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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Relógio e as Viagens

Como já reparou uma leitora atenta (não posso colocar o link) o relógio cá de casa não coincide com o do comum dos portugueses.

Não sei se ando adiantado, porque atrasado nunca quis ser, mas as viagens têm-me levado a outras paragens, sempre à procura de matéria para colocar à vossa disposição.
Não pensem que é por causa do feriado de Sábado, que vou passar a trabalhar (espero ter tempo para um jantarinho lá no Norte e, evidente, o pezinho de dança que não posso dispensar – receita médica), mas vou dar mais um saltinho...

Pezinho, saltinho e lá vão mais uns fusos horários. Gostava de ir até Montevideu, atravessar o Rio da Prata e dançar lá...

Não posso, mas este sol todo está a fazer-me mal. Vou mudar-me por uns tempos.

Sábado ainda, agarro nas malas e levanto voo. Numa mala levo escova e pasta de dentes, lâminas descartáveis, T-shirts, calças de ganga e etc. Um must é uma camisa negra, para dançar, e já está tudo. Na outra mala o cartão verde que, para esses lados, é o melhor.

Até breve!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Santa Inocência

Um accionista de referência do famoso BPN, também ligado aos vinhos e ao turismo diz que pensava que a sigla BI, referida amplamente pelo presidente do dito banco como a origem dos problemas, significava Bilhete de Identidade... Desconhecia mesmo a existência do Banco Insular, de acordo com as suas declarações.

Será que sigla QI (Quem Indica), suporte do critério de selecção de pessoas, habitualmente usado em Emp-Reza, no país da Tanga, quererá realmente dizer Quociente de Inocência?

Será que o prestigiado accionista ligado aos vinhos estaria com os copos? Ou estaria, nas conversas com o presidente do banco de que é accionista de referência, distraído a pensar nas férias em Angola?

Oh cruéis dúvidas...

A bem da Verdade: Foi daqui que tirei este link.

Expocosmética, a feira de estética do corpo e da alma

Lá estive, todo animado, em mais um fim-de-semana de trabalho...Desta vez diferente do habitual.

É a 14ª edição da maior feira portuguesa deste sector de actividade e, apesar da crise que toda a gente fala mas só alguns sentem, continua a revelar uma dinâmica imparável. Ainda bem que é na Exponor (ali ao pé de casa) e que me contive com os docinhos na Páscoa...Sempre deu para manter o casaco apertado!

Gostei desta edição da feira desde o início. O VIP Lounge, o welcome drink com os VIPs e colunáveis, na abertura oficial, foram umas novidades giras. Dos ditos VIPs, colunáveis, socialites e etc, fiquei sem saber quem era a maior parte deles, mas não faz qualquer diferença. Tenho a certeza que eles não se importam e a maior parte também já conhece as regras destes jogos...
O espumante correu com abundância e era de qualidade, de uma casa da Bairrada, que dá pelo nome de Sidónio de Sousa. Champagne, ou um bom espumante português, sempre foi das bebidas que mais apreciei ao pequeno-almoço, sobretudo depois de uma noite animada...

Depois das entradas, o prato principal. As loucuras de sempre nas visitantes e nos stands também tudo na mesma. Neste negócio o tempo passa mais devagar ou notam-se menos os seus efeitos. Achei os saltos mais altos, as saias mais curtas, alguns cintos mais largos e as calças mais justas. Algumas carinhas estavam a precisar de uns tratamentos com Hialurónico, outras uma Hidratação mais profunda mas, na generalidade, estavam todas muito elegantes. Aqui não se aplica o ditado do ferreiro, felizmente.

Uma nota negativa, que fica como sugestão para a organização: Proibir os tratamentos de corpo a pessoas que não estejam dentro de padrões razoáveis de obesidade. Um pouco como os espanhóis fizeram para as modelos, que arranjaram um índice do tipo indicador de massa corporal, deveríamos criar uma coisa desse género, mas ao inverso. A exibição pública desses corpos, com a forte possibilidade de alguém vir a acreditar que, com uma sessão de endermoterapia (nome genérico para um determinado tipo de tratamento, amplamente divulgado por uma conhecida marca de aparatologia, com outro nome, devidamente registado e protegido) se resolvem esse tipo de problemas, ou mesmo com a novidade da cavitação, pode provocar sérios traumatismos nesses grupos de risco. E sempre nos poupavam o espectáculo de ver esses corpos em exibição pública e pouco púdica, nalguns casos de demonstração extrema dos poderes e aplicações dos lasers e díodos.

