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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Postigo, o verdadeiro significado!

 A palavra postigo foi a mais procurada na Internet no mês passado. Fantástico! Também fui consultar o Priberam, para receber uns cookies dessa ferramenta, que também uso com alguma frequência. O resultado que obtive foi este:

pos·ti·go


(latim posticum, -i, traseiras de edifício, porta traseira)

nome masculino

1. Porta pequena em muralha para serventia de pouca monta.

2. Portinha ou janela pequena numa porta grande.

3. Fresta parcial em porta ou janela, geralmente resguardada com uma portinhola.

4. Pequena porta ou abertura destinada a atendimento ao público, geralmente para pagamentos, recebimentos, venda de bilhetes, etc. = GUICHÉ

5. Abertura no tampo dianteiro das grandes vasilhas de aduela.

6. [Marinha]  Tampa com que se fecham as vigias e gateiras.


"Postigo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, 
https://dicionario.priberam.org/Postigo [consultado em 15-04-2021].

 

Mas esta não é a verdadeira origem do uso do nome postigo usada nos comunicados sobre a pandermia (sim, com r)!!!

Não há nada que uma certa claque política goste mais, do que o palco. Seja das redes sociais, seja da televisão, não perdem uma. E os actuais desgovernantes são mestres na utilização destas novas ferramentas. A questão que se colocava, e muito premente, era a forma de divulgação do plano de desconfiamento (sim, sem n). Como divulgar aquela importante peça com 7 páginas, que iria condicionar todo o nosso futuro?

Um brilhante assessor, discretamente, escreveu no próprio documento original do plano (já falei dele aqui): Post it & GO, para que o seu ministro dilecto pudesse brilhar mais um pouco. Naturalmente, o que queria dizer era qualquer coisa do género: “Posta lá essa m. e vamos almoçar”! Ora quem fez o anúncio, não percebeu o que estava escrito e percebeu postigo… daí até às vendas ao postigo, foi um ar que se lhe deu ou, melhor, foi uma fresta que deixou passar uma corrente de ar!

Até breve, numa porta pequena, por aí!

sexta-feira, 2 de abril de 2021

O plano real do desconfinamento

 O Tio, à semelhança do que aconteceu no Estudo de Impacto Ambiental do novo aeroporto, teve acesso ao draft do plano de desconfinamento. O real, a síntese do que veio a ser divulgado mais tarde. Onde se lêem testes no texto final, estavam sondagens, no original, como já tinha acontecido depois do tristemente famoso incêndio de Pedrógão em que o Kamarada Kosta se preocupou, com toda a naturalidade em medir o pulso à nação sobre a resposta do governo à crise…

As prioridades referem-se aos inquiridos, não aos inoculados, e o conta gostas aplica-se aos restaurantes bares e cafés, excepto aos bares, restaurante e cantina da Assembleia das Elites do Povo, que são intocáveis.

O comércio tradicional, que não representa votos, perdão, não representa grande risco, se tiver porta para a rua e menos de 200 metros pode abrir em breve. Se não tiverem porta para a rua, que abram uma janela ou que se mudem para centros comerciais. Esses que representam muitos votos, perdão, servem muita gente, não os podemos encerrar.

Em suma, os portugueses gostam de sofrer, vamos dar-lhes o que querem e sem mais demoras. 

 


 

 

terça-feira, 30 de março de 2021

O Estudo de Impacto Ambiental para o novo Aeroporto

 O Tio, mais uma vez qual Tuga Leaks teve acesso ao Estudo de Impacto Ambiental para o novo aeroporto. O estudo é profundo, muito completo e mereceu horas de pesquisa a uma equipa multidisciplinar, que a tasca força (tradução livre de Task Force) do NAAFOQQS (Novo Aeroporto À Força Onde Quer Que Seja).

      Há um conjunto de razões que levam à construção do novo aeroporto, que tenho que divulgar em primeira mão, antes de mostrar o dito estudo em pormenor: 

      1. A Piada do Aeroporto vs. Aerolisboa já está muito gasta e assim podemos ter mais três possibilidades: Aeromontijo, Aerota, de longe a mais simples e mais memorizável – estou certo que em muito curto prazo seria o Arrota – e, finalmente, o Aerochete, também com muito potencial fonético.

Assim, se o critério de selecção for o nome eu escolheria o Arrota, perdão, Aerota, que também tem uma reminiscência do Arreda, como todos sabemos, o petit nom dado ao nosso infante D. Afonso, pelo uso recorrente dessa expressão ao deslocar-se no seu carro nas ruas de Lisboa, muito pouco habituadas a ver automóveis a circular, nesses inícios do séc XX… As minhas costelas monárquicas, sempre!

