voltava para trás, para a minha estação habitual. Pena que a linha não continuasse até Sevilha e aí já não voltaria para trás, de certeza.

Pois nesse dia lá nos distraímos com a brincadeira na capital e tive que ir no comboio da noite. Quando cheguei à carruagem abundavam os militares sentados e deitados pelos bancos.
Num banco uma mulher interessante e ao seu lado um saco a marcar o lugar. Dizia, certamente, “militares não por favor”, porque lhe quando lhe perguntei se estava ocupado disse-me que não, com um sorriso tímido. Percebi que também de alívio, talvez porque percebeu que seria melhor companhia de viagem que os outros ocupantes da carruagem.

Trocámos as palavras de circunstância habituais nestas ocasiões e o cansaço da viagem venceu-nos. Um entendimento mútuo, sem palavras, e senti a sua cabeça no meu ombro e o seu corpo bem ao lado do meu. Não me mexi com medo de a acordar e acabei por adormecer também. Acordámos ao mesmo tempo e a proximidade ou o calor levou-nos a ter o mesmo sonho e a mesma vontade. Foi irresistível.

Passados alguns dias, de férias, cruzei-me com ela e com o que talvez fosse o namorado ou marido. Nada deixou transparecer a nossa viagem ao mundo do prazer inesperado.

Cumplicidade é isto mesmo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fiel ou Infiel

Temos muito vezes o hábito de para falar de nós referimo-nos a outros. Do género, conheço um tipo que...Ou: Um amigo meu disse-me que... Outra possibilidade é o uso do condicional. Se me acontecesse…

Enfim esquemas que vamos arranjando para nos enganarmos a nós próprios e às pessoas com quem falamos e com que nos damos.

A fidelidade ou a falta dela é um dos assuntos que não gosto de falar. Cada um tem a sua vida e é assim que deve ser. Às vezes, em excesso de confiança, eventualmente a prever alguma dita infidelidade há quem diga que fiel só a si próprio. Será a querer justificar alguma coisa? Também não sei. Nunca disse ou pensei sequer alguma coisa bombástica desse género.

O que é a fidelidade? Damos-lhe um sentido diferente daquele que eventualmente poderíamos dar. Fidelidade não será a qualidade daquele que mantém as suas características originais, que se mantém fiel a uma referência? Não mantive as minhas características originais e já tive diversos referenciais. Como poderia ser fiel? A mim próprio é que não sou de certeza.

Infiel também não sou, apesar de, por brincadeira, lá para o norte me chamarem mouro.

Leal e fiável sempre.

sábado, 30 de agosto de 2008

Surpresa

Estava meio deitado meio sentado numa cadeira de lona, na varanda, ao sol. Gin tónico pousado no chão, à sombra da cadeira e olhos fechados no relax quase total.

Ouvi a porta abrir-se e um dos barulhos mais excitantes que conheço, o dos saltos, chegou-me aos ouvidos e deixou-me atento. Não me mexi, para ver no que dava, apesar de me apetecer muito levantar-me.

Senti que estava muito perto de mim e que se abaixava para me beijar. Senti o aroma familiar do seu perfume que me acordou completamente. Senti o seu cabelo na minha cara e o seu beijo quente, nos meus lábios. O colar com peças de madeira contrastava em temperatura e produzia um ruído agradável. Esta combinação irresistível prolongou-se enquanto foi possível. Agora já não estava atrás de mim e podia vê-la, para além de a sentir.

A saia era ligeriamente transparente e deixava adivinhar alguma coisa. Pouca, mas alguma, como convem para deixar espaço para a imaginação...Há sempre lugar para a imaginação. O verão tem a vantagem de se usar pouca roupa e as mulheres ficarem ainda mais sensuais que o habitual. Teria acedido a um dos meus pedidos habituais? Fui sentido as suas pernas até perceber que sim.

Adoro surpresas de Verão!

Pulseiras e outros

Uff, de volta aos posts, que as férias já se acabaram e as saudades eram muitas. Não que não tenha gostado das férias. Claro que sim e que está na calha o post sobre o assunto. O sexo e as férias seria um tema interessante, como também a praia, a moda de praia vista na realidade portuguesa, enfim uma serie de items para serem vistos à lupa deste o vosso tio e primo.

