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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Outra mistura aparentemente impossível...

Esse portentado que usa a marca Nívea (juro que não é a minha marca), tão sóbria nalguns produtos, apresentou uma linha de maquilhagem com assinatura Chantal Thomass.


Ainda em Julho devia estar cá no mercado. A caixinha não é azul com letras brancas, tipo “clean”, mas com uma imagem forte. A expressão “boudoir like collection” assenta-lhe perfeitamente. E se os produtos forem tão bons como a lingerie dessa griffe é apelativa, estamos conversados.


O nome pesa... e com razão!

Notícia Triste

Assim de repente a blogosfera ficou mais pobre! E logo a minha primeira seguidora... Acho que ainda não acredito. I wonder why a little, I die a little, como espantosamente disse o Cole Porter.

Mas, quem viaja a 299 792 458 m/s, nunca está longe. E espero poder reler os seus posts, se não houver novos...

Desejo-lhe as maiores felicidades e espero ter contribuído para algumas gargalhadas, em frente à televisão sem som (e sem grande imagem).

Será que afinal o Marshall McLuhan estava enganado?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Desmentido não oficial

Depois de estar dito, pode desmentir-se tudo. Desdizer-se é que não. Já foi dito...Esta adaptação da frase de um famoso diplomata, não significa que me retractar (sim, com c) de alguma coisa que tenha dito, apenas pretendo clarificar, antes que chegue a campanha eleitoral a sério (esta só pode ser a brincar).

Não é verdade que tenha pretendido fazer alguma alusão entre Conselhos de Turma e Conselhos de Administração, como também não é verdade que tenha feito orelhas moucas a quem me deu o Conselho de não me meter “nessas coisas dos blogs”.

Não se pretendeu, de modo algum, em qualquer circunstância, dizer que nesses órgãos de governo das escolas e das empresas se discutem assuntos que, de alguma forma, possam ser irrelevantes, ou careçam de qualquer interesse para as escolas ou empresas. Menos ainda se pretendeu dizer que as decisões carecem de análise, fundamentação ou qualquer outra razão não acabada em “ão”, como coração.

De forma alguma se pretende dizer que esses conselhos (todos eles) são ineficientes, ou que se perde tempo que podia ser utilizado noutras coisas mais úteis, como a conversar com a professora de francês do 10º B, na sala de professores. Nada disso. Os conselhos de turma são todos eles de extrema utilidade, onde se fica a saber montes de coisas e onde se aprende a preencher aquela papelada toda. Dos outros, não sei. Ainda devem ser mais importantes, porque logo a seguir os participantes são submetidos a um tratamento que lhes limpa a memória toda. Basta ver o caso do Banco Para Néscios e Banco Para Pesadelos. Este tratamento é tão rápido e eficiente, que deve ser aplicado com uma caneta tipo agente K do MIB... Será por isso que não me lembro de nada?

E por último, mas não menos importante, este último post sobre a bonita cidade do Rio Ave não se deve ao facto de, durante algum tempo (muito pouco), ter estado noutra cidade, também com parque e também “conVida” junto ao Rio Vizela.

E já depois do último, também nunca se pretendeu dar conselhos aos concelhos, ou aos candidatos a concelhos ou a conselheiros.

Se houvesse alguma dúvida bastaria ler este post...

Assinatura ilegível, tipo pássaro a voar.

terça-feira, 28 de julho de 2009

La Beauté Ethnique ne se cache plus...

É este o título do artigo da capa da última CosmetiqueMag, conhecida publicação desta área, paralela, concorrente e complementar (enfim, irmã) de uma das actividades a que o Titi, como sabem, também se dedica. Não é o Tio é o Titi.

Não apenas por estrito dever profissional, mas também com algum gosto, confesso, lá vai de aproveitar a deslocação de ontem para me inteirar dos progressos da concorrência, embora colateral.

O artigo de capa é o título da posta de hoje.

A maquilhagem da mulher negra e mestiça (de acordo com a terminologia do artigo mencionado), é um segmento que tem crescido em flecha, e as marcas cada vez mais têm produtos específicos para aquele grupo de mulheres ainda considerado um nicho, apesar da sua dimensão. Também surgiram novas marcas (claro que não vou citar nenhuma), com produtos específicos. Vão sair mais novidades, das grandes marcas, nos produtos para cabelo muito frisado e extremamente seco, como também fiquei a saber pelo referido artigo.

