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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Yes, we can!

Nunca fui muito dado aos states. Detestei até, os últimos tempos.
É verdade que o Obama é magistral nos seus discursos. Também é verdade que vi a fantástica cerimónia em Washington (dos 10 bailes é que não sei nada, mas não é preciso). É verdade que toda a gente ficou com esperança na mudança, e que pareceu possível. Sim a Beyoncé estava o máximo, também é verdade.
Nesse dia apeteceu-me ser americano ou estar nos states. Hoje, à portuguesa, apetece-me apenas gritar:

YES, WEEKEND!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Declaração Electrónica

Hoje quis fazer uma declaração electrónica.

Para variar, em vez do IVA, do IRS da IES e outras declarações quejandas, quis usar o teclado para fazer uma declaração de amor.

Repeti: Amo-te, amo-te, amo-te vezes sem conta, como qualquer adolescente...

Uma pequena diferença: Não usei o “copy” e o “paste”. Teclei cada letra e saboreei-a em todos os segundos, porque propositadamente escrevi devagar, como quem murmura. E saboreei todas as letras do teu nome como quando provo e saboreio o teu corpo. No final, escrevi também em Arial 16, maiúsculas, como quem grita.

Escrevi DESEJO-TE na fonte mais complexa que encontrei e que nunca tinha usado antes. Escrevi em corpo 8, para que só tu visses, mas acho que já toda a gente sabe!

Hoje deu-me para usar o teclado para isto, vá lá saber-se porquê. Porque sim.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Lisbon by night

Tive há dias (ou há noites) um encontro inesperado... Já não a via há muitos anos. Claro que quando digo muitos, estou a referir-me a muitos-alguns, não a muitos-muitos. Precisamente desde os primeiros anos de faculdade, ou seja: Há suficientes para não nos termos reconhecido de imediato. Há que referir, em abono do Tio, que apenas nos cruzamos num barzinho giro onde a luz não ajudou...Registei a imagem, mas não identifiquei, no imediato. A cidade também era outra...

Apesar da pouca iluminação, fez-se, de repente, luz em simultâneo. Foi aquele clique. Não. Ainda não foi o do Milo Manara, não pensem logo nesse, sff...

E foi assim olhar-olhar, falar-falar e reconhecer-reconhecer! Fizemos uma festa, claro! Não recuperámos esses anos todos, mas fizemos o up-grade possível, nas circunstâncias.

Achei-a bem, muito bem mesmo. Os anos a mais dão-lhe um charme muito especial. Aquele ímpeto, aquela chama, aquele brilho está lá, mas agora envolvida por uma dose de sedução, charme e sofisticação (ai, ai..) que antes não existia....

Sempre acreditei que o jogo a sério começa aos trinta e cada vez estou mais convencido disso...

Fica-me a esperança de um próximo encontro, com um intervalo muito-muito mais pequeno...

A Gaveta e a Patroa

Com aquele arzinho de cabrona (sim, sou do Algarve e este não é um insulto como no Porto, carago) pergunta-me se pode mudar as minhas gravatas de sítio. Claro que o tom de voz era o de quem já o tinha feito. Este tom de voz e atitude, é muito à moda da minha terra e até costumo gostar, excepto quando se trata destes assuntos do meu espaço, claro.

Como já adivinharam a patroa é a pessoa que arruma o meu quarto e que manda lá no sítio. Há quem use este termo para referir, de modo ambíguo e indistinto, as suas mulheres (não me falem em esposos e esposas que me dá um ataque de ira...) ou as detentoras do capital de alguma sociedade, ou as mulheres que não detendo qualquer parte do capital são casadas, filhas, irmãs ou qualquer coisa do género com os donos das empresas. “Donos” é intencional e que me lê há algum tempo saberá a que me refiro. Obviamente que não é o meu caso, mas o significado é o mesmo. Patroa é quem manda lá no sítio.

