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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Espero lá estar!


Sim, espero ainda conseguir uns bilhetinhos para o concerto dos 90 anos do Nelson Mandela e para o fabuloso concerto do Eric Clapton na Sexta feira. A partir de amanhã de manhã, é chegar e ir para o Hyde Park...
Prometo que conto tudo!

domingo, 22 de junho de 2008

Marujo Mestre e Monge

Como diz o povo, que tem muitas vezes razão, ninguém ama o que não conhece. Assim foi comigo no que respeita ao Professor Agostinho da Silva

A imagem que tinha construído assemelhava-se pouco com a realidade do mestre. Felizmente fui habituado a pensar por mim, sem preconceitos e resolvi que havia de descobrir o professor. Gostei de tudo o que fui lendo. As “Cartas a um jovem filósofo” seduziram-me.

Mais do que conteúdos, temos que transmitir atitudes e se tivermos que ensinar algo, por que também temos, vamos começar por ensinar a pensar.

Hoje deixo-vos com um poema dele. Simples e belo:


Sou Marujo, Mestre e Monge

marujo de águas paradas

mas que levam os navios

às terras por mim sonhadas


Também sou mestre de escola

em que toda a gente cabe

se depois de estudar tudo

sentir bem que nada sabe


Mas nem terra ou mar me prendem

e para voar mais longe

do mosteiro que não houve

e não haja, me fiz monge


Agostinho da Silva, Sou Marujo Mestre e Monge

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A letra L

Será desta que este tipo vai para um tema mais delicado? Não sei. Saí de mim há algum tempo e recordando Xavier de Maistre, sem querer plagiar, que a tanto não me atreveria nunca, e passeio à volta do meu quarto (Voyage autour de ma chambre” de Xavier de Maistre, foi publicado em 1794). Neste caso o blog é a porta de saída...

Espero não entrar num duelo, mas se tiver que entrar, que não seja preso, pois não vou virar a cara. E assim tenho perdido quando ganho, e vice-versa. Não sou militar, não fiz voto de obediência mas vivendo em Portugal no século XXI (para alguns, que outros ainda vão na idade média) deveria ter treinado mais com os ingestores... Isto é; aprender a engolir. Não aprendi em pequenino e agora é tarde. Só me resta um duelozito, aqui e ali para defender a honra do convento. Perder com arrogânica é uma das minhas especialidades. A outra é ganhar com modéstia.

Ouvi há pouco tempo um grande grito colectivo. Deve ter sido golo de alguma equipa amiga, ou até de Portugal. Não estava preparado, não pude medir os decibéis e criar um modelo matemático explicativo, para esse fenómeno. Havia quem gostasse, de certeza, de uma explicação racional para esta euforia. Prefiro uma explicação menos objectiva, mas mais dentro do inconsciente colectivo, ou da racionalização de alguma frustração (estou desejoso de me atirar a estes temas...).

Pois também é de explicações que o meu post de hoje trata. Se for lido por alguém mais tortuoso, poderá pensar que a letra L, sendo a 12ª do alfabeto nos vai remeter para algo mais místico. Será que é o meu 12º post este mês? È por ser a que imediatamente se segue ao K? Não.

Outra hipótese, ainda mais arrojada, mas também possível era a da soma dos dois dígitos, representando o Três e simbolicamente: passado e presente e futuro ou nascimento, apogeu e morte ou ainda a composição do homem (corpo, alma, espírito) ou as esferas do Universo: natural, humano e divino. Enfim, a partir desta letra, que possibilidades imensas se nos afiguram...Hoje o vosso primo está virado para oriente, de onde vem a luz.

Também poderia haver outro significado para este número 3. Estará o tio do Algarve dado a alguma fantasia tão característica do bicho homem? Como me disse uma respeitável senhora (tinha mais de 1,90, e isso também é de meter algum respeito) num elevador de um Hotel elegante em Moscovo, ao ver que estava acompanhado: Why not? Pela minha cara, rematou a conversa com um fulminante: Maybe later...Não, também não é nada disso. Podem ficar com a certeza que nunca poderia ser tão deselegante a esse ponto, com a pessoa que me acompanhava. Há surpresas e surpresas, há quem goste e quem não goste. Não gosto de surpreender quem não gosta de surpresas...

