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sábado, 30 de agosto de 2008

Surpresa

Estava meio deitado meio sentado numa cadeira de lona, na varanda, ao sol. Gin tónico pousado no chão, à sombra da cadeira e olhos fechados no relax quase total.

Ouvi a porta abrir-se e um dos barulhos mais excitantes que conheço, o dos saltos, chegou-me aos ouvidos e deixou-me atento. Não me mexi, para ver no que dava, apesar de me apetecer muito levantar-me.

Senti que estava muito perto de mim e que se abaixava para me beijar. Senti o aroma familiar do seu perfume que me acordou completamente. Senti o seu cabelo na minha cara e o seu beijo quente, nos meus lábios. O colar com peças de madeira contrastava em temperatura e produzia um ruído agradável. Esta combinação irresistível prolongou-se enquanto foi possível. Agora já não estava atrás de mim e podia vê-la, para além de a sentir.

A saia era ligeriamente transparente e deixava adivinhar alguma coisa. Pouca, mas alguma, como convem para deixar espaço para a imaginação...Há sempre lugar para a imaginação. O verão tem a vantagem de se usar pouca roupa e as mulheres ficarem ainda mais sensuais que o habitual. Teria acedido a um dos meus pedidos habituais? Fui sentido as suas pernas até perceber que sim.

Adoro surpresas de Verão!

Pulseiras e outros

Uff, de volta aos posts, que as férias já se acabaram e as saudades eram muitas. Não que não tenha gostado das férias. Claro que sim e que está na calha o post sobre o assunto. O sexo e as férias seria um tema interessante, como também a praia, a moda de praia vista na realidade portuguesa, enfim uma serie de items para serem vistos à lupa deste o vosso tio e primo.

Mas hoje o tema, não é moda, mas sim os acessórios, complementos, adereços da moda feminina, que outra não poderia ser, como as bijuterias, gargantilhas, diademas, tiaras, bolsas, colares, pregadeiras, brincos e pulseiras.

Não vamos perder a cabeça e concentremo-nos nos brincos e nas pulseiras apesar de outros dos mencionados serem igualmente sensuais. Há outros ainda que os acho de mau gosto e são usados frequentemente fora de ocasião, mas enfim é o que se vê. Uma gargantilha pode assumir contornos de grande sensualidade, mas não recomendaria o seu uso a metade das pessoas a quem as tenho visto. Diademas, tiaras e afins, talvez se encaixem nalgumas fantasias, mas não no dia-a-dia. Ainda bem que já não vou a casamentos e suponho que nas festas de divórcio também não se usem muito.

Nos brincos e anéis começa o jogo da sedução. Usam-se no dia-a-dia e bem, como sabem perfeitamente muitas mulheres. Outras não sabem, infelizmente, usar bem esse tipo de coisas. Usam-nas sem gosto, por tradição ou por outro motivo qualquer que não o arranjarem-se para si próprias, para alguém ou para algum momento especial. Ou é a rotina que também estraga tudo...Não sei.

As pulseiras representarão alguma coisa relacionada com submissão? É possível, como também é possível que o barulho seja excitante. Não sei mas vou estar muito atento em próximas oportunidades. Que despertam alguma coisa despertam, não sei pelo barulho, pela vista ou pelos dois. A mim começam a despertar-me pela mente, que é onde começa toda a sensualidade. Há algum tempo não gostava de as ver no tornozelo, mas começo a gostar, nalgumas situações. Despertam a atenção, sobretudo se forem discretas. Dependerá do tornozelo? Talvez também da perna e do pé...

Tudo o que é exagerado perde o sentido e a graça. Gosto de ver uma mulher bem arranjada, com gosto porque com mau gosto este tipo de acessórios podem prestar-se a alguns exageros, do tipo árvore de Natal. Aqui como nas máscaras, e em tudo o resto, depende sempre da situação em que é usado, de quem usa, como usa e porque usa.

Haverá algum mal nesse jogo de agradar ao outro, sem perder o seu horizonte pessoal de vista? Ou alguma mulher que não se sinta bem por se sentir apreciada? Alguém que não goste de agradar ao outro? Ou de se sentir bem consigo próprio? Eu adoro esses jogos...e quem nunca foi mimado ou não deu uns mimos desses, ou ficou agradado com um pequeno gesto feito parsa si, ou quem nunca se arranjou a pensar no outro ou em si mesmo que atire a primeira pedra, mas contra si próprio, se faz favor, e não para os outros. Se não tiver coragem para isso, atire ao seu espelho. Não tem o mesmo efeito mas talvez ajude a acalmar.