A patroa lá do sítio, como a de muita gente, ainda recebe um ordenado para arrumar. Atenção à diferença de significados nos diferentes contextos. No dicionário dela “arrumar” significa “colocar objectos ou roupas em locais improváveis e esquecer de imediato os novos locais”.
Assim fui brindado com essa novidade: Não se importa que mude as suas camisas e gravatas de sítio, para ficar mais arrumado? Claro que esta era uma pergunta à Tíaaa, sem resposta. Limita-se a comunicar uma decisão, não a pedir uma opinião ou uma autorização, o que seria de esperar, nestas circunstâncias.

Lá mudaram as camisas e gravatas de sítio. Agora estão em armários separados, que dá mais jeito, sobretudo para que não usa as duas em simultâneo.

Mas como não há fumo sem fogo, fiquei a pensar no porquê desta mudança repentina. Seria para não ter que se baixar ao por as camisas na gaveta? Sim, porque para evitar que eu me baixasse não era de certeza, caso contrário as gravatas não teriam mudado de sítio.

Percebi no dia seguinte o porquê de tão súbita mudança. Uma gaveta que tenho, com algumas roupitas não são minhas (dá sempre jeito para uma emergência ou para um imprevisto) também tinha mudado de sítio. Como quem diz: Olhe que eu estou a controlar! Mas pelos vistos está muito liberal a patroa, porque a gaveta que era a última subiu um lugar no ranking das gavetas.

Terá alguma mensagem subliminar, que não percebo?

Vou estar atento à evolução do caso, qual Sherlock Holmes caseiro. Em todo o caso vou continuar a telefonar antes, não vá às vezes ser-me recusada a permanência no meu espaço, por esse SEF tão autoritário e ditatorial.

SEF: Serviço de Empregadas Fo###as, claro! Ou será que tem alguma a coisa a ver com os pecados?

Did I said something wrong?

Pecados

Desafiado pela JS, aqui vão os meus inconfessáveis pecados. Parece que na nossa cultura judaico-cristã, o que sabe bem é pecado, ou faz mal...

Gula: Só consigo parar de comer um chocolate quando ele acaba...
Avareza: Saudades de quando não ligava nada ao dinheiro. Agora sou obrigado a ligar. De resto apenas quando procuro moedas para meter nas “simpáticas” maquinetas de venda de bilhetes do metro. Antes não quero mesmo gastá-las. Será um começo do pecado?
Inveja: Do sol e do mar, apenas.
Ira: Quando cheio de pressa, me meto no carro e descubro que está na reserva, sem gasóleo para o percurso que necessito fazer.
Soberba: Quando nos passodobles, não me engano, acertamos nos papéis e nas coreografias. Chamam-lhe atitude e faz falta para este ritmo ;)
Luxúria: Chocolate, outra vez?
Preguiça: Dificuldade de sair da cama, quando lá dentro se está tão bem, em tão boa companhia...

Aqui ficam os meus pecados, em versão shortlist. Há mais desenvolvimentos, mas não sei se são confessáveis. Será pecado?

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Banho Checo

Foi mais ou menos falada a história do monumento mandado fazer para comemorar a Presidência Checa da Comunidade Europeia. Chamaram-lhe Entropia.

Parece que os Búlgaros não gostaram que lhes pusessem uma retrete turca a representá-los. Pois não, é injusto.

A escultora portuguesa a quem parece que roubaram o currículo (os outros 25 artistas também foram inventados, não sabemos se os CV foram roubados), também não gostou do facto de lhe terem roubado o percurso.

Uma solução socratina para resolver a questão seria representar Portugal pela retrete e dar os bifes aos búlgaros. Afinal estamos sempre com as calças na mão para a Europa...

Mas não estamos sós. Parece que cada vez há mais nestas situações. Este foi mais um Banho da Comunidade. E que banho! Um banho checo, com água fria. Ah valentes lambe-botas (ou outras coisas).