Na viagem à volta do meu quarto, ao escrever um post, atrás de outro e mais outro - não tinha reparado mas estou a produzir muito mais que no início. Espero que também melhor - recordei um episódio de uma série de televisão. A minha televisão só tem o canal 2 e a Sic Notícias, por isso a escolha é pequena.

Nessa série de televisão (não era o Sexo e a Cidade) cheia de mulheres bonitas e interessantes e onde se procurava eventualmente demonstrar que os homens são dispensáveis na vida sexual das mulheres, uma das protagonistas, escreveu um livro.

As amigas sentiram-se retratadas, ela não se retractou. Andaram à estalada e entre elas nada ficou na mesma.

Pois posso garantir-vos que este blog não é assim. Também gosto muito do sexo feminino, mas nenhuma das minhas queridas amigas ou primas é, ou poderia ser, aqui retratada, referida ou outra coisa qualquer.

L é de Lisboa, de Londres, da Lua, de Lagos e de Loulé.

É da Leoa que caça e cuida das crias, do Leão e do Leopardo.

É da Luz e de Lázaro, que viveu uma outra vida.

L é de principio, de Lei, mas também de Libido e Liberal.

De Latitude, e de Longitude.

De Ler e de Aprender

L, para mim é de liberdade. Liberdade de dizer que não, ou que sim de acordo com a minha consciência. Liberdade de pensar de dizer, de publicar.

Liberdade de amar, desenfreadamente, sempre.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A Metamorfose

Sinto que estou a mudar...Será está segunda adolescência, serôdia, que me leva a a fazer coisas impensáveis? Para quem nasceu aos 102 anos sinto-me bem. As semanas, nesta nova vida, passam-se a correr e não tarda nada vou atingir a maioridade. Não quero. Apetece-me ser irresponsável e escrever sobre tudo o que vou descobrindo nesta nova vida.

Por outro lado, estas viagens sem sair fisicamente dete sítio são como passeios que evocam algumas recordações... a primeira adolescência.

Há tempos mudei a pele, mas agora é diferente. É o interior, corpo e mente que estão em transformação. Será que o avatar vai conseguir viver com com o autor, no mesmo quarto no mesmo tempo? Vamos ver, se tiverem paciênca...

Se notarem que as borbulhas estão a perturbar o percurso, digam.

No meio desta tormenta kafkiana, eu agradeço.


domingo, 15 de junho de 2008

Passoble, Tango e Valsa

Ontem queria mesmo voltar a dançar. Não consegui. Dançar é sentir com o corpo, esquecer completamnte aquelo sexto sentdo - o proprioceptivo, como dizem. Conhecendo um pouco o caminho é abandonar-se ao ritmo que nos transporta, levando connosco a nossa companheira...

Assim seria bonito, sem dúvida. Mas nem sempre é assim. Duas razões principais: o ritmo e a companheira e ainda um terceiro motivo, dependente dos dois anteriores que é a combinaçao dos três elementos. Às vezes não combinam mesmo e então não há nada a fazer. Foi o que aconteceu.

O Passadoble mais parece uma marcha militar. Cedo percebi que à minha parceira não lhe agradava o ritmo ou o par. Não foi preciso perguntar, disse-mo logo, o que às vezes é melhor: O Passadoble é só atitude, não tem mais nada...

Compreendi perfeitamente e não insisti mais. Também não conseguiria ser mais sucinto e sintético. Não havendo atitude, não há Passodoble, mas menos ainda Tango. Seria impossível. Aí para além de atitude, é preciso saber e combinar. Essa sequência e combinação de domínio é exigente e é preciso que os parceiros de dança se conheçam, ou que queiram conhecer-se naqueles compassos. Não era o caso e decidimos parar. Voltei para o meu par.

A Valsa, teve que ser a inglesa para terminar o dia com calma e beleza.

Rima e é de propósito.


sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ler ou não lido, será esta a questão?

Decidi abrir uma nova prancha de trabalho...O tempo para ler papel é tão pouco, toda a gente se queixa do mesmo. E não consigo sequer reler o que já li. Impossível repetir... decidi então passear um pouco sobre tudas essas memórias.

Uma grande questão, cruel dúvida. Por onde começar? Agora que acreditei que ia poder sonhar os meus sonhos (já é um passeio pela obra do nosso grande poeta contemporâneo), vou voltar a sonhar os dos outros...Paciência. Serão certamente melhores que os meus, ou pelos menos mais bem descritos e escritos.