Mas e a que propósito vem este assunto? Entre tantas outras coisas tão interessantes nesse número da revista?

Pois o Tio, quer pela sua idade já provecta, quer pelo stress em que anda frequentemente, também merece uns mimos. E entre os pequenos luxos que com alguma frequência se permite na sua vida espartana, são as massagens.

Há dias, lá fui para esse ritual normalmente egoísta (tenho que dizer que já experimentei massagem a dois e gostei muito mais do que a já quase vulgar massagem a quatro mãos) e, como frequentemente acontece, não tinha nada marcado. Adoro estes imprevistos e como cliente não regular mas relativamente (sublinho o relativamente) frequente, normalmente não me tenho dado mal.

E nessa lotaria em que as probabilidades de ganhar são elevadíssimas, porque felizmente há sempre alguém disponível, lá me disseram o nome da massagista que ía por as mãos no Titi, depois de demolhadinho num banho com óleos essenciais.

Pelo nome talvez não adivinhasse, mas a terapeuta era uma jovem negra, alta, com porte a atirar para o atlético. Não sei porquê, não há nenhuma razão específica, mas nunca tinha sido massajado por ninguém de raça negra.

Lá me deitei no catre, a que habitualmente chamam marquesa (não quero confusões com marquesas) e, depois daquelas palavras de cortesia inicial, as mãos entraram em acção e o tempo parou. Não sei exactamente durante quanto, mas foi muito e bom tempo.

Para além da técnica, da energia dispensada e do cumprimento dos protocolos, há sempre um cunho pessoal que faz a diferença e que nos leva a gostar mais ou menos da sessão e causar alguma empatia.

O cocktail de submissão, rebeldia, orgulho, altivez e humildade, que caracteriza alguns rostos bem femininos de raça negra e a atitude profissional e competente deixaram-me com vontade de voltar e, contrariamente aos meus hábitos, marcar especificamente não uma massagem, mas uma massagem com um nome. Será empatia? Quem diria...

Ainda bem, digo eu.

sábado, 25 de julho de 2009

Santo Tirso, capital do mau gosto.

Há males que bêm por bem. É mais um aforismo popular que, baseado na experiência deste povo que tão generosamente me acolhe há alguns anos é certeiro e acertado.

Na semana passada, quis a mecânica, ou a electrónica, vá-se lá saber qual destas duas manas (estou mais inclinado para a segunda) foi a causadora, o meu estimado carro resolveu desmaiar na auto-estrada. Precisamente na A3, a 50 metros da Saída nº 5, que, como todos os portugueses com carta de condução sabem, é a de Santo Tirso.

O carro desmaiou e ao fim de algum tempo, cansado de o tentar acordar, agarrei no telemóvel e toca de chamar a assistência em viagem, para o levar para outro lado menos perigoso. Queria trazê-lo para conhecer a serra da estrela, onde tinha que estar ao fim do dia mas, a menina simpática da assistência em viagem, não deixou, porque era longe! Tinha que ser mais perto, ou para a residência do carro. Nada de turismo à custa da companhia de seguros. Então seja para Santo Tirso, foi o que lhe disse. Mais perto era impossível!

Hoje acredito que foi o destino que provocou esta situação, ou a força divina, para quem acredita nessas coisas que me levou a essa bela cidade do Ave. Cidade muito arranjada e cuidada, tem algumas torres junto ao largo do mercado (felizmente ficaram-se por aí e pela entrada da cidade, onde permanecem algumas inacabadas), um parque muito giro, que dá pelo nome de D. Maria e um Hotel com original nome de CIDNAI (para os curiosos e curiosas posso, por email, claro, explicar a origem do nome). Isto era o que conhecia dessa cidade.

Nesse dia fiquei chocado. Enquanto esperava pela biatura (nome que usam lá no concessionário da marca para se referir aos automóveis), fui dar uma volta pela cidade. Qual não foi o meu espanto quando dou de caras com uma série de outdoors, 8x3, dos quais consegui obter esta fotografia:




Acho que nem vale a pena dizer nada, o gesto é eloquente!