2. A necessidade de gastar dinheiro

      Quanto menos temos, mais gastamos, sempre foi o nosso mote e, claro, quem mais tem mais ganha! Nós estamos no primeiro grupo, como não temos dinheiro, obviamente pedimos e, como diria o nosso Ex-Primeiro Socrático, não pagamos!

       3. É preciso mostrar que o Aerobeija (à moda do Puerto, carago) não serve

A ideia de construir um Aeroporto em Beja, foi uma loucura e é preciso mostrar que foi mesmo dinheiro desperdiçado. Nem por poder receber o A 340! Que se dane, é só mais uma asneira do citado Ex para meter umas lecas ai bolso, do primo, claro que o Tio não se mete! Haver uma linha de Camonho de Ferro que nos puna de Beja em Lisboa em menos de uma hora se quiséssemos, não interessa. E não venham com argumentos de que a Beijar é que a gente se entende, nem que é mais próximo do Reyno dos Algarves, logo mais perto do Tio. Acabou!!!!

Vejo tanta gente a Aerochotar postas de pescada sobre o assunto do Aeroporto, que o melhor é mesmo divulgar o estudo, tal como o obtive, numa sala de reuniões exterior pois, como manda o desgoverno da pátria lusa, não podemos sentar-nos a mesinha do café…Nem para a bica! Aqui vai.

 


quarta-feira, 29 de abril de 2020

Protegida vai para a fonte


Protegida vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça a máscara,
O desinfectante nas mãos de prata,
Cara de sociopata,
Fato descartável;
Traz a vasquinha de cirurgia,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa, mas não sabia.

Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro tapados com manta
Que tesoura e tinta já não vêem, pobre santa
Tão linda que o mundo espanta.
Foge dela o virus como um mantra,
Con tanta força que nem dura.
Vai fermosa e não segura...

António Bernardo de Camões

quinta-feira, 2 de abril de 2020

A Mulher e a Janela

Lembro-me sempre que conjugo estas duas palavras, da célebre canção do Vitorino, que falava de uma menina à janela e de um prenda pedida. Pois, outros tempos, outras vontades. Agora a janela vai no carro, a menina não vai a janela,  mas continua a haver a prenda...

Levar a mulher na mala do carro pode ser uma ideia prática para alguns, mas combinar com o transporte da janela acabada de comprar no eBay, será considerada uma janela de oportunidade, um fetiche ou uma maneira de escapar à polícia? A conclusão poderia ser: Se levares a mulher na mala do carro, não vás pela auto-estrada...

A história completa, aqui.

segunda-feira, 30 de março de 2020

Pandeleiros. Finalmente percebi!



Sempre achei estranha esta designação. Algarvio, exportado para o norte, para reciclagem social e actualização de conteúdos, nunca compreendi, verdadeiramente, o significado da palavra e, durante anos acreditei ser um termo pejorativo para designar uma determinada atitude, no que respeita a comportamentos sexuais. Afinal não era! Foi preciso vir um vírus, da China, de onde já tinham vindo outros (será lá que os fabricam, ou testam?), para que finalmente compreendesse o verdadeiro significado desta palavra, tão injustamente citada por mim!

Ao ouvir tantos especialistas em vírus, com pós-graduações em epidemias, pandemias e outras coisas acabadas em mias, como jeremias, os verdadeiros profetas do pandemónio, do terror social, acérrimos lançadores do pânico, fez-se luz!

Pandeleiros são os especializados em pandemias que, à semelhança de outros estereótipos, saíram agora do armário! Estiveram em silêncio, ao SARS, à gripe A, mas agora não aguentaram mais. Soltaram a franga do COVID-19 e, sem nunca dizer a verdade, mergulharam-nos, no completo caos, que a falta de liderança, na Europa e Estados Unidos, amplificou.

Estes pandeleiros têm discípulos, espalhados pelas redes sociais, que se encarregam de disseminar o seu pavor pelo digital. E os leitores, na Ânsia de partilhar, nem lêem e muito menos tentam perceber o que lêem. Partilhar a tolice, a loucura, o pânico é o que importa. Proteger os que realmente precisam, mudar hábitos, comportamentos e procedimentos não interessa. Importa mostrar, gritando, mesmo que não seja verdade. Oráculos do infortúnio e campeões da desgraça! Arrastem as massas! 