Mas hoje o tema, não é moda, mas sim os acessórios, complementos, adereços da moda feminina, que outra não poderia ser, como as bijuterias, gargantilhas, diademas, tiaras, bolsas, colares, pregadeiras, brincos e pulseiras.

Não vamos perder a cabeça e concentremo-nos nos brincos e nas pulseiras apesar de outros dos mencionados serem igualmente sensuais. Há outros ainda que os acho de mau gosto e são usados frequentemente fora de ocasião, mas enfim é o que se vê. Uma gargantilha pode assumir contornos de grande sensualidade, mas não recomendaria o seu uso a metade das pessoas a quem as tenho visto. Diademas, tiaras e afins, talvez se encaixem nalgumas fantasias, mas não no dia-a-dia. Ainda bem que já não vou a casamentos e suponho que nas festas de divórcio também não se usem muito.

Nos brincos e anéis começa o jogo da sedução. Usam-se no dia-a-dia e bem, como sabem perfeitamente muitas mulheres. Outras não sabem, infelizmente, usar bem esse tipo de coisas. Usam-nas sem gosto, por tradição ou por outro motivo qualquer que não o arranjarem-se para si próprias, para alguém ou para algum momento especial. Ou é a rotina que também estraga tudo...Não sei.

As pulseiras representarão alguma coisa relacionada com submissão? É possível, como também é possível que o barulho seja excitante. Não sei mas vou estar muito atento em próximas oportunidades. Que despertam alguma coisa despertam, não sei pelo barulho, pela vista ou pelos dois. A mim começam a despertar-me pela mente, que é onde começa toda a sensualidade. Há algum tempo não gostava de as ver no tornozelo, mas começo a gostar, nalgumas situações. Despertam a atenção, sobretudo se forem discretas. Dependerá do tornozelo? Talvez também da perna e do pé...

Tudo o que é exagerado perde o sentido e a graça. Gosto de ver uma mulher bem arranjada, com gosto porque com mau gosto este tipo de acessórios podem prestar-se a alguns exageros, do tipo árvore de Natal. Aqui como nas máscaras, e em tudo o resto, depende sempre da situação em que é usado, de quem usa, como usa e porque usa.

Haverá algum mal nesse jogo de agradar ao outro, sem perder o seu horizonte pessoal de vista? Ou alguma mulher que não se sinta bem por se sentir apreciada? Alguém que não goste de agradar ao outro? Ou de se sentir bem consigo próprio? Eu adoro esses jogos...e quem nunca foi mimado ou não deu uns mimos desses, ou ficou agradado com um pequeno gesto feito parsa si, ou quem nunca se arranjou a pensar no outro ou em si mesmo que atire a primeira pedra, mas contra si próprio, se faz favor, e não para os outros. Se não tiver coragem para isso, atire ao seu espelho. Não tem o mesmo efeito mas talvez ajude a acalmar.

E os anéis? Hummm.... Tenho que voltar a este tema. Beijinhos.

sábado, 16 de agosto de 2008

Introdução à Astronomia

Já tenho falado (e escrito, uff) tanto sobre a galáxia Ti – U, que me sinto na obrigação de a descrever. Ou pelo menos o sistema Solar de Sossaia-ti, que é o que nos interessa. Este sistema Solar, tem no centro uma estrela, com o nome simbólico de Ti. Dela emana a energia necessária para a vida no maior planeta habitado, o planeta Te-Rra. Este planeta por uso excessivo de recursos naturais tem apenas duas zonas habitadas, duas megacidades, de acordo com os padrões da nossa querida Terra (não confundir com Te-Rra), a Emp-Reza e o Dzem-prego. No que respeita a classes sociais o sistema é confuso. Há a casta dita superior, os autodesignados Ti-Us e os Ou-Tus. Os Ou-Tus são todos os outros que não pertencem a essa teia de conhecimentos e contactos, como os Oliveiras, os Silvas, os Santos, os Ramos, ou Campos com o devido respeito pelos nomes de família. Ninguém perguntará ao Oliveira: o seu paizinho era o Senhor Oliveira, da mercearia na Rua do Lá Vai Um, sem número? No entanto da combinação destes nomes podem resultar perguntas completamente diferentes: Conheci um Oliveira dos Santos que foi director de Private do Banco Tiraatodos-umpouco SA...