O pior foi que os cartazes outros candidatos, não tendo o mau gosto deste, que seguramente bate todos os records, também não eram muito melhores. Um meio bigode, numa fotografia de meio corpo de ombros meio caídos, era de outro meio candidato. Achei que o melhor (entre os piores) era de uma candidata à Trofa, cujo fácies pude ver na rotunda da Auto Estrada. O candidato do Partido concorrente, com cartaz democraticamente afixado ao lado, parecia retirado de um filme de vampiros de produção barata, com fotografias retocadas.
Assim, acho que Santo Tirso tem tanto de bonito como de mau gosto têm os políticos locais.
Sugeria, agora que o termo capital ainda está em uso (bem perto temos A Capital do Móvel), que mudassem o nome para Santo Tirso, Capital do Mau Gosto. Eventualmente, em letras muito pequenas que ninguém possa ler ou, que lendo possa provocar um acidente de viação grave, podiam escrever as habituais explicações e restrições tipo banco ou companhia de seguros: Em campanhas eleitorais autárquicas.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Declaração de Voto

O abaixo assinado, António Bernardo Risos, declara ter votado contra a proposta subscrita pelo senhor Presidente do Conselho Executivo em que se decidia uma investigação, com recurso à Polícia Judiciária, para descobrir qual o professor que se tinha referido, na festa de S. João, depois de ingerir mais de dois copos de sangria, à Rumba como sendo o Chá-Chá-Chá Gay, unicamente por ter sido ele próprio a proferir essa afirmação.

Declara ainda que a frase dita em público na festa de S. João, não foi a citada pelo senhor Presidente do Conselho Executivo, completamente retirada do contexto, mas sim: “Tu, a dançar, transformas a Rumba, num cha-chá-chá gay” e foi dirigida ao professor de lavores femininos, pelos maneirismos efeminados que introduzia na dança.

Mais declarou que adora dançar rumba, cuja sensualidade alguns nunca chegam a compreender, e nunca se poderia referir a nenhum ritmo, latino ou clássico, de forma depreciativa como a citação do Senhor Presidente parece sugerir.

Segue-se a assinatura ilegível de António Bernardo Risos, que declarou ainda ter sido este chiste inspirado num dito do Z_o_G, a quem aproveita para agradecer.

Conselho de Turma 2

A reabertura da Estação de Metro de S. Sebastião, foi o motivo que levou à realização de mais um Conselho de Turma. Apesar do período de férias (apenas alguns membros se entretêm com uns trabalhos), foi convocado o Conselho e os seus membros que, com imenso sacrifício, mas imbuídos de um verdadeiro espírito de missão, resolveram reunir-se para analisar o impacto das medidas que tinham sido tomadas para minimizar os inconvenientes do encerramento desta estação. Assim a agenda era constituída por um único ponto:

1. Análise do resultado das medidas que tinham sido tomadas para minimizar o impacto do encerramento da estação da S. Sebastião.

A Acta transcreve-se de seguida e, de acordo com instruções recebidas do Mistério da Inducação, vai ser publicada na Internet, Internette e outras ettes, em formato compatível com o Migalhões (como não podia deixar de ser):

Aos 22 do mês Julho da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, reuniu-se o Conselho da Turma H da Esc-Hola Secundária número 1882 do Planeta Emp-Reza, na localidade de Santinha, presidida pelo Senhor Presidente do Conselho Executivo, com as presenças do Senhor Presidente do Conselho Geral e do Senhor Director das Turmas. Verificada a legalidade e legitimidade das presenças e respectivas representações e o cumprimento dos procedimentos legais da convocatória, o Senhor Presidente do Conselho Executivo, declarou aberta a sessão e iniciados os trabalhos.

A ordem de trabalhos tinha o ponto único:
1. Análise do resultado das medidas que tinham sido tomadas para minimizar o impacto do encerramento da estação da S. Sebastião.