P.S. (do latim, não do partido com sigla homógrafa): No dia da inauguração falou-se em 500 K euros. Agora já desceu para 50,000. Será como as auto-estradas africanas da anedota? Ou terá sido pelo presidente ter vindo pedir desculpas a toda a gente, que o preço baixou? Sim, mesmo nós, que até tínhamos os bifes, que vão faltando em muitas famílias, apesar do Ma%a#$ães (não posso pronunciar esse nome associado à torradeira azul), tivemos direito a desculpas. Afinal somos europeus ou isto é uma república das bananas? Passa lá aí um coco, ó cócózinho!
E o melhor? Até estava bem gira a Entropia, estava. Talvez não fosse politicamente correcta, mas estava gira. Pena é já não termos os bifes do lombo e só os ossos...

Lambam lá mais um bocadinho a coisa europeia, enquanto vai dando.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Premonição

A informação a vermelho era sempre a mesma: “O nome de utilizador e a palavra-passe não correspondem”... Como detesto software em português, nem li o resto da mensagem.
Já estava a perder o juízo quando decidi ter calma e ler o que tinha escrito. Em vez de “gmail” o Tio, eventualmente influenciado pelo Tio Alemão (o Al qualquer coisa), ou devido alguma dislexia escondida ou, à pressa, em vez de “gmail” tinha escrito “gamil”.

De tantas vezes repetir o mesmo erro fiquei curioso. Seria um acto falhado? Uma mensagem de algum medium? Googlei a palavra e... admirem-se os que não sabem o que encontrei.

Freguesia do concelho de Barcelos! Não é um acto falhado, ter repetidas vezes colocado o nome de uma freguesia de Barcelos, a terra da professora do ano... na Austrália!

De certeza que isto foi um sinal premonitório para a avaliação dos professores.

É ano de eleições (claro que não tem nada a ver, é só coincidência) e vamos todos ser avaliados com nota máxima. Mesmo os “reformados”, “jubilados”, ou simplesmente afastados, como é o caso, vão ter nota máxima e vamos todos ser os Professores do Ano. Só que em vez de ser do país, da cidade, do concelho, do agrupamento, da escola, ou até da freguesia, cada um vai ser avaliado e eleito o “melhor professor em frente ao espelho”, os melhores professores das nossas casas. Se houver mais do que um o prémio é ex-equo (espero que seja assim que se escreve).

Assim quando estiverem a fazer a barba ou a aplicar maquilhagem (quem faz as duas coisas, não pense que tem mais probabilidade de ser contemplado, porque não tem) ou, até mesmo, a lavar os dentes, a passar o pente ou a escova pelo cabelo, já sabem. A Madame Min pensou e pensa muito em nós! Pena é que não seja bem mas, pensar, pensa.

Eu não sou supersticioso, mas já mudei de porta-chaves e agora uso uma pata de coelho. Ao pescoço, em vez de gravatas, fios ou outros adornos mais ou menos maricas ou infantis, uso uma réstia de alhos (sabem o que é, espero). O cheiro incomoda um pouco, mas sinto-me mais seguro, sobretudo agora que vão começar as visitas “inopinadas” da vampiragem pseudo-pensante em maré eleitoral...

domingo, 18 de janeiro de 2009

BTL

Pois é...Só faltam três dias! E depois Bora Lá Todos, não é?

E para a semana há mais. Falamos Internacionalmente, Todos Unidos y Revueltos...É a loucura total. Chega-se ao fim do dia de rastos, mas ao princípio da noite já tá tudo operacional.

No intervalo ainda damos um saltinho a Paris, ah pois.

Desculpem a falta de produção, mas prometo que não vou deixar de mandar uma ou outra posta nestes dias...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Loose Ends 2

Sim, sim, também estou numa de “Burning Desire”!