Ainda ontem experimentei esta situação e funciona lindamente: O Bernardo S.-O, advogado é seu...Resposta imediata: Primo direito. Podem experimentar que resulta. Se não estiverem absolutamente certos de ter conhecido a pessoa em causa, podem sempre hesitar um pouco (a memória é traiçoeira...).

Os Ou-Tus, também podem passar para a classe dos Ti-Us, por casamento (neste caso vender bem vendido o suor da p.., como dizia com graça um tycoon têxtil do Vale do Ave), com meninas das famílias Ti-U, por súbito enriquecimento ou quando vão morar lugar muito interessante e destacado em Emp-Reza. Nestes casos, para serem mais facilmente aceites, estes novos Ti-us são ainda mais chagas que ou de tradição. São umas pragas, como já referi por várias vezes. É tal tipo do Porto que pede uma “Vica” quando quer que lhe sirvam um café...

Está aí o Verão e tudo vai piorar um pouco. Só de pensar na “rentrée”, já me apetecer ir de férias em Setembro e regressar em Novembro. Novembro também não é bom. São as histórias do ski, mas sempre se aturam melhor.

Boas férias a todos! E até breve...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A última promessa

Depois de tanto tempo ausente e cheio de saudades, o meu avatar lembrou-me desta última promessa. Então e o post sobre o artigo que ainda não leste com o sugestivo título de “A Internet é um baile de máscaras”? Cá vai, não no afã de concluir tudo antes das férias, mas na ânsia de não deixar esta promessa por cumprir.

Vamos à função, à forma e depois ao conteúdo... Foi uma frase construída com o intuito de chamar a atenção. E nesse sentido, atingiu plenamente os objectivos para que foi escrita e destinada. Pelo menos comigo e, certamente, com muitas outras pessoas. Tratando-se de um “headline” a forma tinha que ser adequada, e dai o ser tão sintética, afirmativa e positiva. Não se pergunta, não se nega. Afirma-se. Aí está. Não poderia ser mais sucinta ou sintética.

O objectivo destas linhas não é a análise morfológica ou contextual, antes sim quero servir-me deste pretexto, como já perceberam, para divagar sobre o tema. Com estas premissas, vamos então ao conteúdo. A situação é mais complexa, porque pressupõe diversas atitudes, significados e significantes (ui, ui, ui…).

Ao dizer-se que é um baile de máscaras, afirma-se a diversidade de fatos, disfarces, de máscaras e, indo à raiz, de “personas” e então chegamos à diversidade de personalidades. Diversidade, significa mais do que quantidade. Significa diferença. E certamente assim é. Não somos todos iguais e ainda bem, acrescento modestamente: O que é a personalidade senão uma personagem que trazemos connosco?

Já um pouco mais subjectiva e complexa é a interpretação do baile de máscaras ser um engano. Ou que estamos num baile de máscaras porque pretendemos enganar alguém. Sem dúvida que não queremos ser totalmente verdadeiros e eu que passo a vida, como muito boa gente, nestes bailes sinto que não estaria a ser correcto se dissesse que esse enganar é verdadeiro. É verdadeiro no contexto desse baile e dessa personagem. Fora dele não faz nenhum sentido. E esta acha que é uma regra básica destas fantasias. Só valem no local próprio e na hora própria... E todos os participantes conhecem estas regras.

Enganaremos mesmo alguém que não queira ser enganado?

Se alguém for a um baile de máscaras por engano não pode sair de imediato? Certamente que sim...Pergunta-se então porque não sai? Obviamente porque também quer entrar no jogo... E se entra no jogo também quer enganar e, naturalmente ser enganado...

E acho que assim resumi o que queria partilhar sobre este tema numa abordagem inicial.
Todas as máscaras são válidas desde que se perceba que estamos num baile de máscaras. Haverá alguém que não perceba?

Ou seja, não é preciso pedir o BI, basta apenas não misturar o jogo com a realidade, ou a personagem com a pessoa. No caso talvez o avatar e o autor, que andam cada vez mais confusos.

Adoro o Carnaval, em qualquer altura do ano e em qualquer lugar!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sexo sem compromissos

Andava para trazer este assunto à baila há já muito tempo. Não o sexo propriamente dito, de alguma forma sempre implícito, mas o dito sem os designados compromissos habituais. Não poderia sintetizar melhor do que a frase dá título ao artigo e esta pequena nota. Um toque ali, outro aqui e assim por diante que não somos santos nem pecadores e nada de falar no assunto.

