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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Oh não!

Decido passar três dias em Olhão. Imagino-me na minha ilha predilecta, apesar do grande número de casas que por lá existem agora. Dizem-me que na Fuzeta já não há casas. Troco o Farol pela Armona, a partir da Fuzeta. Não aguento mais uma semana longe do mar…



Passo os olhos no jornal e descubro que este CR7 ou 9, que finalmente deixou o site do BES, já vai almoçar à Deserta! O Estaminé é famoso, os preços ainda vão subir mais, o que não é nada bom…
O que nos vale é o humor, que nunca perdemos, veja-se os comentários do blog “A Defesa de Faro”. Postas de lado as tradicionais rivalidades destas duas terras, há que dar os parabéns aos comentadores…A ideia da versão gay do Love Boat… LOL!!!
Imagem retirada daqui.

domingo, 25 de julho de 2010

Elevador multidestinos, ou como o número do azar não é o 13…

Por sugestão de uma leitora, decidi fazer uma pequena experiência, inocente, é certo mas de desfecho imprevisto.
A sugestão veio mesmo a propósito, pois permitia-me aumentar de forma considerável as probabilidades de encontrar a vizinha companheira de uma viagem anterior, com origem desconhecida.
Como habitualmente não uso esse meio de transporte tão íntimo em horas de ponta, pensei que o risco de um encontro indesejado, tipo marido com cara de poucos amigos e sacos do lixo, ou dona de casa com rolos na cabeça e chinelos (esta imagem persegue-me desde miúdo), ou teenager que leva os sacos do lixo da semana toda, para ter autorização para sair à noite (já não se usa, mas enfim...), era mínimo…
E pronto, lá chegou o transporte e comecei a viagem a carregar nos botões todos, por ordem descendente, do 13 até ao zero…
Quando acabei já o elevador ia no 12, pára, arranca, pára, arranca e eis que no piso nove se abre a porta... Pela brusquidão vi logo que não ia ter sorte. O perfil era o do marido intelectual urbano, já acomodado há alguns anos, fato de treino, ténis (sapatilhas, pronto…), eventualmente já preparado e devidamente equipado para um micro jogging matinal. Felizmente não trazia o saco do lixo.
Tentei pôr-me em frente aos botões, mas não dava, tive que o deixar entrar. Vai para carregar no botão mágico e dá-se conta que as luzes estavam todas acesas…Apeteceu-me rir, tal a cara de surpresa. Miúdos, disse eu, como quem justifica. Devem ser os do 12, disse ele, com voz de quem já sofreu alguma brincadeira semelhante (eu não fui, juro). Estão sempre na brincadeira!
Pelo caminho fiquei a saber que estava com pressa e percebi que seria um professor de educação física, mas nem quis perguntar não fosse dar-se o caso de pensar como é que miúdos, em tempo de escola, saem de casa às 10 da manhã! Seria o marido da dona do cocker?
De resto não se passou mais nada de interessante. Acabei por sari no Rés-do-Chão e apanhar outro elevador até à garagem.
Está visto que esta pesquisa ter que continuar, mas noutro horário!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Legislação sobre biomassa? Biomassa de Legislação!

A sanha legislativa deste governo chegou à biomassa. Como se ainda não tivéssemos legislação suficiente sobre todos os assuntos e mais algum, chegou a vez deste importante recurso natural. Vi a notícia, em rodapé, enquanto olhava distraído para as pernocas da comentadora de economia do Jornal da Manhã, da SIC Notícias e por isso é possível que me tenha escapado algum detalhe (da notícia, claro). É de salientar este hábito das entrevistas em sofás baixos, onde a câmara vai percorrendo as entrevistadas.

Enquanto detinha os olhos nos pormenores, outra notícia passa, precisamente em cima dos joelhos da comentadora (para quê tanta aquela barra encarnada, tão larga no oráculo?): Governo estuda a possibilidade de rever os preços das energias alternativas. Acho que esta é a forma ideal de dar notícias. Um fundo interessante, umas letras a passar e o efeito na nossa percepção é completamente diferente…

Para acabar os 5 minutos de notícias eis que chega o yoga do riso numa cadeia das filipinas. Fantástico. Presos, guardas, tudo a rir, em gargalhadas desenfreadas muito mais descontroladas do que se ouvissem o nosso primeiro a falar espanhol ou inglês técnico (penso que ainda não se atreveu a tentar o francês. As pernocas é que não voltaram ao ecran…Ah! The last, but not the least: A JP Sá Couto vai fazer uma fábrica em Angola. E a comentadora, bolas?