Em 1974 quando foi editado o Loose Ends ainda não andava nesta vida (já andava na vida mas não nesta...). Infelizmente quem já cá não estava era o Jimi (o Hendrix, claro). Foi uma pena, mas deixou-nos a sua obra. E maneira de estar na vida? Yes, yes, também já fui teenager, claro.

Agora tenho andado mais virado para a Bossa Nova. Não me refiro à barriga, bolas. Também não sou nenhum dromedário, apesar de já ter fumado, entre outras coisas, CAMEL com e sem filtro.

Mas era capaz de perder uns quilos, era...E ouvir o Jimi, também!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Loose Ends

Li há dias (não sou de compreensão lenta, mas só agora pude cumprir esta promessa...) um texto muito giro da JS, sobre diferenças entre homens e mulheres e, claro, não podia deixar de partilhar esta experiência...

Nunca fui homem de fechar portas e, para não fugir ao género, também nunca gostei de as fechar. Mas é verdade que compartimento muito as situações e dificilmente volto a um desses compartimentos... a menos que haja algum motivo verdadeiramente especial. Leia-se um telefonema, um mail, um sms e por aí em diante... Enfim, somos homens, que diabo!

Também já não sei onde li (desculpem, mas não consigo referenciar - talvez me tenham dito, ou gritado e esqueci quem foi), que nós, homens, éramos uns cobardes. Que não tínhamos coragem de terminar as relações, que pura e simplesmente nos íamos afastando, deixando de atender o telefone, de responder, de aparecer, até que a outra parte, tinha que ter a coragem de acabar (?) a relação.

Bem talvez seja verdade, não sei se há um padrão comum...Talvez seja assim mesmo, parece-me estranho ter essa iniciativa, mas também me parece estranho não a ter...Mas o que me parece ainda mais raro (influência espanhola) é que cada uma das partes não perceba quando a relação acabou...

Bem, deixemos a filosofia mais ou menos introspectiva e vamos às questões.

Talvez seja mais simples para nós essa situação de nos colocarmos no lugar de vítimas das circunstâncias. Não faz o meu género, mas o que também não resulta comigo são aqueles dilemas cuja resposta se pensa que conhece, antecipadamente...Aquela facadazinha, com o estilete (Oh minhas queridas, são todas peritas na nobre arte de por o dedinho onde acham que vai doer mais...).

Aí a minha resposta é sempre a mais óbvia. Quando confrontado com essas perguntas, pequenas espetadelas, como que a experimentar a carne, a minha resposta será, quase invariavelmente, qualquer coisa do género:
-Se é assim que queres...
- Se é o que te parece...
Estas repostas parecem não agradar a quem faz estas perguntas...

Mas acontece que nessas situações fica sempre alguma coisa para dizer ou fazer. Podemos fazê-lo sempre em qualquer altura, desde que seja por mútuo acordo...

Por isso, mesmo com a caixa fechada, guardo a chave. Está sempre perto, mas guardadinha, com muito amor, carinho, sensualidade, ou desejo louco e incontrolável (sim, que o Tio não é de ferro). Não ando a mostrá-la. Não ando a uivar, nem a chorar ou lamuriar pelos cantos, ou a suspirar pelos corredores. Acho que não faz parte do comportamento masculino, tradicional, andar a mostrar o chaveiro (e desculpem-me a comparação), o baú das recordações (não tenho, desde que o amigo alemão me contagiou), os tesourinhos deprimentes (sim também há disso cá em casa) ou aqueles momentos que ainda me fazem subir paredes, passar semáforos vermelhos, ir por sentidos proibidos ou deixar o carro com as portas abertas.

Mas se há homens que usam uma espécie de carteira a tiracolo, com um jogo de chaves à cintura, cuidadosamente colocado em cima da mesa, quando se sentam, acho que já não há comportamentos típicos...