Decididamente prefiro este tipo de estética, dermocosmética e mesmo maquilhagem, à congénere aplicada às empresas, no que concerne aos Balanços e Demonstrações de Resultados. Acho até que não há comparação possível.

Como também é habitual, o pavilhão dos cabeleireiros (percebo as dificuldades dos nuestros hermanos para dizer esta palavra), estava exuberante...

A criatividade aplicada aos cabelos tem muito mais graça do que a aplicada à contabilidade. E, certamente menos riscos também, já que se o corte não agradar, basta esperar uns tempos que volta a crescer. Nas empresas não há segunda vez, normalmente. Dos side effects é melhor nem falar, com o fisco nestas atitudes persecutórias. Valham-nos os disparates do senhor ministro da economia, que correspondem a alguns exageros de criatividade artístico-capilar, nestes terrenos da realidade não virtual.

E quando é que publicam as fotografias? Estou mortinho para ver...

O resto conto depois.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Afinal sou ciumento!

Passei os últimos vinte anos a pensar que não era ciumento e eis que, por um mero acaso, se revelou esse traço negativo do meu carácter...

O acidente que originou esta descoberta ficou a dever-se à providencial interrupção do metro da linha azul, há dias. Assim tive que voltar aos velhos tempos do 28, para ir de Santa Apolónia ao Cais do Sodré e com as obras no Terreiro do Paço este atraso no meu percurso, habitualmente cronometrado ao segundo, provocou o inesperado encontro...

Sapatos com salto médio, sóbrios, meias tom de pele, saia ligeiramente acima do joelho a condizer com o casaco. Um blusa de gola alta creme e a carteira razoávelmente grande, não daria para estacionar o carro mas, com jeito, daria para guardar o portátil que tinha na outra mão. À vontade caberia um EEE de 9”. Claro que combinava com os sapatos e com o cinto, largo.

Fui registando estes detalhes ao aproximar-me da plataforma pensando que a enorme Samsonite ao lado, corresponderia a umas férias da Páscoa passadas no Sul. Seria certamente uma romântica que tinha decidido atravessar o Tejo num cacilheiro para sentir a travessia como o fim desse período de férias passadas em casa de família.

Elegante, simples, sem maquilhagem. Nem sequer uma base suave. Absolutamente nada, como entretanto confirmei. Rosto comprido, óculos fashion davam-lhe um ar interessante, de quem gosta ler e lê alguma coisa mais do que a Happy (não tenho nada contra esta revista, que até tem uma ideias muito, muito giras). Os olhos castanhos, simpáticos, riam-se com naturalidade.

A boca era era muito bem desenhada, extremamente bem marcada e sem baton absolutamente nenhum, nos lábios relativamente grossos. Sensual.

O comboio lá chegou e o imaginado pai, apesar de estar nos seus mais que sessenta (não sou nada bom a calcular idades), agarrou com facilidade na mala e colocou-a dentro da carruagem. As rodas fizeram o resto até chegar ao lugar. Não quis arriscar colocá-la na grade por cima dos bancos.

Ao chegar a Alcântara, já sentia uma pontinha de ciúme enquanto o papá da minha imaginação descansava a mão cansada (talvez do excesso de peso da mala), na perna da suposta filha. Comecei a pensar que uma boa base, suave, e um baton castanho lhe ficariam muito bem. E que pena, agora que os anos 60 estão na moda, que o Mary Quant Q29 já não se consiga encontrar... Ficar-lhe-ia bem.

Fiquei com a certeza que era ciumento quando ao passarmos em Belém já tinham começado os beijinhos no cabelo. Fiquei a pensar se seria a atracção do Herbal Essences, mas não quis perguntar.

Felizmente saí pouco depois, não sem antes ficar com a certeza que o afortunado senhor de meia idade, também era ciumento. Ou então esforçava-se para marcar terreno, mostrando a conquista com orgulho.

Vou já reler “O mundo é pequeno” do David Lodge para ficar a saber se o Prof. Morris Zapp esteve cá em Portugal. Quando li o livro não dei atenção a esse pormenor. A confirmar-se que não esteve, o que fortemente suspeito, volto para o Porto (donde aliás nunca devia ter saído nesse dia), para ir à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (já deve ter saído da Rua das Taipas) ver se o Centro de Psicologia da Cognição e da Afectividade da ainda está em funções.