Até que o o pretexto final foi mesmo a Máxima. “À flor da pele”, chama-se o Editorial, da responsabilidade da Directora da Revista e que referi em nota anterior (vou descobrir o mail dela e felicitá-la pessoalmente). O artigo foi publicado na mesma revista que também já referi, onde prometi abordar aqueles três temas, todos tão próximos. Deveria dizer, tês temas, setão a ver...

Começa o artigo em questão por dar uns conselhos, exactamente iguais aos que dávamos á rapaziada mais nova e que recebíamos dos tios (verdadeiros) e primos mais velhos, sobre as atitudes a tomar com as namoradas. Obviamente negar sempre e tudo em todas as circunstâncias, mesmo que apanhados em flagrante delito.

Depois antes de chegar ao conselho final, conta a história de um homem que troca uma vida estável por um romance de um dia. Pelo que deduzi, separou-se e casou-se outra vez. Francamente...Nem digo nada, mas ao ler estes parágrafos de conselhos para mulheres que não me eram dirigidos, percebi que finalmente estamos em igualdade assumida. Mais do que dizer até que enfim, apetece dizer que o jogo da sedução se joga de muitas formas. O não dizer a verdade, completa, fria e sem graça, também é uma delas. Nesse jogo acho que temos mesmo que receber umas aulas das nossas queridas e adoráveis mulheres.

Qual o interesse de arranjar uma justificação supostamente baseada num amor/relação de longo prazo para uma situação que se pretende curta e no imediato? Bolas, até parece que estamos a trocar de papéis e são as mulheres que nos vêm ensinar a ser o que é suposto e tradicional sermos. Podem pensar o que quiserem porque não digo nada.

É como querer transformar a vida dos nossos avatares na nossa vida real. Para quê? Alguém perguntava, com carradas de razão.

Não sei se as revistas de homens (também não as leio) fazem este tipo de aconselhamento, talvez sim e começo a pensar que até são necessários...

Este foi provavelmente o melhor artigo que li sobre esta temática e até que enfim que se diz o que deve ser dito sem rodeios e subterfúgios hipócritas.

Só me resta dizer que o preto lhe fica muito bem.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Cozinhar é sexy...

Estava difícil voltar a casa, depois de uns dias de ausência, a experimentar outros cozinhados. Estava hoje mesmo a pensar nesta questão dos cozinhados, quando na Comercial, no programa da manhã se falava dos gastro-sexuais. Dizia-se até que a moda, depois dos metrosexuais era ser gastrosexual. E explicavam: são os homens que cozinham, com o objectivo de seduzir e de conquistar. E adiantam mais: São homens que cozinham em ocasiões especiais, com o único objectivo do romance. Oram vejam só, que agora já deu em moda! Não que isso me dê alguma alegria, saber que há outros do mesmo género, mas quem escolheu o nome de gastro-sexual deve gostar de cozinhar ovos cozidos ou Nestum com mel para as suas namoradas. A propósito, tenho recordações bem agradáveis de fins-de-semana sem sair de casa a comer Nestum (com mel, claro), com umas gemadas dentro para ficar com mais substância e cor. Enfim, vida de estudante...

O nome é feio e incorrecto, mas o conceito está certo. Gastro remete-nos para doença do aparelho digestivo ou, no mínimo uma sugestão de comer por comer, ou empanturrar, o que não é, de todo o caso. Não poderemos nós, sem ser por pura afirmação de masculinidade, mas apenas pelo prazer da sedução fazer uns pratinhos sofisticados para as nossas queridas mulheres? Dêem-me um pretexto, nem precisam de insistir muito, e aí estou eu de livro de receitas na mão e copo de vinho na outra a esmerar-me. Não sei porque, mas a preparação, todo o cerimonial associado à cozinha deixa-nos muito mais preparados para a sobremesa...

Este artigo da Máxima veio mesmo a propósito, pois ainda esta semana ofereci o “Carnet de la Cambuse”. Com aguarelas do Pratt e receitas de Michel Pierre, este livro fantástico leva-nos para um futuro (ou já presente para quem puder) de estilo vida tipo Corto Maltese. Quem não o desejaria? A ideia de o oferecer foi uma sugestão, uma promessa, uma garantia de mar e aventura, com forte sabor a risco. Haverá aventura sem risco? Não será que vamos desenvolvendo o nosso gosto pela experiência de diferentes sabores, alguns nem sempre agradáveis? Será por isso que vamos deixar de provar os nossos cozinhados? Claro que não.