Li tudo quanto pude, do Almada até ao Zola. Sim, também li . Acho que fiz uma paragem muito grande no meio. A Metamorfose a isso me obrigou e hoje penso que se nada tivesse lido ou aprendido tudo seria certa e seguramente original. Assim o esforço da originalidade é sempre um risco, tal a confusão de sinapses, ajudadas pelo amigo alemão, com nome algarvio, o Al, qualquer coisa, que agora não me lembro o resto.

Hoje apeteceu-me reler um grande poeta. Álvaro de Campos. Não por ser Algarvio (era de Tavira, como sabem), nem por ter andado entretido a estudar engenharia em Glasgow. Também não foi por ter sido um viajante ou um discípulo de Alberto Caeiro.

Apeteceu-me relê-lo pela Ode Triunfal:

Ó fábricas, ó laboratórios, ó music-halls, ó Luna-Parks ...

Ó couraçados, ó pontes, ó docas flutuantes

Na minha mente turbulenta e encandescida

Possuo-vos como a uma mulher bela,

....”


Ah! Poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina!"

Não era um “maquinófilo” Se algum título lhe pudessemos dar era o de “universófilo”:

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

Quanta ironia tem este poema. Este homem era um génio. Como o Jorge Luis Borges nunca foi galardoado com o maior (ou mais mediático) prémio da literatura. Isso não desvaloriza o autor, desvaloriza é o prémio.

Leiam-no bem alto, por favor. E se puderem “sintam tudo de todas as maneiras”...

Modestamente, pudesse eu acrescentar qualquer coisa, diria: e sempre!

(citações da obra mencionada)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

A sobremesa

A cereja no topo do bolo do repasto...É fantástico o que se pode fazer neste campo. Mas, levando à letra a frase de abertura, uma taça com cerejas tem imensas possibilidades... Com Vinho do Porto a ajudar então ainda se torna mais interessante esta sobremesa, que pode ser servida como entrada. Até gosto mais desse simpático fruto, redondinho e encarnado, como entrada.

A única parte menos agradável é o caroço. Não deve ser engolido, ou deglutido, para os mais técnicos. Cuspido também não ficará muito elegante, é fazê-lo com elegância e discrição, como deve ser, sff.

Da entrada dependerá muito o modo como vai assentar o prato principal. Habitualmente dou muita atenção às entradas ou preliminares, como também lhes chamam.

A cor é a da paixão e forma arredondada, lembra o planeta de origem, Vénus, obviamente. Dizem que a Eva tentou o Adão com uma maçã. Evidente que não acredito que tivesse sido essa a fruta, mas não faz mal. O que tenho a certeza é que se fosse ao contrário, o Adão poderia socorrer-se das nossas queridas cerejas para tentar a Eva. Nem é preciso muita imaginação para as usar num prato giro, interessante e até saboroso, mas de entrada. Estou a ver que ainda não é desta que vamos para as sobremesas...

Experimentem mergulhá-lhas em vinho do porto, doce, concerteza...O efeito é fascinante e transcende o sabor, levando-nos para aqueles campos onde alguns dizem que ou é proibido ou é pecado. Não sou desses.

A minha receita é simples:
Junte uma boa companhia, ½ Kg de cerejas, 1 garrafa de vinho do Porto e duas taças.Deixe aquecer o ambiente e vá servindo as cerejas.
No entanto, se não gostarem delas ao natural, com vinho do Porto poderão sempre tentar outra receita, muito mais elaborada, enviada para o moo:

http://www.moo.pt/receitas/receita/doces/pave_de_chocolate_com_cerejas/WL3xsaT9mEtnxczh/

A receita não é minha. A autora, de acordo com o site, chama-se Bruna Paz. Deve ser deliciosa (a receita...), mas nunca experimentei. Então aqui vai a receita de Pavé de Chocolate com Cerejas:

Ingredientes:
1 lata(s) de creme de leite
1 pacote(s) de biscoito champagne
200 gr de cereja em conserva
3 unidade(s) de ovo
1 lata(s) de leite condensado
1 lata(s) de leite
1 colher(es) (sopa) de amido de milho
1 colher(es) (café) de essência de baunilha
500 gr de chocolate ao leite
50 gr de castanha de caju picada(s)

