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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Falta de imaginação ou de assunto?

O detalhe com que se fala dos assuntos, dá a entender a atenção dedicada aos mesmos. À medida com se vão subindo os degraus na escada hierárquica, ou de outras escadas, têm-se outros horizontes e outras perspectivas.

Fico com muita curiosidade quando ouço um ministro dizer que vai resolver o problema da segurança com 2.123 novos polícias, ou o dos incêndios contratando 165 novos bombeiros, 7 carros de não sei o quê e cinco “meios aéreos” (nome usado no verão para designar helicópteros e aviões).

Em Emp-Reza também sucede o mesmo ou muito parecido. É frequente estarmos a contar formigas e esquecermos os elefantes. É pena que não seja só em Emp-Reza e que essa cultura tenha passado cá para o nosso burgo... E depois são os erros de casting, o “misfit” que todos conhecemos...

Elé é querer saber quantos hóspedes entraram, que grupos é que vamos ter, quem é que está na recepção, etc, etc. etc. Só é pena não querem saber que menus vamos servir, quem é que está na copa, senão levavam com uns cremes Dubarry e umas Vichyssoise em cima. Para completar o ramalhete (rabanete ou rábano, neste caso), umas reduções de vinagre balsâmico em cama de tomate, alface e couve tronchuda. O nome é giro e vê-se logo o que se pretende fazer...

Hoje quando vinha do litoral para o interior a pensar neste assunto, subitamente tive uma ideia (coisa rara, mas foi mesmo).

Para estes casos, em que os tius, vindo nos “meios aéreos” aterram directamente nos patamares, ou seja nos Conselhos de Administração, sem ter que subir nenhuma escada e querem, à força, meter-se nas decisões dos outros em vez de pensares nas coisas que lhes dizem respeito, só há uma hipótese. Evidente que tive em conta que temos que os aturar, doutro modo não faria sentido esta questão...

“Atão”, a sugestão para melhor “ultapassar” esta situação é simular um roleplay constante. Assim que chegamos à empresa, imaginamos que estamos numa sessão de roleplay. O nosso tiu é a estrela e vamos imaginando que papéis ele vai interpretando ao longo do dia. De groom, jardineiro, empregado de mesa, técnico de manutenção, etc. Este forma de conviver com a situação poder ser melhorada com apostas, com os colegas. As apostas podem ser sobre o número de papéis a desempenhar, sobre os papéis em sim, ou ainda top of the top sobre a possibilidade de desempenhar o papel correspondente ao seu próprio papel real.

Pessoalmente gosto de apostar neste nível... Fica o tema para outro post: “António Bernardo: De operário da gestão a high roller da empresa”.

Vale a pena dizer porque se chegam a estas situações? Fico na dúvida será que é por falta de imaginação, ou de assunto? Falta de imaginação para desempenhar um papel próprio, de assunto, porque não sabendo nada, não têm tema de conversa...Mais. Como sempre, em Emp-Reza a resposta para falta de competência e explicação para esta troca de papéis pode ser outra: Se não sou eu a dizer, não fazem nada, tá a ver, não tá? É peciso dizer tudo, não é?

Descaradamente, pergunto sempre se aceitam um chá antes de começarmos uma reunião...

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