Fui forçado a concluir, sem poder terminar a atenta observação das notícias que:

1. A comentadora ainda não foi à praia, este ano
2. A m. talvez venha a pagar imposto ou a ser subsidiada, dependendo de quem a produz…
3. Os boys das eólicas já se encheram de massa, agora querem transformar a m. em ouro
4. Todo a legislação produzida sobre energias alternativas é uma biomassa, mas a dita cuja ainda não esta legislada.
5. O riso ppode ser uma terapia, barata, no meio da biomassa em que estamos atolados
6. O MIgalhães vai passar a chamar-se Merdalhães, em países lusófonos

Ficamos a aguardar com grande expectativa as portarias regulamentares. Eu é que vejo cada vez mais biomassa à minha volta e tenho menos massa na carteira.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Elevadores, Experiências e Condomínio

A título de curiosidade, mas motivado pela necessidade de partilha e também (não há nada como ser sincero) pelo sucesso, medido em comentários, das aventuras do Tio nos elevadores, aqui fica uma carta sobre o assunto. A resposta do condomínio será publicada em breve.

É também uma prova que a calma, a fleuma luso-britânica e o fairplay (para o nosso presidente da CE compreender), devem estar sempre presentes, independentemente da natureza da situação.

Aqui vai a missiva:

Exmo. Senhor Administrador do Condomínio do
Edifício Ti-U

Porto, 14 de Julho de 2010

Ao analisar o Relatório e as Contas do exercício de 2009, verifico ter sido gasta uma importância considerável na manutenção dos elevadores. No Relatório são mesmo referidas a reparação das guias, a substituição de roldanas e dos cabos, a afinação das portas e redução das folgas, no entanto parece que ficou tudo na mesma, a saber:

O elevador abana perigosamente entre o quarto e o sexto andar,
O barulho que faz, mais parece de um eléctrico ou de um comboio do que um elevador,
A iluminação interior frequentemente não funciona, ficando o elevador às escuras,


Sugeria ainda a colocação de um aviso, indicando aos nossos estimados condóminos que estas situações são normais, pois frequentemente são audíveis gritos, suspiros, exclamações, interjeições e outras expressões que indiciam grande tensão e ansiedade, nesse meio de transporte vertical.
Na expectativa da resolução do problema, subscrevo-me com os melhores cumprimentos.

António Bernardo Risos, 14º - A1

E a resposta:

Exmo. Senhor
António Bernardo Risos,
M.I. Condómino do 14 - A1
Edifício Ti-U

Porto, 16 de Julho de 2010

Acuso a recepção da comunicação de V. Exa. sobre os problemas sentidos no elevador, e que me cumpre responder.
Assim, começando pela sua última questão, como muito bem diz, o elevador é um transporte vertical, e como tal deve ser usado. Experiências que pessoas mais conservadoras costumam fazer na horizontal, não devem ser testadas nesse transporte vertical… Esse tipo de actividades introduz vibração adicional na cabine e essa é, sem dúvida, a causa do ruído e da trepidação que o estimado condómino diz sentir.

Quando ao facto deste fenómeno se manifestar entre o quarto e o sexto andar, mais parecendo um comboio, de acordo com as suas palavras, permito-me sugerir que V. Exa. troque o ascensor por um comboio. Naturalmente que não sugerimos esta troca para mais rapidamente chegar ao seu apartamento, mas para realização das suas experiências pessoais.