Preparação:
Para o Creme Branco: despeje numa vasilha o leite condensado; a mesma medida dessa lata, de leite de vaca, os ovos (somente as gemas), o amido e a essência. Misture tudo muito bem e peneire essa mistura, levando ao fogo baixo (sem parar de mexer) até obter um creme.
Para o Chocolate: coloque em banho-maria o creme de leite e o chocolate até derreter por completo. Adicione as castanhas.
Montagem: primeiro coloque numa travessa os biscoitos, segundo o creme branco, terceiro o creme de chocolate, quarto as cerejas picadas.
Faça a montagem nessa ordem até o fim.

Nota muito importante: Esta receita foi retirada do site referido, sem qualquer alteração.

Por mim ficava só pelo chocolate ou pelas cerejas, dependendo da companhia, claro... Amanhã é feriado, há muita gente que não trabalha. Nós cá estamos.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Cha-Cha-Chá, Rumba e Polca

A dança. Um tema que me é particularmente querido. Talvez devesse dizer mé, contraindo uma sílaba, que é como quem diz, saltando um passo, mas não. Poderia haver alguma confusão com o outro tipo do “jamais”.

O passo a menos ainda se tolera, o dito “jamais” (favor usar em francês) é que nunca. “Toujours” talvez...

Vamos ao que interessa, vamos para a pista e deixemo-nos destes rodeios que talvez tivessem alguma graça, mas não são oportunos. Hoje a introdução é a dança.

Começámos pelo Cha-Cha-Chá. Animado, divertido e com essa alegria típica das danças latinas. Se é verdade que é originária de Cuba, compreende-se a animação dos portugas a quererem ir a Varadero. Numa semana em Cuba, um dia em Havana é pouco, mas são os programas e os clientes, quais carneirinhos bem mandados, lá vão embarcando... Um dia é melhor que nada. E pode ser que em Varadero também alguém dance.

Passámos para a Rumba. Não sei bem quando. Foi tão natural que não se sentiu. A Rumba é um ritmo tão lento que nos desafia. Mantermo-nos dentro do ritmo, não é fácil. E quanto mais lento, mais difícil, mas mais e envolvente e apaixonante. É preciso especialmente sentir a música e o par. A sintonia tem que ser perfeita. Treinar, treinar, treinar é o segredo...

Acabámos com uma polca. Depois da calma anterior, a rapidez frenética do compasso binário, num ritmo diabólico deixou-me em órbita durante tanto tempo que perdi a conta às horas.

Foi o “grand finale” de umas horas de puro prazer. É bom poder levantar vôo deste planeta, atravessar a galáxia, ficar na órbita de Vénus horas sem conta e regressar sem pressa.

Não é aquela bebida que nos dá asas. Nós já as temos. Espero que já tenham descoberto as vossas...

Dançamos?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Ping Pong 4

Voltei às finanças. Não porque precisasse de lá ir pagar alguma coisa ou requerer outra. Pode-se fazer tudo pela net. Ao menos neste longo braço do governo (versão oficial do desgoverno geral), a revolução tecnológica funcionou. É só ver as penhoras electrónicas e o SISTEMA.Também me disseram que há um portáteis com banda larga a serem oferecidos a algumas famílias. É possível que sim...

Fui lá porque não resisti a mais um comentário, que me surgiu quando passava à porta. Subi os dois lanços de escadas, entrei na tesouraria e depois dos cumprimentos habituais, simplesmente sugeri:

Com a vitória de Portugal e os novos monitores, vão ficar a trabalhar até mais tarde, depois podem ver os jogos à borla, às 19h45...

Pronta resposta de um técnico tributário: Como este mês atingimos os objectivos de cobranças, acha que podemos ver também os jogos ao Domingo?

Não resisti a uma gargalhada e sugeri que pedissem ao chefe, mas que ficasse claro que a ideia tinha sido dele!

É assim mesmo!

domingo, 8 de junho de 2008

Ping Pong 3

Ai, Ai, Ai... Ainda bem que é o prazer de escrever e da comunicação que nos move e não a obrigação de pseudo responder, de acordo com as metodologias de relacionamento empresarial e pessoal que tenho vindo a apresentar, originárias da galáxia Ti - U.