Antes de se entrar no ponto único o senhor Presidente do Conselho Executivo pediu a palavra para propor uma investigação, com recurso à Polícia Judiciária, para descobrir qual o professor que se tinha referido, na festa de S. João, depois de ingerir mais de dois copos de sangria, à Rumba como sendo o Chá-Chá-Chá Gay. Era inadmissível que um elemento do corpo docente da Esc-Hola, mesmo entre colegas e na brincadeira, utilizasse essa palavra nessa forma depreciativa para se referir a qualquer assunto. A proposta foi aprovada, com o voto contra do Director das Turmas, que pediu para fazer uma declaração de voto e com a abstenção do senhor Presidente do Conselho Geral. O Presidente do Conselho Executivo invocou o seu voto de qualidade.

Passado ao ponto único da reunião, o Senhor Presidente do Conselho Executivo referiu que a prima da sobrinha da sua empregada doméstica estava, felizmente, curada do resfriado, mas dado o seu estado de profundo quebranto por ter estado com esse perigoso achaque durante dois dias, iria continuar a receber os vales de compras, do Corte Inglês, no montante de 50 euros paté ao final do ano civil, independentemente da estação de S. Sebastião I estar já aberta ao público. Imagine-se se a “piquena” não pudesse sair no S. António, ou até ir ver o concerto do Elton John, ou da Katy Perry, que traumatismos poderia o resfriado ter causado na pobre rapariga, vinda da província para casa do Senhor Marquês do Leva Tudo A Sério. É melhor nem pensar nas consequências desse infeliz acidente. Depois destas considerações e deste comentário final, foi proposto um voto de louvor à família da “piquena” que apresentado à votação, foi de imediato aprovada com um voto a favor e duas abstenções. Nada mais havendo a tratar foi dada a reunião como terminada, anexando-se a declaração de voto do Senhor Director das Turmas que passa a fazer parte integrante da acta.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Paradigmas do Turismo. A excepção confirma a regra

Recordo, há algum tempo, uma sessão sobre turismo alternativo (ou seria sustentável?), numa escola superior, cujo nome esqueci (o Al....). Ligado a estes lides, mas afastado das académicas, não represento por isso qualquer risco lectivo ou de concorrência, e talvez por isso lá se lembraram de convidar o Tio para falar de Turismo de Saúde.

Para introduzir o tema, lembrei-me de dar como exemplo de modelo já esgotado o célebre SSS (Sea, Sun and Sand), e como seria uma alternativa mais sustentável e diferenciadora, o LLL Lore, Landscape e Leisure.

Depois de enquadrar a mais valia diferenciadora do Turismo de Saúde, chegamos à fase das perguntas. Muitos alunos na plateia, alguns docentes. Uma senhora, percebi mais tarde que seria docente, pergunta-me qualquer coisa sobre o quarto S, o sexo, como variável importante no desenvolvimento dos destinos turísticos. Deduzi que este assunto seria recorrente, pela reacção da plateia...

Várias possibilidades me surgiram imediatamente para responder a esta questão. Acabei por encontrar uma reposta com alguma graça, do tipo sim, é importante, muito importante (pelo menos para mim, sublinhei), mas talvez não seja relevante para a escolha do destino. Toda gente achou imensa graça à piadinha, à insistência no muito importante e na mensagem implícita mas...

Não estava errado, mas não estava completamente certo. Pode não ser relevante para a escolha do destino e claro que é importante. Mas quem disse que o modelo estava esgotado é que se enganou.

Pelo menos na minha praia preferida, sem Internet, de férias do Toshas, a tostar ao Sol, com aquele Mar e aquela Areia tenho tudo o que preciso, e todos os LL que me lembrar...A começar por Luz, passando por Lima (da caipirinha) e a acabar na Lua.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sexo, função ou argumento?

É uma função real de variável também imaginária, com uma distribuição não normal, tipo curva de gozo.

“A soma das variáveis aleatórias independentes de média não finita e variância ilimitada é aproximadamente supranormal desde que o número de termos seja suficientemente grande”.
Sempre gostei muito de matemática e, de um modo especial, da inferência estatística. Continuo a estudar, a verificar na prática estes teoremas, como aluno muito aplicado nestas matérias.