Espero, com a ajuda desses investigadores, descobrir a que se devem estas minhas interpretações e a identificação de papel de pai em cavalheiros que acompanham jovens interessantes, eventualmente solteiras, em idade casadoira.

Um rápida introspecção diz-me que esta tendência não se relaciona com o facto de ser Tio (do Algarve). Mas porque será?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Eu também, Mischa...

Depois das más (ou boas...) línguas terem dito que está com uns quilos, entre outras coisas a mais, Mischa Barton mostrou que não, e diz que gosta do seu corpo.

Mesmo não tendo feito uns tratamentos cá na terra da Santinha, está ainda mais em forma. Sou daqueles a quem o peso a mais (nada de excessos, vá...) não incomoda, mas não me parece que seja o seu caso...

Também não mudava nada Misha e, ao vê-la nessa passadeira vermelha, percebe-se perfeitamente a razão dos Louboutin terem a sola daquela cor e do estranho aumento de vendas do Herbal Essences...

domingo, 12 de abril de 2009

E-pistola aos plagiadores

E-pistola segundo S. António, o Galhofeiro

Naquele tempo preparavam-se os ímpios para o Pascoanço, tempo de grande alegria e júbilo, onde tradicionalmente eram perdoados todos os pecados de copianço a quem cumpria rigorosamente o jejum de 40 páginas por dia.

Eram os ímpios chamados pelos censores e verificado o jejum, poderiam caminhar livres desse ónus do copianço, que grassava na sociedade da altura.

O profeta António, professava a Verdade e com ela vivia, em todos os dias da semana, na sua casa e no seu ofício. Por esse facto o concubinato com a Verdade era encarado e aceite como um sacrifício e a bem do descanso de consciência e da pureza de vida que tinha como sua grande orientação. Verdade era uma mulher que havia sido abandonada por todos, pelo seu carácter recto e duro, apesar da sua beleza natural, e a quem António havia dado o nome da pequena aldeia do grande país da Tanga, pois que quando a encontrou estava tão maltratada que desconhecia o seu nome, as suas origens e a sua espécie.

Alguns ímpios das grandes tribos, para se evidenciarem aos seus censores, usavam textos de orações de páginas que não eram deles. E faziam-nos repetidamente, sem conhecimento dos seus autores que, em Verdade, desconheciam este uso das orações que com tanta devoção tinham construído, algumas também com a ajuda de António.

Um dia, nesse período da Copiresma, um grupo de peregrinos, viajava de terra em terra, com as orações que tinham ouvido no acampamento da grande Tribo. Eram discípulos do Tuíttero, um pregador que havia chegado de novo ao acampamento, e que também era conhecido por Língua de Mel, tão doces eram as suas palavras e tão bem instalado no governo do acampamento estava.

Chegou ao conhecimento de António que estes novos peregrinos tinham chegado a Verdade e lhe queriam falar, para com ele jejuar em conjunto, pois que já era grande a reputação de António, entre as tribos do Norte e do Sul.

Como era de bom uso e costume, António deu-lhes a palavra, pois que eram visitantes e, com surpresa de António e de Verdade, eis que começam a ler a página que ele próprio, em Verdade havia escrito tempos antes. Não os interrompeu, pois que era um homem ponderado - havia sido educado numa tribo das montanhas, lá para a Helvécia, a expensas de seu Pai e dele próprio - e porque também queria que, em Verdade, usassem a sua palavra.

Terminada a sessão, estranharam os visitantes que nada dissesse e insistiram, para dele ouvir alguma leitura das páginas sagradas. Após alguma insistência António levantou-se e brandido o seu cajado disse, com a sua voz forte, grave e serena:

Aqui, em Verdade e pela Verdade vos digo: Podeis ler e copiar as minhas páginas, quando por bem vos aprouver, se for para difusão da Verdade e para Homens e Mulheres justas, mas por bem haverão de referir a fonte dessas palavras e dessas páginas.

Se me citardes para vos agigantardes, ou sobressairdes aos outros irmãos e irmãs da vossa ou de outras tribos, qualquer que seja o vosso acampamento, há de cair sobre vós o opróbrio e vós, as vossas famílias e amigos serão classificados como Plagiadores, o que nalgumas tribos do Gov e da Uni é aceite, mas aqui, nos territórios de Verdade é motivo de vergonha e chacota.
Comei, bebei e descansai. Ide amanhã pela manhã, em paz, levando esta mensagem a todos os povos e tribos.