A vida faz-se de muito mais do que certezas. A cozinha, é como um laboratório da vida real, e eu não gosto muito de ensaiar experiências. Gosto de experimentar.

E agora vou levantar ferro, que a maré está aí...

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Máxima

Depois do Correio da Manhã, chegou a vez da Máxima. Tínhamos lá um anúncio e, delicadamente, mandaram-me a revista. Em boa hora o fizeram, pois há anos que não passeava a vista por essas bandas.
O nosso anúncio estava óptimo, mas antes de lá chegar, vamos ao que realmente interessa. A capa estava de arrasar, como é habitual nestas revistas. Não fosse o conteúdo e até poderíamos pensar que era dirigida a homens. No caso a capa tinha uma Catwoman mas ainda consegui ver alguns destaques:
“Cozinhar é sexy”, “Especial sedução”, “A internet é um baile de máscaras” e “A química da atracção” foram os headlines que me fizeram abrir a revista. Contrariamente ao habitual nos jornais e revistas comecei a vê-la pela primeira página. Saiu-me o Editorial com o sugestivo título de “À Flor da pele: Sexo sem compromissos”. O artigo é da Directora da Revista, de seu nome Laura Luzes Torres. Prometo que amanhã vou começar a tratar destes temas. Agora tenho que ir tratar da sobremesa. Até Breve!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

A ocasião faz o malandrão

Estava ainda a digerir o meu último arroz, e imaginar variações à receita quando, delicadamente recebi uma receita alternativa de arroz, mas malandreco. De imediato agradeci, sensibilizado com o gesto, mas soube-me a pouco. Refiro-me ao agradecimento pelo gesto, não à receita, que pelo conteúdo não faz muito o meu género e por isso não a vou experimentar, a menos que a faça para alguém. Sou mais homem de outros pratos, se me faço entender...

Então, em jeito de agradecimento, minha cara leitora, aqui fica este pequeno registo, em forma de post.

Acho que de vez em quando, um verdadeiro tíu diria de quando em vez, todos somos um pouco malandros, no sentido que lhe damos habitualmente, de maliciosos. Como muito bem diz, depende da ocasião mostrarmos mais essa faceta. Mas não só...

O que já disse, neste blog, a propósito de sermos ou não santos, aplica-se, em parte, nesta questão. Assim, também o nosso grau de malandrice depende de várias coisas como a ocasião, a nossa predisposição e “most of all”, a companhia.

Como homem, estou sempre pronto e disponível Julgo que é este o nosso papel e o nosso destino. Sempre prontos para, em cada momento, sermos o que as nossas rainhas quiserem que sejamos. Malandros, malandrecos ou uns “ganda malandrões”. Às vezes até uns santos... Santinho é que, definitivamente, não. Acrescento, talvez desnecessariamente, que tenho alguma predisposição e gosto pessoal pela malícia e pela sedução. Se isso rima com o seu arroz, óptimo, não precisamos de fazer uma caldeirada...

sábado, 26 de julho de 2008

Lugar vazio

O hábito leva a que nos sentemos no mesmo sítio, na mesma mesa. A rotina que nos leva a repetir dia após dia a mesma coisa, faz com que deixemos de dar importância ao assunto. Dizem que a rotina é o mal das relações e eu também acredito. Passo a vida a tentar encontrar formas de fugir à rotina em todos os aspectos, mantendo apenas na vida profissional as rotinas da praxe.
E assim acontece que, quando deixamos de nos sentar numa determinada mesa, o nosso lugar fica livre ou é ocupado por outra pessoa... O mesmo se passa com os lugares à nossa volta.
Apesar de habituado, causa-me alguma tristeza a indiferença dos lugares vazios. Sem falar, dizem-nos que a presença ou ausência têm a mesma importância e a vida decorre do mesmo modo...