Alguém vos agradecerá, certamente. Eu não.

A propósito de pandemias recomendo:

quarta-feira, 25 de março de 2020

Epitáfio ou certidão de nascimento?


Não sou vaidoso nem convencido, considero-me um Tio simples e despretensioso, por isso este epitáfio não é nenhuma lição de moral, nem corolário de vida, mensagem transcendente e, menos ainda, instruções para descendentes. É apenas uma tese e um resumo, que deveria ter como subtítulo: Epitáfio do Homem mais Triste do Mundo.


A questão a postular é esta: Será que alguém que já morreu pode escrever sobre a sua morte? Parece que sim. Contra toda a evidência, e não se trata de ressuscitar, ou de segunda ou terceira vida, como nos jogos da X-Box, Nintendo ou Play Station. É melhor clarificar…

Numa não qualquer quinta-feira, enquanto se comemorava o desembarque dos aliados na Normandia, e a libertação da Europa ( e por falar nisso, bem precisamos agora de nos libertar do jugo Europeu), alguém se encarregava de sabotar a festa de libertação. Mas, como sempre acontece nestes casos, o tiro saiu pela culatra e o alvo, que sofreu o embate da bala, acabou por sobreviver e ficar mais forte, como muitas vezes acontece! Sim, foi isto que aconteceu. Levei um tiro no passado dia 6 de Junho. Acidental, pelo que me disseram. Eu acredito como também acredito no coelhinho da Páscoa, Peter Pan e no Pai Natal mas, ficou bem dizer, foi um acidente: São rosas meu senhor, são rosas meu amor…

Mas como na vida nada acontece em vão, esse tiro acabou por me libertar de um fardo e passados meses, em que vi o céu cinzento e negro, e me assumi como o homem mais triste do mundo, recuperei a consciência e passei a dar mais valor à vida… parece tanta coincidência que nem acredito. Estatisticamente seria impossível e para mim, simplesmente, foi. E como foi, já não está. Desapareceu! Estaca zero!

Pensei que os sonhos tinham morrido, mas agora vejo que não. Mudaram as personagens, mas os sonhos ficaram. Uff… o que seria a vida sem sonho!

O que não nos mata, deixa-nos mais fortes! Esta é a conclusão.

O epitáfio poderia ser: Aqui jazia o homem que do paraíso, foi atirado para o inferno. Atravessou-o, e despertou para um novo mundo onde vive feliz, no mais perfeito anonimato. 

PS: Voltei e mudei para a minha outra casinha… 😉


quarta-feira, 15 de março de 2017

In barum veritas

Diz-se muitas vezes que no vinho está a verdade...Esse soltar de língua, a falta de pressões sociais, de barreiras que um copinho a mais provoca, anula o super ego e liberta o Id que há dentro de nós...

E rindo, vamos ouvindo e dizendo o que doutra maneira não ouviríamos e não diríamos... Eu também pensava assim, apesar de ser muito raro deixar que o álcool interfira com as minhas construções mentais. Também há quem lhe dê para chorar. Esses são os piores momentos, só ultrapassados pelos violentos, que felizmente há anos não testemunho. É o que dá ser um Tio selecto e só frequentar bares bem.

Mas será efeito só do álcool, ou do local? Eis a questão! E, quando menos se espera, nos lugares mais simples vêm as verdades mais profundas. É um pouco como as surpresas. Quando menos se espera, zás!

Foi o que me aconteceu há dias no sítio mais improvável do mundo. Apesar de ser conhecida como a cidade dos Doutores, pois toda a gente é doutor e cidade da Saúde, pois não lhe faltam clínicas consultórios e, naturalmente doutores! Estou a falar de Coimbra, do Choupal, também capital do amor em Portugal.

Mas foi num bar muito simples, que se querer vi uma das expressões mais fantásticas, pela sua simplicidade e essência, mas mais verdadeiras. Ainda por cima colada num frigorífico, branco. Era assim a frase:

Depressão: Excesso de passado.
Stress: Excesso de presente.
Ansiedade: Excesso de futuro.

Que vos parece? Felizmente tenho sido imune a este tipo de excessos, um pouco como ao Gin,às Caipirinhas e às Cubas Livres. Já do tango não.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

E uns grelinhos tenrinhos?

Se há coisa que gosto de comer à noite, ou de dia, são grelos. Não há nada melhor do que uns grelinhos, bem húmidos, com azeite bom, qb...Não muiot para não ficarem demasiado ensopados.