E os anéis? Hummm.... Tenho que voltar a este tema. Beijinhos.

sábado, 16 de agosto de 2008

Introdução à Astronomia

Já tenho falado (e escrito, uff) tanto sobre a galáxia Ti – U, que me sinto na obrigação de a descrever. Ou pelo menos o sistema Solar de Sossaia-ti, que é o que nos interessa. Este sistema Solar, tem no centro uma estrela, com o nome simbólico de Ti. Dela emana a energia necessária para a vida no maior planeta habitado, o planeta Te-Rra. Este planeta por uso excessivo de recursos naturais tem apenas duas zonas habitadas, duas megacidades, de acordo com os padrões da nossa querida Terra (não confundir com Te-Rra), a Emp-Reza e o Dzem-prego. No que respeita a classes sociais o sistema é confuso. Há a casta dita superior, os autodesignados Ti-Us e os Ou-Tus. Os Ou-Tus são todos os outros que não pertencem a essa teia de conhecimentos e contactos, como os Oliveiras, os Silvas, os Santos, os Ramos, ou Campos com o devido respeito pelos nomes de família. Ninguém perguntará ao Oliveira: o seu paizinho era o Senhor Oliveira, da mercearia na Rua do Lá Vai Um, sem número? No entanto da combinação destes nomes podem resultar perguntas completamente diferentes: Conheci um Oliveira dos Santos que foi director de Private do Banco Tiraatodos-umpouco SA...

Ainda ontem experimentei esta situação e funciona lindamente: O Bernardo S.-O, advogado é seu...Resposta imediata: Primo direito. Podem experimentar que resulta. Se não estiverem absolutamente certos de ter conhecido a pessoa em causa, podem sempre hesitar um pouco (a memória é traiçoeira...).

Os Ou-Tus, também podem passar para a classe dos Ti-Us, por casamento (neste caso vender bem vendido o suor da p.., como dizia com graça um tycoon têxtil do Vale do Ave), com meninas das famílias Ti-U, por súbito enriquecimento ou quando vão morar lugar muito interessante e destacado em Emp-Reza. Nestes casos, para serem mais facilmente aceites, estes novos Ti-us são ainda mais chagas que ou de tradição. São umas pragas, como já referi por várias vezes. É tal tipo do Porto que pede uma “Vica” quando quer que lhe sirvam um café...

Está aí o Verão e tudo vai piorar um pouco. Só de pensar na “rentrée”, já me apetecer ir de férias em Setembro e regressar em Novembro. Novembro também não é bom. São as histórias do ski, mas sempre se aturam melhor.

Boas férias a todos! E até breve...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A última promessa

Depois de tanto tempo ausente e cheio de saudades, o meu avatar lembrou-me desta última promessa. Então e o post sobre o artigo que ainda não leste com o sugestivo título de “A Internet é um baile de máscaras”? Cá vai, não no afã de concluir tudo antes das férias, mas na ânsia de não deixar esta promessa por cumprir.

Vamos à função, à forma e depois ao conteúdo... Foi uma frase construída com o intuito de chamar a atenção. E nesse sentido, atingiu plenamente os objectivos para que foi escrita e destinada. Pelo menos comigo e, certamente, com muitas outras pessoas. Tratando-se de um “headline” a forma tinha que ser adequada, e dai o ser tão sintética, afirmativa e positiva. Não se pergunta, não se nega. Afirma-se. Aí está. Não poderia ser mais sucinta ou sintética.

O objectivo destas linhas não é a análise morfológica ou contextual, antes sim quero servir-me deste pretexto, como já perceberam, para divagar sobre o tema. Com estas premissas, vamos então ao conteúdo. A situação é mais complexa, porque pressupõe diversas atitudes, significados e significantes (ui, ui, ui…).

Ao dizer-se que é um baile de máscaras, afirma-se a diversidade de fatos, disfarces, de máscaras e, indo à raiz, de “personas” e então chegamos à diversidade de personalidades. Diversidade, significa mais do que quantidade. Significa diferença. E certamente assim é. Não somos todos iguais e ainda bem, acrescento modestamente: O que é a personalidade senão uma personagem que trazemos connosco?

Já um pouco mais subjectiva e complexa é a interpretação do baile de máscaras ser um engano. Ou que estamos num baile de máscaras porque pretendemos enganar alguém. Sem dúvida que não queremos ser totalmente verdadeiros e eu que passo a vida, como muito boa gente, nestes bailes sinto que não estaria a ser correcto se dissesse que esse enganar é verdadeiro. É verdadeiro no contexto desse baile e dessa personagem. Fora dele não faz nenhum sentido. E esta acha que é uma regra básica destas fantasias. Só valem no local próprio e na hora própria... E todos os participantes conhecem estas regras.

Enganaremos mesmo alguém que não queira ser enganado?

Se alguém for a um baile de máscaras por engano não pode sair de imediato? Certamente que sim...Pergunta-se então porque não sai? Obviamente porque também quer entrar no jogo... E se entra no jogo também quer enganar e, naturalmente ser enganado...

E acho que assim resumi o que queria partilhar sobre este tema numa abordagem inicial.
Todas as máscaras são válidas desde que se perceba que estamos num baile de máscaras. Haverá alguém que não perceba?

Ou seja, não é preciso pedir o BI, basta apenas não misturar o jogo com a realidade, ou a personagem com a pessoa. No caso talvez o avatar e o autor, que andam cada vez mais confusos.