E as nossas queridas mulheres? Têm comportamentos típicos? Se calhar também têm…

PS. Liguem sempre, ok? Sabe tão bem matar saudades...Podem ligar-me por duas razões, como sabem: Por tudo e por nada! Beijinhos! E até sempre!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Avaliação

Pois é...Parece que acalmou a guerra da avaliação dos professores, ou pelo menos deixou de ser notícia. Será porque já oferecem uns tachitos cor-de-rosa aos dirigentes sindicais que nunca deram aulas na vida e estão armados em grande setôres? Será porque já encontraram um modelo de avaliação que agradasse a todos? Ou uma progressão na carreira tipo Armando Vara na CGD enquanto está no Millennium? Não acredito.

Acho que sei porquê.

Finalmente descobriram que apesar das “Infra-estruturas com algumas deficiências”, do Plano Tecnológico e do seu filho predilecto – dito Magellan (sim, é preciso usar o Inglês Técnico), da falta de livros, das tristes figuras dos nossos governantes que em cada momento ilustram, explicitam e demonstram o seu parco conhecimento real dos assuntos, temos os melhores professores do mundo.

Até nos antípodas, com tudo de pernas para o ar...E é de Barcelos!

Ah gandes tugas! Parabéns à Rosinda, que é uma mulher do norte, carago (teve sorte, livrou-se deste jardim à beira mar plantado).

Nós somos mesmo assim. Venha lá a avaliação, sff. Mudem os avaliadores, acertem-me esses parâmetros e, já agora, digam lá ao nosso estimado sindicalista que bigodes daqueles já não se usam, tá-bem?

Pensando melhor: Se os nossos queridos governantes descobrem esta notícia, ainda obrigam a malta a tirar carta de pesados...E ainda dão uns créditos ou uns pontos na carreira, ou pior: passa a ser imprescindível para a progressão ter a carta de pesados... Sim, porque não nos podem obrigar a nascer em Barcelos, agora que a Maternidade fechou (também não se tem falado mais nisso, porque será?).

O melhor é postar uma esponja obre o assunto, não vá o diabo tecê-las e ainda nos destacam para a Tasmânia. Pois, aos lobos já estamos nós habituados…

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Novas Tecnologias

Depois da febre dos electrodomésticos, dos telefones e dos GPS, voltou com toda a força, a moda dos portáteis. Não há ninguém que não tenha, desde graúdos, fora de idade, a miúdos que ainda podiam usar uma versão de baby messenger, mas já dominam a versão real, para além de todos os gadgets possíveis e imaginários. Não têm pejo nenhum em comparar com os dos colegas e os papás, todos contentes e babados, dão-lhes essas coisas para ver se ainda falam menos com eles (imagino, eu é claro).

Bem, mas não é de miúdos que falo, mas dessas crianças grandes que, como é óbvio, precisam mesmo dos portáteis que ostentam. Talvez a necessidade não seja a mesma para toda a gente. Este estereótipo de novos utilizadores, precisa de ver a sua auto-estima melhorada, precisa de se sentir mais novo e não quer perder o comboio... A loucura é de tal forma que já me sinto mal quando, precisamente no comboio, abro o meu querido Toshas para escrever qualquer coisa.

Envergonho-me mesmo por usar o Word, ou até o Write do OpenOffice, nessas situações. Sinto-me mesmo marginal por usar o Excel, ou o Calc. Uso os dois é-me indiferente, mas a sensação é a mesma... Julgo que deveria estar a jogar Solitaire, Free Cell ou o velhinho Minesweeper. Mais sofisticado seria ver um filme. Isto sim, são actividades típicas de viagem. Nada de descansar, ou de trabalho sério como se vê às vezes. O que está a dar são mesmo os filmes ou os jogos.

Recentemente troquei de Tosha, com já perceberam, para ver se me enquadro melhor nos passageiros do Alfa, mas ainda não consigo...