O que acham?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O pudim na Sibéria




Lembrei-me de fazer um pudim, ontem. Fi-lo (posso dar a receita, se houver interessados), e coloquei-o frigorífico, para arrefecer mais depressa, apesar de gostar deles mornos.

No fim do almoço, alguém perguntou: O putin, onde está? No frio, respondi. Na Sibéria?
Não, para a Sibéria vais tu se continuas a fazer piadas do trump. Olha, vamos é jogar umas cartadas, começo como 3 sem trunfo, mesmo sem ver o jogo, de tão enjoado que estou de piadas do trump.

O trump e o putin foram os dois para a Sibéria?

Nunca mais ponho o pudim no frigorífico. Pode despertar uma crise internacional…
Enfim, somos todos um pouco passados, ao Domingo. E a seguir fui dar uma voltinha de mota para arrefecer o espírito. Já estava cheio de saudades e farto da chuva. Da chuva e do trump.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Fontes e bebedouros: do fontismo ao socretismo, uma história sem paralelo



Levou-me muito tempo a perceber a origem do frenesim construtivo que nos assolou num passado muito recente. Levado por uma tendência natural minha, confesso, via na I República a origem deste estado de coisas mas, francamente, a ideia não me agradava. Como sofista (era assim que um prof de filosofia me chamava, nos longínquos tempo de liceu), a ideia servia-me apenas de forma de discussão, sem qualquer aderência à realidade. E, de facto, a semelhança era apenas no título da obra de Platão, dilecto discípulo do nosso estimado homónimo que hoje recordo. A origem tinha que estar noutro lado.
E só ao ler o Terminar a Revolução, a Política portuguesa de Napoleão a Salazar, de José Miguel Sardica[1], percebi o meu erro e como as nossas convicções, ou preconceitos, nos levam a conclusões erradas, sem qualquer explicação racional.
O livro é todo ele fantástico, mas para provar a minha tese, refiro-me apenas ao período entre 1858 e 1871. E neste ponto tenho que referir que o meu blog e os seus textos são apenas ficções, como referi no princípio: http://empresaportuguesa.blogspot.pt/2008/03/porqu.html. Não há qualquer semelhança entre o que se passou no final do século XIX e no início do século XXI, no entanto apetece-me citar aqui um artigo anónimo do Jornal o Português, fundado por Alexandre Herculano. Fazendo mais um parêntesis, importa dizer que há quem o queira atribuir ao próprio Alexandre Herculano, desiludido com a solução Regeneradora encontrada para o Reino, mas uma pesquisa séria e aturada, permitiu a chegar à conclusão que o autor do polémico artigo era um Tyo de Valle do Lobo, Santharém y dos Allgarves, que nunca chegou a ser verdadeiramente identificado. Pois bem, as palavras usada por esse Tyo para descrever a classe política da época eram, entre outras, “mediocridade ambiciosa”,  “ leviandade inexplicável” mas, destaco sobretudo a brilhante conclusão de que “ A máquina a vapor e os caminhos de ferro são o pão e o circenses do século XIX”! E como é bom ver alguém pensa como nós!!!
É fácil ver que a máquina a vapor do século XXI são o Plano Tecnológico e o Parque da Instrução (as máquinas a vapor tinham um vagão com o carvão) e que o caminho-de-ferro dessa época são as scuts (sexo com utilidade turística). O facto de XIX e XXI terem exactamente os mesmos símbolos, provam a teoria da cabala e o grande paralelismo dinâmico destes factos históricos. Esta coincidência foi inspiradora para o nosso filósofo. O inspirador, tinha sido aluno brilhante, militar distinto e o país viveu, de facto, um período de grande desenvolvimento na segunda metade do Séc. XIX. Cem anos depois, este cocktail explosivo provocou séria mudança na mente jovem e influenciável do nosso engenheiro de obras feitas, especializado em inglês técnico. Cedo decidiu sacrificar a sua vida pelo governo da nação e panalizar os seus amigos, o que conseguiu com grande mérito, diga-se.

Nota: A questão do suposto desenvolvimento e efeito multiplicador do investimento do estado na economia tem vários defensores, recordo apenas que os empréstimos concedidos a Portugal nessa altura de grande desenvolvimento, acabaram de se pagar no tempo do nosso secretário de nome mexico-colombiano Tony Gutierres.