Se vos encontrar de novo citando as páginas da Verdade sem que a Verdade original seja referida, este cajado há de cair sobre as vossas páginas, marcando com o estigma do Plágio esses escritos.

Ouviram os visitantes num silêncio respeitoso, mas não temerário. Comeram, beberam e dançaram no banquete que em sua honra tinha sido preparado, não se tendo mais falado desse assunto. A partir dessa data, o profeta autor das páginas foi sempre citado.

E assim nasceu o culto da Verdade, naquelas terras, que antes eram dos ímpios e passaram a ser também da Verdade, desde essa altura e até ao presente.

Palavra da Internette.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Animal em Vias de Estimação

Há algum tempo sentia-me assim, em vias de estimação. Basta clicar no link e ver quando foi. Hoje sinto-me muito mais estimado, obrigado. Não têm sido em vão os esforços, as auto-flagelações, as confissões públicas, mas sobretudo as privadas (refiro-me às que me têm chegado, cá ao email, claro).

Estou para montar um serviço de apoio on-line, de perguntas e respostas. Sempre tive vontade de me oferecer como voluntário para linhas telefónicas de ajuda, por isso quem sabe?

Eventualmente até pelo Twitter, mas com o inconveniente de aparecerem políticos, com as suas certezas sobre assuntos que não sabem absolutamente nada e as dúvidas sobre assuntos em que deveriam saber alguma coisa, acho que não seria capaz. Jamais! (leia-se à Francesa, sff). Decididamente pelo Twitter não.

Neste percurso de estima e estimação, muito tem ajudado esta casinha do Tio.

Hoje deram-me, talvez não inadvertidamente (…), uma ideia: Assumir as responsabilidades pelos erros dos outros, assim pela Internette (adoro a versão francesa). Como Animal de Estimação, já tenho nome: Bode Respiratório!

Obrigado pela ideia, minha cara amiga! Começo a pensar que também somos primos...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Terapia 161

Sim, a Terapia é mesmo o livro do David Lodge, que me tem ajudado a passar estes intervalos de crise. Ao contrário das outras, as minhas maleitas (acho que nunca tinha utilizado esta palavra) custam mais nos intervalos, do que nas crises.

A minha edição da Terapia diz o seguinte na página 131 (Upps, a dislexia):

“Bolinha Passmore, autor da sitcom da Heartland Os vizinhos do lado, viu-se recentemente numa situação mais cómica do que qualquer uma das que inventou até agora...”

Não é a quinta frase, mas quase...E quanto a coincidências, só mesmo a da vida real ser mais cómica do que a inventamos. Não vá às vezes tirar-se alguma ilação indevida...

Haverá uma terceira? Obrigado mais uma vez!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Baile de Máscaras

E assim é a nossa vida, habitualmente, em particular a first life, nesta teia de relações das viagens interplanetárias de, e para, Emp-Reza. As máscaras fazem parte da nossa vida real como as personagens do second e third life. Um pouco como aqueles capacetes dos astronautas lá no espaço. Sem eles, puff acabou-se a história…

Há algum tempo surgiu a ideia de, assumida e propositadamente, fazer um baile de máscaras. Aproveitando a época do ano, passado o Carnaval, resolvemos fazê-lo num destes Sábados. Cá o Tio, toca de distribuir as Máscaras pelos convivas e com sorte, juntou alguns amigos. Os convivas, alegres e bem-dispostos, com as suas máscaras e um excelente vinho, fizeram com que a conversa fluísse e assim foi um jantar animadíssimo, nada ao estilo Amigos de Alex, se me entendem...

Duas moçoilas que cantavam e dançavam mostrando as cuequinhas (não confundir com as quequinhas), não conseguiram estragar a festa, apesar de se esforçarem muito, assim como o resto da banda de músicos que as acompanhava. Acabou por ser uma noite animadíssima, mesmo com o jogo da sueca, do sábado à noite, que ainda tentou alguns convivas (não são só os homens, afinal, que gostam de futebol).

A homogeneidade de gostos e a diversidade de experiências, ajudou a manter a conversa dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade, mas ao bom estilo do Marquês de Gargalhada, do Duque de Sarcasmo e, claro do Conde do Vale da Ironia.