Tento fazer com que não seja assim.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

LIsbon Calling

Ainda há dias o London Calling e agora o Lisbon Calling! Já se tinha percebido que Lisboa e o nosso país estavam na rota dos grandes concertos, mas esta foi uma surpresa agradável, por muitas razões. Até o nome, que tão bem nos recorda os Clash e toda essa loucura dos Eighties, que terminou com a queda do muro de Berlim. London Calling, julgo que foi lançado em 1979, uma década antes da queda do muro. Este período marcou a adolescência de muita a gente, onde também me incluo. O prato para amanhã vai dos B52, aos Marillion passando pelos Stranglers e Meat Loaf. Não foram as minhas bandas top, mas é sempre a nostalgia dessa época. Não vou lá estar, por isso deixem-me recordar um pouco esse período...

Tenho andado a falar muito em cozinhados e este concerto recorda-me aquele famoso diálogo do “You Took The Words Right Out Of My Mouth (Hot Summer Night), provavelmente uma das músicas mais conhecidas do Meat Loaf (parece que entretanto também acabou a questão que se arrastava nos tribunais sobre o Bat Out of Hell).

O diálogo, para que não se lembra, começa com a voz masculina a perguntar:

[Boy:] On a hot summer night, would you offer your throat to the wolf with the red roses?
[Girl:] Will he offer me his mouth?
[Boy:] Yes.
........
.......
Este diálogo termina com um resposta perfeitamente inesperada e a música arranca com aquele speed todo:

It was a hot summer night
and the beach was burning.
There was fog crawling over the sand.
When I listen to your heart
I hear the whole world turning.
I see the shooting stars falling
through your trembling hands.
....
Foi uma adolescência animada mas, curiosamente, nunca tinha lido esta letra, que termina com um verso fantástico que também resume um período e uma maneira de estar, muitas vezes, nas nossas vidas:
....

And then you took the words right out of my mouth.
Oh it must have been while you were kissing me.
You took the words right out of my mouth.
And I swear it's true,
I was just about to say I love you.


Sempre gostei muito da praia e do mar à noite.

Nota: Citações da música referida.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Malandro, Malandrinho, Malandreco

Há séculos (não sou nada exagerado, como sabem) que não tenho o prazer de fazer um arrozinho de marisco. O último que fiz deve ter sido há anos num almoço para uns convivas lá da Germânia, mas já não tenho a certeza.

Não vou dar a receita porque estas coisas são muito do momento, dos ingredientes disponíveis e dos convivas. Mais picante, menos picante, mais marisco menos marisco. Há contudo algumas coisas que são constantes e são essas que importam, porque vão ficando de uns cozinhados para os outros...

Parece que há sete espécies diferentes de arroz. Não sei, porque percebo pouco dessas plantas. De acordo com a Wikipedia é a terceira maior cultura cerealífera do mundo, a seguir ao milho e ao trigo. Percebe-se agora a razão de no Porto se dizer “boa como o milho” (deve ser bom, doutra forma não o cultivavam tanto). Percebe-se também o aforismo “trigo acamado, dono levantado” e, em perfeita consonância com os anteriores ditos, no Algarve se usar “trigo limpo, farinha amparo” quando pretendemos referir-nos a algo dado como certo.

Vale a pena traduzir? milho, acamado, alevantado...é melhor não continuar!

Bem... Voltando ao arroz... Difere pelo tamanho e comprimento do bago. Mais curto, mais longo. Há quem goste mais do carolino, outros gostam mais do agulha. Como tudo, depende do que estamos a fazer... Tenho usado o primeiro, mas é preciso ter algum cuidado para não pegar e ficar tipo “papa”. Detesto arroz seco...por isso é raro usar o agulha. O melhor é deixar a agulha para experimentar uns salteados... Felizmente agora há outras variedades. O que menos gosto é do glutinoso (não tem nada a ver com glúten), é muito pegajoso para o meu gosto. Gosto do arrozinho molhado, mas nõo pegajoso.

Ando também muito inclinado para o Thai... Porque será?

Quanto ao de marisco: Para ser bom, ter que ser malandro ou malandrinho, como dizem no Minho onde têm a mania dos diminutivos... Com a idade vamo-nos tornando mais exigentes, alguém diria, mais refinados...

Por isso, concluindo esta história do arroz: Pode ser malandro ou malandrinho. Malandreco definitivamente, não!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Verão

Sábado à noite lá vai o tio para a capital... para não chegar muito partido e descansar no regresso, vai de comboio. Pura ilusão. A classe dita conforto, ou ainda primeira classe nos Intercidades, deveria mudar o nome para CLASSE REFER, DESCONFORTO, ou outra coisa do género. Deixei o carro nesse parque fantástico da estação de Campanhã (se comprarem ida e volta só pagam 3 euros por dia), embarquei e pensava chegar por volta das 21 h à capital. Outra ilusão!