Adoro o Carnaval, em qualquer altura do ano e em qualquer lugar!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sexo sem compromissos

Andava para trazer este assunto à baila há já muito tempo. Não o sexo propriamente dito, de alguma forma sempre implícito, mas o dito sem os designados compromissos habituais. Não poderia sintetizar melhor do que a frase dá título ao artigo e esta pequena nota. Um toque ali, outro aqui e assim por diante que não somos santos nem pecadores e nada de falar no assunto.

Até que o o pretexto final foi mesmo a Máxima. “À flor da pele”, chama-se o Editorial, da responsabilidade da Directora da Revista e que referi em nota anterior (vou descobrir o mail dela e felicitá-la pessoalmente). O artigo foi publicado na mesma revista que também já referi, onde prometi abordar aqueles três temas, todos tão próximos. Deveria dizer, tês temas, setão a ver...

Começa o artigo em questão por dar uns conselhos, exactamente iguais aos que dávamos á rapaziada mais nova e que recebíamos dos tios (verdadeiros) e primos mais velhos, sobre as atitudes a tomar com as namoradas. Obviamente negar sempre e tudo em todas as circunstâncias, mesmo que apanhados em flagrante delito.

Depois antes de chegar ao conselho final, conta a história de um homem que troca uma vida estável por um romance de um dia. Pelo que deduzi, separou-se e casou-se outra vez. Francamente...Nem digo nada, mas ao ler estes parágrafos de conselhos para mulheres que não me eram dirigidos, percebi que finalmente estamos em igualdade assumida. Mais do que dizer até que enfim, apetece dizer que o jogo da sedução se joga de muitas formas. O não dizer a verdade, completa, fria e sem graça, também é uma delas. Nesse jogo acho que temos mesmo que receber umas aulas das nossas queridas e adoráveis mulheres.

Qual o interesse de arranjar uma justificação supostamente baseada num amor/relação de longo prazo para uma situação que se pretende curta e no imediato? Bolas, até parece que estamos a trocar de papéis e são as mulheres que nos vêm ensinar a ser o que é suposto e tradicional sermos. Podem pensar o que quiserem porque não digo nada.

É como querer transformar a vida dos nossos avatares na nossa vida real. Para quê? Alguém perguntava, com carradas de razão.

Não sei se as revistas de homens (também não as leio) fazem este tipo de aconselhamento, talvez sim e começo a pensar que até são necessários...

Este foi provavelmente o melhor artigo que li sobre esta temática e até que enfim que se diz o que deve ser dito sem rodeios e subterfúgios hipócritas.

Só me resta dizer que o preto lhe fica muito bem.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Cozinhar é sexy...

Estava difícil voltar a casa, depois de uns dias de ausência, a experimentar outros cozinhados. Estava hoje mesmo a pensar nesta questão dos cozinhados, quando na Comercial, no programa da manhã se falava dos gastro-sexuais. Dizia-se até que a moda, depois dos metrosexuais era ser gastrosexual. E explicavam: são os homens que cozinham, com o objectivo de seduzir e de conquistar. E adiantam mais: São homens que cozinham em ocasiões especiais, com o único objectivo do romance. Oram vejam só, que agora já deu em moda! Não que isso me dê alguma alegria, saber que há outros do mesmo género, mas quem escolheu o nome de gastro-sexual deve gostar de cozinhar ovos cozidos ou Nestum com mel para as suas namoradas. A propósito, tenho recordações bem agradáveis de fins-de-semana sem sair de casa a comer Nestum (com mel, claro), com umas gemadas dentro para ficar com mais substância e cor. Enfim, vida de estudante...

O nome é feio e incorrecto, mas o conceito está certo. Gastro remete-nos para doença do aparelho digestivo ou, no mínimo uma sugestão de comer por comer, ou empanturrar, o que não é, de todo o caso. Não poderemos nós, sem ser por pura afirmação de masculinidade, mas apenas pelo prazer da sedução fazer uns pratinhos sofisticados para as nossas queridas mulheres? Dêem-me um pretexto, nem precisam de insistir muito, e aí estou eu de livro de receitas na mão e copo de vinho na outra a esmerar-me. Não sei porque, mas a preparação, todo o cerimonial associado à cozinha deixa-nos muito mais preparados para a sobremesa...

Este artigo da Máxima veio mesmo a propósito, pois ainda esta semana ofereci o “Carnet de la Cambuse”. Com aguarelas do Pratt e receitas de Michel Pierre, este livro fantástico leva-nos para um futuro (ou já presente para quem puder) de estilo vida tipo Corto Maltese. Quem não o desejaria? A ideia de o oferecer foi uma sugestão, uma promessa, uma garantia de mar e aventura, com forte sabor a risco. Haverá aventura sem risco? Não será que vamos desenvolvendo o nosso gosto pela experiência de diferentes sabores, alguns nem sempre agradáveis? Será por isso que vamos deixar de provar os nossos cozinhados? Claro que não.

A vida faz-se de muito mais do que certezas. A cozinha, é como um laboratório da vida real, e eu não gosto muito de ensaiar experiências. Gosto de experimentar.

E agora vou levantar ferro, que a maré está aí...