No final, dançou-se e, antes de caírem as máscaras, houve as promessas habituais, os desabafos e confissões espontâneas que tiveram como consequência ficarem os convivas mais leves e animados. Outros houve, como o Tio, que além disso assumiram compromissos.

Velho é o ditado: Não há duas sem três e afinal estamos na Quaresma e tenho que cumprir este compromisso, assumido em público, mesmo com máscara:

Vou escrever um blog! No que me fui meter...

terça-feira, 7 de abril de 2009

O relógio ou a vida no Estoril...

Hoje fui a um balcão e um Banco, no Estoril. Há séculos que não entrava fisicamente num local desses, mas lá calhou e lá fui, com alguma expectativa.

Dois clientes, um a fazer um depósito, outro com um gestor de conta.

Olhei para o relógio digital na parede (do banco, não na Parede antes de S. Pedro) e estava
inclinado para o lado esquerdo. Um empregado do banco tentava endireitá-lo mas, sem sucesso.

Não resisti a um piada, claro, que o Tio em terra de Tios, está nas suas cinco quintas: Com o relógio inclinado para esse lado, custa mais a passar o tempo...Resposta imediata de uma gestora de conta: É para ficarmos mais novos!

Adorei! E ri-me com gosto quando disse: Está a resultar...

Moral da história: No Estoril as dependências bancárias têm mais empregados que clientes. Pode-se brincar, sem ouvir uma resposta aborrecida e inconveniente de alguém que veste a camisola da empresa do avesso e interpreta todo e qualquer comentário como um ataque pessoal à instituição, ao próprio, e ao FêQuêPê.

PS. Não tenho nada contra o FêQuêPê, só não gosto mesmo é do SLB...A questão está no Bê.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A Santinha está grávida...

Ainda ontem tive este pesadelo e não é que é verdade, que a Santinha vai ser mãe? Que responsabilidades novas me esperam, nem sei que pensar...De um dia para o outro, tudo muda, a nossa vida fica virada do avesso!

Já tinha uma filha, adoptada, claro. Não foi para não pecar, apenas para ser mais fácil e para ser se poupava um pouco no IRS, porque é Santinha, mas é muito interesseira. Deve ser por isso que passa tanto tempo na sacristia, para se penalizar pelos seus pecados.

Este último ano foi terrível e ficou toda marcada, por se estar constantemente a flagelar. Bem lhe digo: Santinha, não precisa, não merece um castigo desses! Mas o que posso fazer? Aquelas más companhias lá da igreja, têm mais força que eu e, claro, não posso fazer mais nada. Não tem nada que ver com a Nicinha e a Eleuzinha...Essas é que são umas verdadeiras santas! E nem são ciumentas…

As amigas, só lhe dão maus conselhos e então a Mãe é terrível. Deve ter um ódio de morte à miúda e, em vez de a acarinhar, só lhe dá maus conselhos que muito a prejudicam. Enfim deve ser qualquer coisa relacionada com o reverso do complexo de Electra, ou o sindroma de Estocolmo, não faço ideia.

Recusa-se a tomar a pílula, é completamente contra o uso de preservativos, tal é o receio da excomunhão, e eu lá tive um momento de fraqueza...Oh fruto proibido...E assim soube da gravidez, há dias, pela mãe dela, vejam só...A Tia Marçala é que veio com esta conversa. É uma típica e tríplica (...) situação de marido enganado...

Que fazer da minha vida, agora com mais uma filha? Parece que é filha pela forma da barriga), mas também podem ser gémeos...

Um momento, enquanto atendo o telefone...O quê já nasceu? São gémeos!? Um rapaz e uma rapariga? São mesmo gémeos! O rapaz nasceu com 82 centímetros e a menina com 400 decagramas! Parece que, por razões de saúde, vão ter que viver junto ao mar, estou em pânico...

E a Santinha? Sofreu muito, a pobrezinha, e vai ficar internada uns meses. Mas sobrevive, felizmente.

Que cruel dilema este...

Huga ou Vanesso?

Que pesadelo tive esta noite...Anda agora, apesar deste sol que me entra pela janela, estou gelado. Não sei porquê, sonhei com a Santinha, sim com a Santinha, mesmo. Sonhei que estava grávida (espero que não seja premonitório...) e que tinha decidido que havia de chamar Vanessa ao fruto do seu ventre, para utilizar uma terminologia que lhe é muito querida.