Hoje vou-me sentar no lugar 45 da carruagem 1, colocar o bicho, desligado, na mesa à minha frente e abro o monitor. Quando chegar o revisor, muito alto pergunto:
-Ouça lá ò chefe, isto não tem virelece? Paga-se um balúrdio e isto num tem nete? Que bergonha...!

Aposto que iria ouvir uns comentários, destas peças, do género:
-Num é virelece, é uairelece, ó bruto! Mete-lhe a pen da Nobis, que já dá, ó palerma!

Vou por o Ubuntu no meu querido e velhinho Toshinhas, para racionalizar esta questão...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Braga, Óbidos, Lisboa, Abrantes e Sagres

Depois de quase meia hora ao telefone com um típico colaborador do “call center” de um banco, enquanto tentava explicar o sucedido e a minha dúvida, pensava na forma de dizer o código de identificação do utilizador, sem dar lugar a qualquer erro. A dificuldade é sempre a mesma para dizer as letras…

É complicado falar com estes “call centers”, como sabem. Difícil porque não ouvem, apenas perguntam e as perguntas saem sempre sobre a forma padronizada que o monitor, que têm em frente, lhes deixa fazer...

Depois de três ou quatro vezes à espera, sempre com um simpático queira aguardar um momento por favor, pergunta-me novamente o código de adesão.

Apeteceu-me dizer: Faro, Óbidos, Damaia e...

Claro que não disse. Substituí Faro por Braga, Damaia por Lisboa (sempre é mais cosmopolita e in). Mantive Abrantes e Sagres (a dualidade rio e mar) e, claro, deixei cair Évora.

Mas apeteceu mesmo! Sei que me compreendem...

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nas nuvens...

Atendo o telefone completamente distraído... Uma voz familiar que não reconheço de imediato. Voz quente, simpática, transporta-me de imediato para outros sonhos, sem pensar...
Ouço de repente:

Estás sempre nas nuvens... Sempre nas nuvens, nas nuvens sempre, sempre nuvens, nuvensnuvens, sempre... As palavras ecoam, confundem-se e confundem-me. Sempre nuvens, sempre vens nu? Acordo de repente ao reparar no que havia respondido.

Bolas, é preciso mais atenção, com este telefone...

Mas, vou de qualquer maneira!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ano Novo, Vida Nova

Ano Novo… Acordo, olho para o monitor do meu telemóvel (o segundo oráculo a seguir ao email), que me diz tudo:

Começa por me dizer: Iniciar. E depois hora e a data: Quinta-feira, 1 de Janeiro de 2009, não fosse às vezes não saber a quantas andava.

Depois mostra o meu nome, não fosse ter-me perdido completamente na passagem do Ano.
Diz-me ainda três coisas muito giras:

Sem mensagens não lidas (uff, cumpri os deveres todos), mas o mais importante vem a seguir:

Dispositivo desbloqueado, ou seja não está ainda completamente fechado, obtuso ou obliterado. E termina com esta tirada final:

Sem compromissos futuros!

Excelente. Que melhor se poderia querer para começar o Ano?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Tango. Reis e Rainhas.

Sim, já sei que começa a ser recorrente esta questão. Repetitivo é que não será nunca, quando encontramos um par em que a empatia e cumplicidade nos levam para onde não pensávamos ir. No tango não se pensa. Sente-se.

Há algum tempo escrevia sobre prendas. Nos processos de tomada de decisão, o impulso acontece. E é finalmente óbvio que a emoção faz parte de todos os esses processos e não há, felizmente, nenhum modelo matemático que explique tudo. Menos ainda a sedução. E o imprevisto... Ainda bem.

Depois desta retórica toda, aqui fica este testemunho fantástico...Espero que inspire para o dia 6 e todos os outros até ao final do ano. Feliz 2009 (e lembrem-se que não é o só exterior que conta).

Heart Tango, de Gabriele Muccino. Mónica Belluci está fantástica em todos os papéis...

Para quem quiser a versão integral deste fantástico filme, clique aqui.