A viagem foi um desastre. Uma criança berrava enquanto os pais e o que deveria ser um tio (fraco tio, a avaliar pela cena), faziam de conta que não era nada com eles, um casal de jovens que não estava habituado a viajar (e menos ainda juntos) clicava, à vez, furiosamente, numa PSP e saltava uns f..., também à vez. Mais tarde passaram para as cartas, mas os f... com aquele sotaque do Porto continuaram.

A certa altura a menina, delicadamente, colocou os pés no apoio de cabeça do assento da frente, mostrando que as pernitas estavam queimadas e que não estava mal a Ginástica. Fiquei a pensar se haveria provas globais de Educação Física. O revisor veio e acabou a demonstração. Foi uma pena, pois quem sabe o que se poderia seguir... Entretanto a criança adormeceu e eu também. Estivemos parados uma data de tempo em Alhandra, que deve ser uma cidade encantadora, mas a estação é horrível e o tempo a passar também. Uma hora de Alhandra è Estação do Oriente é demais. Nem a cavalo, no século passado.

Enfim lá cheguei ao meu querido Estoril já passava da uma. O Tamariz estava o máximo e desapareceu o remorso de não ter ido ver o Lou Reed. Espero vê-lo noutro local. Naquele momento o Tamariz era o mais importante. O Domingo chegou num instante e depois de uma manhã de trabalho, um almoço multicultural e super agradável, lá regressei ao Norte.

Viva o Verão!

Silly Season

Não está fácil, esta vida. Basta abrir o IOL e ver. Sexta-feira as notícias eram estas:

“Presas por participarem em concurso de sexo oral: nove mulheres britânicas, foram detidas na paradisíaca ilha grega de Zakynthos por participarem num concurso...” Na Grécia.

“Se for ao Dubai não faça sexo na praia: Uma mulher britânica, que vive no Dubai há três anos, pode enfrentar uma pena de prisão de seis anos, depois de ter sido apanhada, aparentemente, a ter relações sexuais numa praia com um compatriota seu...” No Dubai.

“Amor no banco de trás deu em queda de precipício, em Taiwan: Casal estava a ter relações sexuais no banco de trás do carro e esqueceu-se de puxar o travão de mão...” Em Taiwan...

Um ano de sexo diário, uma prenda original: «365 Nights: A Memoir of Intimacy» é o livro que relata a aventura de um casal americano...Brad recebeu uma prenda no mínimo original: a sua mulher, Charla Muller, prometeu-lhe um ano com relações sexuais todos os dias. Agora, a norte-americana lançou o livro que relata a experiência deste casal que reside na cidade de Charlotte, na Carolina do Norte...”

Moral da História:
Se tiver um fetiche por locais públicos, evite a Grécia, o Dubai e trave bem o carro.
Se quiser receber prendas originais mude-se para os States.

Apetecia-me ser “O vosso tio da América”...

Já tinham reparado que estávamos na “silly season”?

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Mar

Depois de um autêntico dia de cão, no planeta Emp-Reza, recebi uma notícia que me deixou mais tranquilo... Ainda no princípio da semana me tinha banhado nas salsas ondas do Outro Algarve e ontem, com aquela palavra quase entrei em órbita. Obrigado, minha cara prima. É sempre agradável receber uns toques positivos, usando a minha tão querida linguagem da Análise Transaccional.

Adoro o Mar, que me faz repousar, sonhar e também inquietar. Faz parte da palavra que mais gosto, amar. Amar é mar no género feminino. É aquele espaço e liberdade que preciso.

Nadar é abraçar Afrodite?

Chá Amargo ou cerveja quente?

Há anos que não tomo café com açúcar. Não posso dizer quantos, mas há muitos anos mesmo. Devo-o a uma amiga que, talvez por moda, não tomava nada com açúcar e um dia me desafiou para fazer o mesmo. Nesse dia até precisava mesmo de um bom café sem açúcar. Até talvez de dois cafés sem açucar... Fiquei a gostar, habituei-me e, desde esse dia, só gosto de café “ao natural” .