Claro que ecografia é palavra que não faz parte do seu dicionário e, deste modo, apenas pela forma do corpo, vista pelas amigas e pelo espelho (não pensem que por mim) se adivinha o sexo daquele anjinho.

Pois lá decidiu que lhe havia de chamar Vanessa. Mistério insondável, a razão desta escolha. Julgo que é o contraditório (detesto a utilização desta palavra), um nome destes e a criancinha vai culpar a mãe durante toda a vida. Enfim talvez seja esse o desejo secreto da mãe, ser punida, castigada...Porquê? Enfim, nunca somos suficientemente bons e puros e a Santinha, como imaginam, é muito exigente com ela própria.

Mas aconteceu o impensável. Não era uma menina, mas um rapaz...

Havia que decidir rapidamente. Mudar um nome que durante tanto tempo foi pensado e acarinhado? Nunca. E assim nasceu o Vanesso...

Certamente é desta forma que também aparecem as Hugas... Mas, e os Lucílios?

Afinal a personagem do meu sonho não era a minha Santinha... que alívio!

Realmente não podia ser. Agora que o susto passou, e me recordo um pouco o sonho, acho que era uma Lucy qualquer coisa.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pàgina 161

Fui desafiado pela JS, para responder à questão sobre a página 161. Normalmente encaro estes desafios, com galhardia e respondo. Hoje estou com vergonha. Talvez a quarta maior vergonha da minha vida…

Já sabem porquê, imagino. Lê-se na cara, ou nas teclas neste caso… E há séculos que não leio um livro. Não porque não queira sonhar os sonhos dos outros, porque também quero… Tenho relido imensa coisa, e era isso que estava a fazer. Estava a reler a “Terapia” do David Lodge, a minha última (há bastante tempo…) grande descoberta em leitura: já li tudo dele. Mas como estou quase a ver-me livre da minha terapia, achei que devia reler essa fina peça de ironia.

E levantei-me da cadeira, agarrei no livro que tem mais de 200 páginas (uff) e vi a página 161.
A correr, como sempre deixei o livro lá para as terras da Eleuzinha e agora não sei o que dizer…

Mas não podia deixar a JS pensar que não liguei nada ao desafio.

Assim, com as minhas desculpas, aqui vai a justificação. Tenho aqui o Tango, do Hugo Pratt à mão mas, em texto, não chega à página 161, nem de longe. Falta-lhe em páginas o que lhe sobra em sonho…

A página 1,61 da minha terapia pessoal, diz qualquer coisa do género:

“Olhou mais uma vez para o monte de papéis que tinha à sua frente, em dois tabuleiros, cuidadosamente arrumados e rodeados por pequenos montes de folhas soltas, numa aparente meticulosa desarrumação. Os tabuleiros eram o referencial, a montanha sagrada que ainda tinha que percorrer naquele dia. Respirou fundo olhando para o oráculo, onde cinco novas mensagens, tinham chegado, propositadamente para lhe estragar o jantar.

Sabia que vinham com aquela horrível notificação do aviso de recepção que caracteriza os homens de pouca fibra e grande insegurança. Sem os ler, abriu-os e, ao contrário de sempre, clicou no sim dos avisos da vergonha tímida.

Decidiu-se por preparar um gin tónico e ligar para a sua psicóloga de sempre.

O oráculo ficou sem resposta, a montanha sagrada por percorrer, mas sentia-se feliz. Calmamente feliz.

Nem tudo o que começa mal acaba mal, pensou com um sorriso.”

Assim a quinta frase, será qualquer coisa do género: “numa aparente meticulosa desarrumação”, como as ideias do Tio, acrescento eu.

Obrigado JS!

FreePort: Última Hora

Acabo de ser twittado (rima e é parecido, com o que estão a pensar) sobre o último desenvolvimento do famoso caso do Outlet com o nome de Freeport.

O alegado autor da já famosa carta anónima que despoletou esta novela anglo-portuguesa, cuja acção decorre em terras do grande Major Alvega (ou será luso-britânica?), acabou por confessar que tinha produzido essa bela peça, supostamente apócrifa, apenas por se considerar despeitado, como todos os fans da luso-canadense autora Nelly Furtado, pela falta de referência à mundialmente conhecida e apreciada cantora. Explicou o agora famoso alegado autor das cartas eventualmente anónimas, que não resistiu ao pastiche da famoso Pinócrates, a anunciar a adesão ao Twitter, trauteando o tema interpretado pela famosa Nelly, sem revelar a autora, na cidade do Porto. “É mais do que uma colagem, é um abuso”, foi o comentário do alegado autor da carta eventualmente anónima. “Não resisti quando vi a imagem do Pinócrates, sobre um fundo com um passarinho azul, a trautear a música da minha cantora predilecta, na Avenida dos Aliados”, foi outro dos seus desabafos enquanto era levado ao tribunal, pela ASAE, fortemente armada.