Se fosse na galáxia Ti - U este assunto daria para um ano, com algumas reuniões à mistura. Naturalmente nas eventuais actas não se registaria o acontecido mas sim a virtualidade do possível, desejável e politicamente correcto (Uf, que isto ao Sábado está complicado...)

Uma frase deste meu post despertou o orgulho da Causa Pública. Ainda bem! Agradeço os reparos, mas não era com serviços públicos que pretendia comparar a minha “performance” (se por acaso lerem esta palavra, façam-no com acentuação à francesa e não à inglesa, tá bem?).

Admiro a causa pública e as pessoas que, servindo o estado, servem todos os seus concidadãos.

Mesmo esses persecutórios serviços de finanças que aterrorizam e infernizam a nossa vida, exemplo inúmeras vezes citado como modelo a seguir, são de respeitar e louvar. São assim porque são extremamente eficientes. O que nos serviços em causa, nalguns casos, até é pena. A cegueira total nunca foi boa conselheira e tendo o poder absoluto como apoio, pode dar mau resultado. Enfim, mais um tema aliciante. Já estou a imaginar no Correio da Manhã “Homem vendado, com moto-serra na mão irrompe na multidão”.

Voltemos às coisas públicas. O ensino, é outro exemplo autêntico da grande dedicação dos seus profissionais e onde o resultado final é bom, na generalidade das Escolas, comparado com as homólogas do privado. Conheço um bocadinho do tema das privadas... E também já me imagino a escrever um post sobre o assunto: “Professor amordaçado e manietado, pretende continuar a leccionar. Ministra tenta impedi-lo à força” Outra notícia boa para o CM. Acho que vou lê-lo todos os dias, à segurança.

Há muitos mais exemplos. A saúde, é outro grande exemplo de dedicação dos seus profissionais: “Doente internado na urgência quer continuar no corredor. Médico realiza operação no parque de estacionamento”. Mais forte, mas também possível: “Para reduzir custos, casos fatais são antecipados em 24 horas”. Doentes Terminais, obrigados a fazer pré aviso de falecimento”

Enfim, hoje deu-me para isto…

Porque será que os portugueses nas empresas fora de Portugal são mais produtivos? Se eles são os mesmos...Pois é... É uma questão de gestão e de liderança e quando me referia às empresas públicas referia-me a essas que por aí polulam e cujos ingestores (tenho que usar a minha terminologia) rastejam na babujem desses outros incompetentes supostamente eleitos pela suposta maioria...

Esta simbiose concupiscente é que revolta!

Era a essas empresas que me referia, e não aos serviços a quem são pedidas tarefas homéricas e a quem são negados recursos. Não é preciso nenhuma censura para ver se navegam muito ou pouco nas horas de serviço. Muitas vezes ainda têm computadores com processadores 486 ou mais antigos...

Admiro todos os que se dedicam aos serviços públicos e não suporto essa estirpe de virus que necrosam as estruturas publicas onde se alojam. E fazem-no com a arrogância e o desplante, não da ignorância inicial, mas com a segurança da impunidade. Com jeito até leva um louvor e alguém que tenha um pouco de coragem e aponte o dedo, já sabe. Como diria o outro gordo, anafado e inchado sem vergonha: Quem se mete connosco leva!

Essa gordura é que tem que ser retirada, cirurgicamente…

Há dias perguntei na tesouraria das finanças, se os monitores eram para ver o europeu: Assim vale a pena pagar impostos...A que horas dá o jogo? Foi a gargalhada geral! Repondeu-me um simpático técnico de finanças: “Não posso responder a essa pergunta!”

Felizmente há pessoas bem dispostas e profissionalmente competentes!

Não desistam, por favor. Há quem reconheça o vosso esforço!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mudam-se os tempos...

Tomava a bica da manhã (ganda tiu, que me está a sair o menino...) e agarrei no Correio da dita, para passear os olhos nos escândalos dos bares do Porto.
Como sempre, comecei pela última página e por lá fiquei. Duas noticias se meterem com o vosso primo e, que horror, as duas em destaque:

Pescadores em greve, em Olhão.
Casal apanhado a fazer amor num confessionário, em Roma.

Está muito mudada a minha terra. Há alguns anos o casal poderia ter sido apanhado em Olhão e a greve seria em Itália !!!

http://www.correiomanha.pt/, com garantia de emoções fortes.