Em distribuições binomiais, ao pequeno-almoço, o Raposeira Reserva Rosé Bruto continua a ser
o meu sumo predilecto...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Visão de Sábado. Ou Sexta?

Admiro as pessoas que conseguem ler na praia. Acho que a leitura devia ser incentivada e a praia podia ser o local para uma experiência piloto de sucesso educativo nesta área... Só consigo ler umas letras grandes de jornais, capas de revistas e etc, na vizinhança. Pena que os assuntos não sejam muito interessantes, agora que as Nereidas não aparecem tanto nas capas, substituídas que foram pela gripe dos porcos.

Descansava o Tio numa das melhores praias do mundo quando, não muito longe, vejo uma capa (seria a Sábado?) com o interessante título de “Nove dias inesquecíveis no Algarve”. As sugestões: apanhar sol numa praia deserta, jantar numa mesa posta quase dentro de água, banhar-se numa cascata, entre outras.

Mais longe, talvez na Visão: “Memórias da Minha Praia” era o título que me chamou a atenção, sobre uma fotografia de uma praia (pareceu-me o Vau, mas a distância...), aparentemente dos anos setenta.

E pensei (coisa que ainda faço, apesar de cada vez mais raramente) que nesta fantástica praia, onde não ia há uns anos (o que tenho perdido!) temos isso tudo... Até memórias...

E quanto temos este mar e esta areia, com essa vantagem adicional, para que interessam as recordações dos outros? E agora é só condensar isto tudo em cinco dias, meter no shaker, agitar e servir de imediato. Para a semana lá começa a guerra, outra vez.

Cascata? O Pego do Inferno também não é longe... O único inconveniente é que já foi descoberto por muita gente.

Como não podia deixar de ser, lá fui recolhendo informação para uns trabalhos de investigação científica, sobre temas relacionados com a praia, que espero poder transformar em posts para publicação quando chegar à cidade.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Desculpem...

Pois, lá vou para a minha casinha nas nuvens, ao pé do mar (lá dizem assim, em vez de perto ou "à beira").
Vou para a minha casinha no Algarve, sem internet, telefone, televisão e essas "modernices" indispensáveis no nosso dia-a-dia da cidade e das serras.
Sei que vou ficar com saudades de vos visitar, mas...prometo que regresso com forças redobradas!
Everygarve I say goodbye I die a little... Até breve. Adeus não!

domingo, 5 de julho de 2009

Jardim sem flor

Diz o povo que homem sem cornos é como jardim sem flores. Não vou divagar sobre a origem deste ditado, nem questionar a sabedoria popular, fundamentada na experiência, na vida autêntica e, blá-blá-blá.

Particular e publicamente, posso dizer que não sou particularmente adepto de canteiros muito floridos, uma relvinha curta (nada de grama que, pela sua natureza pode fazer cortes), bem aparada e cuidada faz mais o meu género. Podem chamar-me conservador se quiserem, mas a forma triangular (D. espero que leias este post) representa o equilíbrio, para além das vantagens óbvias no que respeita a sinalizar direcções e sentidos...

Voltando às flores e aos jardins de hoje, não percebi a razão de terem ficado tão zangados com o manelinho, só por causa daquele gesto. Até me pareceu, quiçá erradamente (ai Tio...), que havia alguma ternura, no enrolar da mão, com o indicador espetadinho para a frente, a simular, não uns cornos, mas uns chifrezinhos delicados, se tal houvesse.

Quem esteve calado, na brilhante citação do bife ou da maizena, ficou agora aborrecido por se ter referido ao animal que dá os bifes? E onde estava a voz da moralidade e da decência, quando foi o caso da manteiga ou do simpático endereçamento para o c****** do outro ilustre, santo e pudico deputado?

Sou forçado a concluir que de culinária pode-se dizer-se o que apetecer, mas jardinagem é um tema tabu. Tanto alarido, só por uns cornos... Quando, eventualmente, o objectivo do gesto era convidar o colega para a Primeira Corrida TV do Alentejo...Que mentes perversas. E o pior é que, por causa dessa interpretação abusiva, vamos perder uma flor desse jardim (não o perfumado)...

Não devia ser permitido. JAMAIS!!!!! (leia-se à francesa, por favor).