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domingo, 28 de abril de 2013

Dotes e tamanho


Desafiado para mostrar os dotes e ainda animado pelo espírito da tesão da semana passada (uff lá consegui dar a volta ao texto, como dizem no Porto), decidi mostrar alguns dotes.


Não é estranha a coincidência do post da Afrodite sobre aquele vegetal tanto apreciado? Não me refiro às beringelas, às couves galegas, aos melões, marmelos ou melancias, mas sim das courgettes. Falo das courgette… Falo da courgette, não! Pode ser mal interpretado... Refiro-me à courgette! 

Sim, são abóboras como a que mostro na imagem e que têm muitas utilidades. No meu caso só as uso para fazer um creme com brócolos, ou com outro vegetal verde. A ramagem que se vê é de um par de cebolas que também foram para a panela com a dita cuja, devidamente cortadas…

Sei que as courgettes têm outros usos, tenho visto aqui pelo blogosfera outras sugestões, como sejam as courgettes balsâmicas do famoso blog cinco quartos de laranja, mas nunca me tentei com essas novidades.

Tenho o maior cuidado com os vegetais que escolho para as minhas sopas e cremes. Os ingredientes, como os preliminares, são a base do sucesso... Divirto-me a fazer as compras e, sobretudo, a fazer esta sopinha pensando em comê-la depois… A sopa, claro.

Há uma mania de chamar uns nomes italianos e franceses às coisas. Detesto, acho uma mariquice. Uso os nomes que se devem usar. Se o nome é francês, uso o francês. Se é inglês, uso o inglês, como em bacon ou courgette. Nada de curgete, nem de zucchini, como tenho visto. Zucchini parece uma marca de aparelho electrónico de uso pessoal…

Assim fica o desafio dos dotes da Pseudo meio resolvido, para ficar completo falta só a receita…Talvez numa próxima. É bom deixar alguma coisa para fazer, até porque é fim-de-semana.

Uma perguntinha às meninas: Costumam tirar a casca às courgettes?


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cuidado com a língua. Ou com os dedos…


A língua, esse terrível instrumento de sedução a que já me tenho referido, e de que tanta gente em situações difíceis se serve, também pode servir afinal para fazer perder uma causa...

O velho ditado “enquanto houver língua e dedo … ” tem hoje uma nova formulação e uma dimensão que povo acharia impensável, mesmo com a mais vibrante imaginação (cuidado com as vibrações). O dedo tem, hoje em dia, vindo a substituir a língua ou, melhor dizendo, a língua tem vindo a ser substituída pelos dedos. Sim, sei que poderíamos usar estas duas ferramentas, potentes auxiliares da comunicação humana, afincadamente em conjunto com outra, mas não. Os dedos vieram e conquistaram o seu espaço próprio.

Esta tendência manifesta-se sobretudo nos mais jovens, mas tem alastrado a todas as gerações e a ambos os sexos. Não se pense que é exclusivo de um só sexo…Vejo com frequência senhoras já com idade respeitável a usar os dedos, dedilham afincadamente, muitas vezes com menos discrição do que seira de esperar. Os homens também dedilham, e bem, apesar de podermos ser sempre melhores, na opinião delas…

E a língua? A língua de Camões tem vindo a ser esquecida nesta nova forma de comunicação onde os telemóveis e os laptops e outros tops são cada vez mais frequentes. Acho inacreditável que se use uma mensagem para escrever uma coisa que podia ser dita, obtendo resposta imediata, mas compreendo os pequenos bilhetinhos de amor via text.

Diz o povo, sempre com razão, que pela boca morre o peixe mas, como falamos cada vez menos e teclamos cada vez mais, será agora “pelos dedos morre o peixe”? Pois que seja. O que e não quero é usar os dedos (e uso quase todos) para criticar o desgoverno do país e vir a ser escolhido para secretário de estado de qualquer coisa. Não quero, mesmo que fosse Secretário de Estado da Dança, porque a dança das cadeiras não faz parte dos meus gostos. Vejam as últimas nomeações e percebe-se do que estou a falar, perdão, a dedilhar. Escrevem uns post a bater no governo e ... zás, ei-los com cargos no desgoverno!