Ping Pong 2

Hoje sinto-me um campeão. Sete emails, número místico, ainda por cima, para fazer um pagamento por transferência bancária! Deve ser um record absoluto, Viva a gestão pela internet! Viva a comunicação por email! Viva a eficiência e a capacidade de decisão! Vivam as procurações e a delegação de poderes! Vivam as empresas portuguesas! Viva Portugal!

Uma só questão ensombrou esta alegria toda...
Se nas empresas privadas é assim, como será nas públicas? Ainda deve ser melhor... Vamos todos pensar no assunto (que pena não podermos nomear uma comissão de estudos...) que eu voltarei ao assunto!

2233444544466446667777 2 8666327777!!!!!

A bem da produtividade, o vosso primo dedicado,
António Bernardo Risos y Risos

Em tempo: Ainda foram mais dois emails sobre este assunto!!! Que maravilha, nove emails para um assunto de treta!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Ping Pong

Parece um desporto mas não é. É um jogo de gestão ou melhor, uma técnica de gestão muito em voga no universo dos tius. Para poder jogar, já se imagina o que é preciso: e-mail, teclado e dedos. Não é preciso ver bem, isto é ter visão apurada, convém ter uma raquete, electrónica para dar umas raquetadas nas pessoas que dependem de si e uma grande dose de hipocrisia (somos pessoas educadas, não deve faltar este ingrediente).

Reflectindo melhor será uma técnica ou uma filosofia? Ainda há quem, a propósito do Marketing, levante este tipo de questões. Se não se importam, sente-se à secretária e toca a jogar ping pong. Não é ténis de mesa, é mesmo ping pong. Não é PP é ping pong, que nos remete logo para esse andar de um lado para o outro. Não é ping ping, pong pong ou ping ping ping pong.

Temos que ser exactos, rigorosos e correctos a grafar e dizer. Apesar de não haver regras neste jogo, nunca poderemos assumir esse aspecto importante. Este esqueleto é mesmo para ficar no armário, contrariamente a outros que por aí se pavoneiam. O candidato a tiu nunca se justifica, não explica e nunca se engana. Mesmo se alguma vez se enganasse nunca o iria assumir. Esta é uma regra de ouro que tem que estar sempre presente. Sem a interiorizarem nunca poderão passar ao degrau seguinte, aliás, ao nível seguinte pois este jogo é na internet que se joga.

Também já tinha feito uma introdução à gestão por email, este jogo faz parte do treino para esse desiderato que é a gestão virtual, sem qualquer objectivo a não ser ganhar umas massas, ter umas deslocações pagas à custa da empresa, um automóvel (carros são os substitutos das carroças) da empresa, gasolina e telemóvel da empresa e poder falar numa base de igualdade com os outros da mesma classe. A palavra estratégia também foi banida do Livro Cor de Rosa destes novos ingestores, palavra que agora me apeteceu transformar em neologismo para significar a negação da gestão. O livro Cor de Rosa, claro é a versão do Livro Vermelho para estes novos gestores. Tem que ser light, claro.

Também nunca fui adepto dessa gestão seguindo todas as regrinhas e modelos matemáticos, econométricos ou lendo os estudos de mercado como algumas religiões lêem a bíblia. Não sou desse clube e hoje sinto-me tão velho e cansado que acho que nunca serei desse clube de gente sem graça e imaginação, nem do clube dos patetas mortos.

Vamos então ao jogo. É muito simples. Começa por mandar um mail a alguém com cópia para duas ou três pessoas. Os jogadores mais conhecedores no campo To: (Para em português...), podem por dois nomes. Assim confunde-se o outro jogador, colega de empresa convertido em adversário: O mais fraco dos dois destinatários responderá primeiro. Esta variante também serve de teste…

O assunto do mail. Não interessa, pode ser qualquer coisa, uma instrução sobre qualquer coisa, ou uma pergunta. Se for uma instrução do tipo: "Agradecia que.. " convém que seja dirigida alguém diferente do que deveria ser. Exemplo de mail para o jardineiro: “António, agradecia que passasse no talho e trouxesse uma peça da picanha com 2 kg. Veja se escolhe antes de trazer, tábem?
O mail para a cozinha seria: “Suzette, Quando vier do jardim apanhe-me uns crisântemos, que hoje apetece-me.”
Não importa se estamos em Junho. Isso é irrelevante. De acordo com o que antes se disse sobre o jogo, neste exemplo, um mail dirigido aos dois seria: ”Agradecia que passassem pelo talho e pelo jardim e me trouxessem crisântemos e picanha”.
Como reparam, talho está para crisântemos, assim como o jardim está para a picanha. Nunca poderão assumir que foi um erro e menos ainda que foi de propósito para confundir.