Não deixa de ser irónico o facto de, algum tempo depois desse episódio, me terem desafiado para tomar café com açúcar, sem sucesso. Lá continuei, com o café saboroso, que quem não conhece, chama amargo.

Há gostos para tudo e o café é um deles. Já no chá, seja ele o Earl Grey, o English Breakfast ou o Darjeeling, não dispenso um pequena colher de açúcar. Neste último talvez um pouco menos, mas nos outros tem que ser uma colher bem cheia... Abre o sabor e, como em tudo, torna-o mais doce, mais agradável. Por curiosidade, este chá deve o seu nome a uma localidade na India (leram o meu post sobre a Velha Albion?) e há quem lhe chame o Champagne dos Chás. Suponho que, entre outras razões, pelo facto de só poder ser produzido naquela determinada região. Também se pode confundir com o Chá do Nepal. Desses lado gostava mais de outras chás, mas enfim, ficamos por aqui.... Pois meus caros compatriotas, somos mesmo nabos nestas coisas comerciais, mas vai ficar para o planeta Ti-U essa questão...

Não sou capaz de beber café com açúcar e custa-me imenso beber chá sem ele!

O chá, como o café, um cocktail ou uma long drink é mais do que a bebida em si. É um pretexto (preciso tanto...) para uma boa conversa, para socializar enfim, para muitas coisas agradáveis. Estou a pensar no que me levou há dias a um Starbucks em Londres, ou naquela coisa tão gira, a Nightology do J&B, que também é um pretexto, para sair, ou entrar noutros universos, mesmo que por pouco tempo.

Cheguei a casa há dias, pensava que infelizmente sozinho... Depois de dar uma volta por casa, deparei com uma mensagem, que em vez de palavras tinha gritos. Em vez de conteúdo tinha desespero. Fiquei triste com o que li, fiquei contente por estar sozinho e pensei que não é o açúcar que nos faz doces ou amargos. É a vida que nos vai dando estas lições...

Pudesse eu escrever e dizer-lhe que tantas boas recordações se apagam com estes gritos! Que ficamos surdos de tanto ouvir, que a falta de luz ou o excesso dela também nos torna cegos. Que às vezes não encontramos razão para algumas atitudes, que o amor nos leva para caminhos que não imaginamos e a paixão também não é racional... Se pudesse dizia-lhe também que não há luar como o de Janeiro e beleza como a do interior...Que guardo num local especial do meu íntimo todos os dias que passámos juntos, todos os momentos em que imaginávamos um futuro a dois que não aconteceu.

Num mundo alternativo podíamos ter continuado a ser felizes e a descobrir um caminho que nunca quisemos fazer juntos. Porquê?
E foi assim o meu chá amargo, quando cansado de um dia terrível e quente, em vez da cerveja fresca, que me apetecia, recebi um banho de água gelada e um desgosto que acho que não merecia...

Ainda bem que estava sozinho. Pude imaginar-me a escrever-lhe, de forma diferente a pedir-lhe desculpa por me ter cruzado na sua vida. Ainda bem que somos adultos. Quem lesse a mensagem não acharia isso.

Então aqui vai o que pensei escrever-lhe:

“Desculpa ter-te encontrado e ter-me cruzado na tua vida.
Desculpa ter gostado de ti. Desculpa se não te fiz mais feliz! Desculpa-me ter, sempre, pensado em ti, enquanto estivemos juntos e depois disso durante muito tempo. Desculpa ter gostado desse tempo que vivemos juntos. Desculpa ter sonhado contigo. Desculpa não ter compreendido tudo o que me quiseste dizer e, duma maneira especial, peço que me desculpes por me ter sentido bem a teu lado.

Desculpa ter precisado da tua ajuda, da tua companhia e não a ter. Desculpa por não ter ido atrás de ti quando te quiseste ir embora. Desculpa por ter conseguido ultrapassar esse facto. Desculpa por ter conseguido sobreviver. Como sabes não foi fácil mas consegui...Desculpa.”

Desculpem também todos aqueles que me lerem, por ter escrito este post e vos ter cansado com este assunto. Desculpem os que me não me conhecendo ficam (com este post?) a imaginar que houve um homem que amou uma mulher e a relação não deu certo... Haverá mais algum caso assim? Desculpem, por tudo, está bem?

Às vezes sabe bem desabafar. Desculpem!