E se fosse ministro, já que dos socretinos aos coelhones e coelhinhos nenhum me tem escapado? Aí cito Augusto Gil, que vale a pena recordar sempre:

“Fiz asneiras abundantes e a maioria delas em verso rimado. Versejar na época recorrente é ridículo, é vexatório, é indecência fóssil. Todavia, há pechas mais degradantes: ser pederasta, ou rufião – ou ministro …. Perdoem-me o emprego desta palavra obscena.”

E eu não faço versos... Pior ainda!

PS: Este pedacinho do Augusto Gil foi tirado daqui. Para a semana volto para me dedicar à vizinha na varanda e prestar mais uma homenagem. À vizinha e ao Augusto Gil... Disse dedicar e não dedilhar. Repararam?

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Tese sobre a tesão, ou talvez sobre o sufixo...




O sufixo “ão”, é um sufixo aumentativo. Não sou especialista na Língua Portuguesa, nem em língua nenhuma e, menos ainda, posso ser considerado um linguista. Adoro a língua, mas não sou um fundamentalista no seu uso... Por isso, a análise que pretendo fazer à tesão, tem as suas limitações.
Também não pretendo fazer nenhum consideração sobre a beleza da tesão. A frase “este tesão é lindo”, apenas atestaria uma estado da dita, não indicaria grau de beleza nem a compararia com outra coisa qualquer.

Estranharão que use o género masculino e o feminino para me referir à tesão. É verdade que o Priberam (dicionário on-line que publicito) indica tesão com “s.m.”. Pretendem dizer com estas duas letras substantivo masculino, e não outra coisa qualquer que vos tenha - e a mim também - passado pela cabeça. Mas a verdade é que tesão não tem género. É masculina e feminina, se bem que, como palavra, se use em género diferente no norte e no sul. A palavra é apenas o signo, o significado é outra coisa.

Dizem as meninas que o tamanho importa. E o sufixo, apodo que se junta por trás, também traz alguma coisa de novo ao tema, aumenta-lhe o tamanho e, quiçá, a importância. Meter estas letrinhas atrás da palavra não muda tudo, como em caixa e caixão, mas muda muita coisa. Depois de metido o dito cujo, é um mundo novo que se abriu à descoberta…

Pois esta conversa vem a propósito da tesão que tenho hoje. Acordei com ela, já me tinha deitado com ela e estou a ver que não passa antes de ir para a cama. Se pudesse passava já para fim, para as conclusões, mas não posso. O tamanho pode ser importante, mas há que despertar o interesse, motivar o leitor prendê-lo em cada página… O que não está acontecer neste caso!!!

Se alguém me volta a mandar alguma tese com 600 páginas, perguntarei de imediato se há alguma mensagem subliminar no tamanho da tese, do tipo podes vir que eu aguento…

Pensando melhor, perguntarei se conhecem aquela velha máxima da sardinha e da mulher pequenina ou, na versão mais erudita, a propósito do tamanho das mulheres: as essências raras guardam-se em frascos pequenos… Que as mulheres têm fama de falar muito, é pacífico, apesar de não ser verdade, muitas vezes. Mas que escrevam desta maneira? Era preciso? Não me atirem com essas tesões todos para cima de mim, por favor. Um homem não é de ferro, mas também não é só _ _ _   Ou deveria dizer madeira para parecer mais erudito?