[1] Edição do Círculo de Leitores de Março de 2016, Coleção Temas & Debates

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Rogue One, Two and Three

Depois de 11 meses de férias- sim pensavam que era só no INEM que acontecem estes fenómenos, mas não. Na blogosfera também acontecem.
Não sei se a viagem vai durar, espero que sim e também espero que gostem desta nova fase.
Sei é que ontem fui ver o 3.5 da saga Star Wars. Nunca fui grande fan desta guerra do Império e os Reeldes, mas gostei mais deste filme do que de todos os anteriores. Sugiro até que comecem a fazer mais versões 0,5, são melhores que as outras. Não me lembro do enredo do que saiu no ano passado. Bom sinal, mas recordo que era a mesma historia de todos os outros mas mais condensada. Agora explicam como aparecem os planos da Estrela da Morte nos rebeldes. Óptimo.
Coincidência triste, morreu Carrie Fisher, a actriz que interpretou o papel de Princesa Leia, nos primeiros filmes.

Nota: Os nomes e marcas mencionadas são propriedade da Lucasfilms e Disney. Isto é um disclaimer, não vá dar-se o caso de algum soldado imperial ter colocado um dróide no meu PC...

terça-feira, 17 de maio de 2016

Debaixo do Marão mandam os que fizeram o buracão




Em vez de reproduzir a carta convite do António Lombo ao José Socretino e a devida resposta, que bem mereciam ser divulgadas, vou relatar-vos o que ouvi, ao vivo, dos discursos de inauguração dessa grande obra de engenharia: O furado do Marão.

Portuguesas, Portugueses, Transmontanas, Transmontanos, Minhotas, Minhotos, Mulheres e Homens do Interior, Mulheres e Homens do Litoral, Meias e Meios de Comunicação Social, Minhas Senhoras, Meus Senhores e outras convidadas e outros convidados que não referi,
Hoje estamos a inaugurar a obra mais importante realizada em Portugal nas últimas décadas e nos últimos decénios. Sim, acima de tudo não quero ferir susceptibilidades, nem separar o que Deus, perdão Alá, desculpem, o grande Arquitecto, quero dizer, o que alguém uniu e a natureza com os seus milhares de anos e movimentos de placas tectónicas, placos tectónicos e outras formações geográficas de origem eruptiva, sedimentar ou outra, separou. Nós, não só concretizámos a ligação que outros quiseram evitar, porque apenas queriam dividir para reinar, como fizemos a obra mais importante de Portugal nos últimos cinquenta anos. E fizemos a obra mais importante de Portugal nos últimos cinquenta anos, não porque quiséssemos ficar na história – porque isso já estamos. Fizemos a obra mais importante de Portugal nos últimos cinquenta anos, porque queremos unir o que a natureza e o governo anterior tentaram separar.
….
(Aplausos e vivas)
Mas não paramos nem paramos. Como todas e todos sabem, eu uso o aborto ortográfico, por isso vejam se percebem o quis dizer. E este túnel, também é um desafio, o desafio de unir, o que a natureza quis separar. E, minhas amigas e meus amigos, não vamos lá com estradinhas nacionais, nem com pontes e pontas, nem com viadutos e viadutas. O Portugal precisa de inovação mas, mesmo sem ministro de inovação, nós vamos inovar. Porque não paramos nem Paramos nem vamos para essa localidade perto de Espinho. Nós continuamos a inovar e temos já em mãos um novo projecto de comboio túnel, que permitirá ligar as Portuguesas e os Portugueses ainda mais rapidamente. Temos contactos ao mais alto nível – que aproveito para dinamizar quando vou fazer uns fatinhos lá na Rodeo Drive em Beverly Hills – e já nomeei, desculpem o Lombo já nomeou, uma comissão a que presido, de forma simbólica apenas, para se fazer o Portogalão, o comboio mais rápido do mundo, que permitirá ligar a Covilhã a Olhão, Vila Velha de Ródão a Caminha e Quintanilha a Vila do Bispo, cada um destes percursos em menos de meia hora. A comissão vai elaborar um caderno de encargos, no prazo record de dois anos para o famoso Portogalão, projecto que nem os Estados Unidos se atreveram ainda a realizar. Mas nós somos Portugueses, da terra de grandes descobridores de mundos e vamos à frente em tudo. A tecnologia é a nossa praia, o nosso caminho e a nossa salvação. Dai graças a nós. Perdão, queria dizer agradeço às Portuguesas aos Portugueses, aos imigrantes estabelecidos em Portugal e também aos emigrantes, saudosistas, empurrados para esse cruel destino pelos governos que me sucederam e precederam, e aos outros residentes clandestinos em Portugal, o vosso apoio. Bem hajam!