Entretanto, fontes confidenciais, geralmente bem informadas, confirmam que terá havido outra carta anónima. De acordo com estas fontes a carta referia a situação do distinto Pinócrates ter sido apanhado num flagrante a comemorar as novas maquinetas de emissão de passaportes, com um computador azul, onde tinha feito downloads de vídeos do youtube da Ana Free. De acordo com estas fontes, a razão da divulgação deste assunto: “foi o grito do Ipiranga de alguém que já tinha tentado fazer o mesmo, mas por questões de copyright (é completamente falso que tenham sido dificuldades técnicas no portátil azul, ou na largura de banda), entendeu não o fazer”. Outra explicação dada por esta fonte que nos pediu confidencialidade, para ter terem sido levantadas estas denúncias de forma anónima, prendia-se com o receio de retaliações pelos piratas informáticos. “Tenho medo que me coloquem vírus e outros programas maliciosos no meu belo computador azul”, foi a explicação dada para o anonimato.

Há também rumores que alguns fans dos Beatles, também viram nessa peça uma referência ao tema “Free as a Bird" interpretado pelos The Beatles, em 1995, para promoção do album “Anthology 1”. O Tio comprometeu-se a ai a Abbey Road na próxima semana, depois de passar em Baker Street, para investigar esta possibilidade e ouvir em Londres a maqueta de 1977. Se se confirmar que o original foi gravado em New York (Nova Iorque), o Tio já se disponibilizou para ir lá, ao Dakota Building, e durante o tempo que for preciso ficar na Big Apple a estudar o assunto, apesar dos prejuízos pessoais que essa deslocação lhe vai causar.

Por isso, caros eventuais leitores, a bem da verdade, divulguem por favor este texto aos vossos conhecidos e amigos. Mesmo que o façam de forma anónima. Se possível usem o BCC, e um cybercafé num local muito movimentado.

Não o façam hoje, de preferência, pois pode ser mal interpretado...

A dissertação

Dizem as Mulheres que os homens têm alguma tendência para se adiantar. Claro que se referem às danças, mas parece que não é só a dançar...Pois ainda não comecei a fazer o programa curricular das disciplinas do Doutoramento em Vela de Cruzeiro (e este tema, dava mesmo para isso) e já estou a pensar no tema da Tese e na Tese. Também não tenho orientador, e acho que me vou servir deste post para solicitar publicamente um orientador. Já sabem, já tive uma grande ajuda de uma leitora, mas precisava mesmo de um orientador de tese (m/f, de acordo com a legislação sobre este tipo de anúncios. Se for f, claro que a tese pode ter outros desenvolvimentos, ou concluir já que é preciso um Post Doutoramento).

Então os temas que tenho andado a magicar e entre eles, não me consigo decidir, são dois, a saber: “O efeito de deriva em viragens de bordo, com vento sueste, na barra da Fuzeta”, e este que me anda a seduzir mais, nos últimos dias: ”O efeito de esteira do Lobo Marinho nos bordos ao largo, no mar da Travessa”.

Penso que qualquer dos temas é interessante, e de extraordinária aplicação prática no desenvolvimento da vela de cruzeiro em Portugal, e no estrangeiro (refiro-me principalmente a Cuba, claro), mas como ainda não tenho orientador não sei.

Agradeço as vossas contribuições. Bem-hajam.

Uma grande noite de sexo

Já passou um bocadinho de moda a terminologia das Grande Noites. Ele era grandes noites da canção, do fado, do folclore, do marisco, enfim de tudo. Eventualmente até haverá uma “ganda nite" do hip hop, não sei (atenção aos direitos de autor...).

Há jantares concerto, jantares temáticos, jantares dançantes, mas haverá algo melhor que uma grande noite de dança?

Só mesmo uma grande noite de sexo...

E desta forma, com este título sugestivo, espero conseguir mais uns hits e assim, no futuro, colocar uns anúnciozinhos que me ajudem a ganhar alguns cobres para complementar a pensão de reforma e suportar os custos da nova vida académica...