Uma nota final, sobre a luz da cabine. Como certamente sabe, por razões que se prendem com a redução de consumos de energia e consequente melhor preservação do ambiente, quando o elevador não está a ser utilizado, as luzes no interior desligam-se. Assim se pretender permanecer na cabine, com o elevador parado, sugiro que deixe a porta entreaberta. Este pequeno gesto não só tem vantagens ao nível da segurança, como também poderá proporcionar aos outros condóminos alguma formação adicional sobre um tema muito actual: “Novas perspectivas na utilização de elevadores” e que, certamente, seria muito apreciada.
Se o ruído dos outros condóminos a bater nas portas, nos vários andares, em desespero por haver apenas um elevador a funcionar ultrapassar os 50 dB, agradecemos o favor de o libertar, pois pode haver alguma necessidade mesmo urgente de utilização. Antecipadamente agradecemos que escolha o seu andar para realização dessas experiências…

Esperamos ter esclarecido completamente este assunto e, à disposição de V. Exa., subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos,


P’la Administração do condomínio
(assinatura ilegível, mas muito parecida com a do Tio…)

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Socras City

Não gosto de futebol e em especial de toda a entourage ligada a esse desporto…Estou-me nas tintas se a casa que determinado jogador do Porto tem no Algarve é melhor que a de outro do Benfica, ou se algum jogador do Sporting passa férias na Terra do Fogo. Não me incomoda absolutamente nada. Encontrá-los nos restaurantes, é improvável como também o é nos bares e afins. Quando acontece, como não os conheço, só dou por isso pela corte que os rodeia. Assim incomodam-me pouco. O que irrita mesmo são as pessoas que idolatram estes comportamentos extravagantes e que olham estas personagens com admiração.

Contextualizado o tema, devo dizer que a primeira vez que ouvi esta expressão “Socras City” imaginei que se tratasse de um estádio, com a forma de um pote, onde se cozinhassem umas valentes caldeiradas regadas com bom vinho da herdade do Jamé. Nesse recinto o jogo seria a “Grande Farra”, versão portuguesa e aportuguesada de “La Grande Bouffe ”, onde alguns comiam até rebentar e outros passassem fome. Erro tremendo.

Socras city é afinal uma espécie de bantustão (esta palavra é fantástica), não ao estilo de Sun City mas absolutamente virtual, onde a realidade não importa. O programa de desenvolvimento tecnológico veio possibilitar a criação desta nova realidade, cheia de oportunidades. Não importa o que se vê, nem o que se sente. Importa apenas o que alguém diz, e só ouve quem quer…Ganha quem conseguir apresentar melhor, representar com mais convicção e ser mais submisso (não fiquem com ideias, é a verdade…).

No início de cada jogo, escolhe-se um papel, à semelhança de uma conhecida cidade infantil, que existe no Dolce Vita Tejo, só que em Socras City, é a valer. Dependendo dos amigos pode progredir na carreira e até, ao fim de semana ou quando for oportuno, fazer um curso superior. As únicas acções obrigatórias são as aulas de artes dramáticas, de demagogia e de auto-estima. Os jantares de culto da personalidade são imprescindíveis para subir níveis no jogo, assim como a desfaçatez e o descaramento.

Em Socras City, nada acontece por acaso, se for positivo o personagem. É sempre fruto de uma estratégia de desenvolvimento, pensada a médio e longo prazo, mas que deu resultados até superiores ao esperado. Se correu mal, o contexto é que tem a culpa, como sempre.

Nada de novo em Socras City…É só um intervalo o jogo é o mesmo.

Aos meus seguidores e leitores,

As minhas desculpas.

A quem segue este blog, dando-se ao incómodo de, publicamente, mostrar que gosta de ler os meus escritos, as minhas sinceras desculpas pela baixa produtividade.
Aos leitores que têm a simpatia de comentar os meus posts, também peço desculpas.
Aos leitores que não se identificam ou comentam, mas que com o cuskometer, identifico perfeitamente, ficam também as minhas desculpas.

Lamento desiludi-los mas não tenho podido escrever nada. Não estive na África do Sul, mas também vou regressar em breve.

À portuguesa, uma pequena justificação. Para além vários locais, do Norte ao Centro do país (ao Sul é mesmo só prazer…), onde vou desenvolvendo as minhas actividades profissionais, arranjei outra ocupação: O regresso às actividades lectivas, que me tem ocupado bastante na preparação desses conteúdos que com tanta alegria vou partilhando com os alunos. Também tem sido um prazer conhecer novas colegas, e partilhar conteúdos, número de telefone, dicas sobre bares e restaurantes, e etc., mas talvez um dia escreva sobre o assunto.

Uma notícia, boa ou má: Não ganhámos o campeonato do mundo de futebol e os nossos jogadores e comitiva não ficaram no District 9….

Lamentamos esta interrupção, o programa segue dentro de momentos.

As alfinetadas do Tio vão voltar….