PS. Repararam na brincadeira do trás e do traz? Trás, Traz!

domingo, 14 de abril de 2013

A crise do sexo



Esta crise que se instalou nos nossos bolsos, aliada à chuva que teima em não passar (já não me lembrava de dois dias de sol seguidos), leva-nos a sentir alguma tristeza e ansiedade. Há até quem diga que os portugueses estão a ficar mais tristes e deprimidos…

Uma boa maneira de curar esse estado de tristeza é com sexo. O sexo nunca fez mal, só faz bem, quer na vertente terapêutica, quer na profiláctica, da prevenção dessas maleitas do espírito. Já a ansiedade pode provocar algumas perturbações na terapia… A ansiedade no sexo poderia ser tema de outro post, ou até de uma tese ou, melhor dito ainda, de uma dissertação porque, em tese, a tese deve ter um contributo original, o que no caso presente pode ser pouco relevante. Apetece-me escrever uma dissertação sobre o assunto…

Li há dias que com a depressão os portugueses fazem menos sexo. Erro crasso! E assim nunca mais saímos da crise… Com a depressão, mais vontade para essa terapêutica milagrosa. O título da notícia era qualquer coisa como “a crise chegou ao sexo”, que poderia também ser o título deste artigo do Times britânico.

Ora se as trabalhadoras do sexo no Reino Unido, fazem descontos de 50% no preço e ofertas em serviços, está fácil de ver que há nesta terapêutica também sub-contratados, parcerias público-privadas, genéricos,domicílios e idas ao centro de saúde. Acabaram-se foi as filas para ir mudar o penso, levar a injecção e para fisioterapia… Será uma questão de local? Será este um indicador fiável? Há alguma análise de regressão com estas variáveis?

Deve ser uma questão de língua...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O Buraco é oficial

São constantes as novidades do FMI, do INE, Eurostat, do novos comentadores político-televisivos com gloss (a ideia do gloss é da Miss Polo Norte), de velhos analistas, que nos levam a imaginar o pior no que respeita ao buraco orçamental. Nem a alegria gerada pela saída, mais que tardia, do D. Cespede, durou muito. Foi pelo buraco abaixo. A alegria e o dito cujo...

Parece mesmo que o buraco está a tornar-se moda, ameaçando qualquer réstia de alegria e esperança que teime em aparecer, lá no fundo dos nossos corações.

Não acredito que Marvão tenha sido o local onde o buraco viu a luz do sol, por se tratar de uma linda vila do Alentejo ou por estar na fronteira, mas o certo é que o buraco deu à luz, na cá na terra. São dezassete metros de largura e mais de cem de profundidade. Um senhor buraco, digno de um país como o nosso, com a qualidade de governantes que temos...

Dizem os geólogos que foi por causa de aluimentos subterrâneos. Um rio subterrâneo terá provocado o arrastamento de finos que originou a cratera. Tem tudo a ver connosco, qual sinal dos deuses, irritados com a economia subterrânea que arrasta tudo na sua voragem insaciável. Ainda não acontece com a economia o que acontece com a água, em que a quantidade existente à superfície é muito menor que a subterrânea, mas para lá caminhamos com esta carga fiscal e a tonteria de ideias como a dedução dos 5% do IVA suportado em cafés, restaurantes e etc no IRS. Já escrevi umas notas sobre esta ideia, só vou voltar ao assunto quando me faltarem menos de 20.000 euros de consumos. Assim que passar essa mítica barreira, volto ao ataque...

Irá este rio subterrâneo até à Madeira, onde corre, selvagem pelas ribeiras? Irá desaguar a algum offshore, como o BPN? Foi uma revolta do interior da terra pelo que lhe estamos a fazer à superfície?

Será que este buraco de Marvão os fará acordar e por os pés na terra? Duvido. Oxalá acreditassem que era um sinal...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ai a relva que se vai toda com a chuva...

Esta chuva permanente e constante já me irrita profundamente. Dizem que tem uma coisa boa, que lava muitas coisas. Deve ser verdade, a avaliar pela lavagem no governo...

A relva, como já é do passado, com o novo Acordo Hortográfico já não é grama. É gramei!

Agora irá para Paris, como o seu companheiro de estudos? Ninguém sabe, perguntemos ao vento ou à chuva, que a ceifeira não diz certamente...

Abençoada chuvinha. Venha mais!