E começou o jogo. Se do outro lado do cabo estivesse este vosso primo, responderia de seguida: "Excelente, hoje vou ao talho e trago o crisântemo."
Com sorte, a Suzette escreveria: Muito bem, amanhã vou ao jardim e trago a picanha. Obrigado!”

Este início de jogo promete, pois os adversários são de peso, vê-se logo. Sente-se a pulsação de imediato.

Obrigariam o tiu a um novo mail que poderia ser: “Não traga a picanha congelada, porque o tiu não gosta” e que ao fim de algumas boladas para cá e para lá, poderia passar por uma situação do tipo: “ O Joaquim do Talho Avenida, comprometeu-se a arranjar crisântemos bons para assar para amanhã. Quer que mande entregar em casa ou no escritório?” E assim por diante, porque o vosso primo, quando joga, joga a sério, ou seja quando joga, brinca e brinca a sério. Pergunta a Suzette ao António: Não poderia o tiu usar o telefone ou perguntar pessoalmente? Afinal o gabinete é do outro lado da parede...

Pobre Suzette que não percebe nada de jogos, menos ainda de ping pong e não consta que vá aprender...

Por hoje despeço-me, no nível máximo de ping pong, que é o jogado com o telemóvel em repetidos SMS: 2233444544466446667777 !!!!!!!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Gourmet?

Espero que já tenham experimentado o Xarém com as conquilhas. Ou pelo menos as conquilhas. Porque escolhi esse prato? Para uma resposta adequada à Morcelas com trepos, prato muito querido lá para a Beira Alta? Não me lembro de o ter cozinhado para nenhuma prima e menos ainda para alguma tia perdida! É verdade que sempre gostei de cozinhar em determinadas ocasiões especiais, mas como muitas coisas na vida, nem sempre temos oportunidade de fazer o que gostamos. Ultimamente tem-se resumido essa actividade a umas francesinhas, prato muito a gosto para uma emergência. Naturalmente que me refiro ao prato em uso no Porto e não às cidadãs originárias da Gália ou da terra dos francos. É bom clarificar esta questão, não vá dar-se o caso de ser mal interpretado.

Pois se ainda não experimentaram o Xarém eu já experimentei as morcelas com trepos, o arroz de pato à mineiro e outras comidas da Beira Alta, por onde tenho passado fisicamente algum tempo. Também é bom dizer que para além de fisicamente, também lá tenho estado em espírito e virtualmente, nas visitas às primas, tius e tias que por lá estão, entre outras visitas espalhadas por esse Portugal, que se estende entre A Corunha (é assim mesmo, à portuguesa deste lado do Riu Minho) até Vila Real de Santo António, que é um nome estranho para uma cidade, ainda por cima das mais à esquerda (virem o mapa ao contrario, se não perceberam) da minha, não esquecida mas sem nostalgia, Beira Baixa do Algarve de Aquém Bar.

Sempre apreciei alguma moderação nestas coisas das comidas, gosto de qualidade em detrimento da quantidade, como com o mesmo à vontade na casa das tias e tios, tiias e tius (sempre nos divertimos e arranjamos motivos para uns posts), mas também gosto de locais simples e até bucólicos...

Alguma sofisticação também é interessante. Também gosto da “nouvelle cuisine” e adoro a dieta mediterrânica... Claro, o Mar também é sempre o Mar. Mas já que não o temos por perto, concentremo-nos nas coisas da terra e da serra. Não na de Monchique, é excelente mas agora está longe. Um queijinho vinha a calhar. Também não dizia que não a uns Rojões à Moda do Minho... Acho que vou jantar, pois este post está a abrir-me o apetite e já é tarde.

Dizem os especialistas que a dieta equilibrada é a dieta variada. E pouca quantidade de cada coisa... Mas tudo com qualidade.

Fica para outro dia o café?