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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Receita de Brownies

Inspirado pelo fim da quadra natalícia, resolvi meter mãos à obra e fazer um docinho para animar a casa e continuar a ingerir mais calorias do que o necessário. Também não é despicienda a ideia de que o chocolate faz bem à alma e mais vale prevenir do que remediar. As carências afectivas não são excepção a esta regra…

Começo pelo fim, pela forma de servir.

Pensei que talvez não fosse pior acrescentar umas natinhas batidas e vai de agarrar num pacote de natas Mimosa (da concorrência, mas se clicarem no link recebo 10 cêntimos), começar a dar ao braço e ir juntando açúcar. O açúcar a mais nunca fez mal aos doces nem ao colestrol …

Vamos então ao modo de preparação:

Deitar o conteúdo do pacote na batedeira, juntar um ovo inteiro (sem a casca), juntar 125 ml de água e 100 gramas de manteiga e bater durante 3 minutos numa velocidade rápida, em seguida verter a massa na forma que previamente construiu com as aulas de trabalhos manuais ou com a cadeira de Construções Civis da Licenciatura em Engenharia Civil de uma Universidade que não figo o nome. Polvilhe com os pedaços de chocolate que vêm no saquinho de celofane branco.

De seguida leva-se ao forno, previamente aquecido a 180º (duas vezes noventa) durante 25 minutos. Deixe arrefecer, retire da forma, desdobrando as laterais e corte em pedaços. Sirva com o chantilly. O que sobrar pode ter outras utilizações mais divertidas.

Tenho que dizer que escolhi esta sobremesa porque a embalagem me pareceu a mais cheia da prateleira do Lidl. Contrariamente às outras, que parecem meias vazias, esta era pesada e parecia que estava a rebentar e, muito importante, dizia que não precisava de forma, porque já a trazia dentro, o que confirmei depois. Também pesou na decisão a preparação, muito simples como se viu. Faz um vistão, é da marca Belbaker, deve ser a marca própria do Lidl, custa menos que 3 euros e os Brownies são deliciosos. A caixa tem uma cor creme, com letras a azul-escuro, é fácil de encontrar. A forma é pequena, cabe naqueles fornos eléctricos que parecem de bonecas, mas que dão um jeitão lá em casa para fazer aqueles pratos que não são de ir ao microondas (desenvolvam lá essa tecnologia, porque é mais rápido).

Podem também arriscar em fazer esta deliciosa sobremesa, com uma receita mais tradicional, usando chocolate a sério, leite etc. Nunca experimentei, mas deve ser bom. Aqui fica uma sugestão roubada na blogosfera.

Depois digo o que fiz com as natas batidas…

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O acuerdo urtográfico

Tudo me leva crer que nunca aceitarei esta treta dos diretos, das ações, dos fatos, mas não sei como vai acabar o filme. Mal já começou, com os órgãos de comunicação social a usarem essa grafia desde o início do ano e a assembleia da república, com letra minúscula como janeiro a não fazer caso da petição de mais de 100.000 portugueses que se manifestaram sobre o assunto. Mais um exemplo do respeito que os órgãos de soberania têm por quem os elege e lhes paga os ordenados e mordomias.
Até agora tenho sempre publicado textos originais, ou quando cito algum excerto revelo a fonte. Desta vez não posso, mas deixo-vos algumas pérolas de um manual do professor, numa escola onde estou a leccionar (desculpem, mas cada vez gosto mais desta palavra, um tanto ou quanto retrógrada). As saudades das aulas eram tantas que não resisti, mesmo depois de ver os 20 modelos de documentos de planificação, ler as minhas tarefas e, sobretudo, conhecer as regras da casa:

… professor deverá proceder há sua restituição do livro de ponto…
...que se encontrão no dossier…
...á chave…
…á aula…
…á direcção..
…devido há falta de cuidado…


Fiquei depois a pensar se, com a da desconcentração do poder central (outra pérola que ouvi há dias), cada região ou region terá a sua forma de escrever própria. Ou será a Hautonomia Pedagógica? Ficaria tudo mais simples…

Ah simplex educativo! Que novas me trazes…

Pensemos pela positiva: Gosto de dossier em vez dessa mariquice do dossiê, ou dociê, como já vi. Gosto do professor, em vez do formador mas, sobretudo, gosto dos alunos e das actividades lectivas e académicas, apesar destes últimos ministros da inducação fazerem o que podem para me desanimar…

E os representes dos professores também, mas já o disse tantas vezes que não vale a pena insistir no tema. Era porem-lhes uma turma à frente e umas fichas de planificação de aulas para preencher, que o problema ficava resolvido.

Beixos e abrassos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Nobre voto, voto nobre

Recordei, e desta vez com nostalgia, a sofreguidão pelo voto. Não a sofreguidão dos políticos que vendem o pai, a mãe, a família toda e projectos de maisonettes em Castelo Branco e noutros locais, alteram PDMs, que conseguem reformas para as avós, internamentos em instituições para tias velhinhas, e tudo o que se possa imaginar, pelo voto do cidadão quase anónimo que salta para ribalta das atenções políticas quinze dias antes das eleições. Falo da sofreguidão do povo, dos cidadãos anónimos, que passavam verdadeiros sacrifícios para exercer o seu direito de votar…as imagens dadas pelo preto e branco da televisão, pareciam mais tristes e o sacrifício de quem esperava horas em filas, parecia maior. A mim afigurava-se como gigantesco, épico até…

Hoje começo a pensar que essa sofreguidão do final da década de setenta e nos anos 80, se deveu à imagem, realidade para muitos, da dificuldade de exercer esse direito durante muitos anos, ou à constatação de que nessa altura talvez fizesse diferença cada um dos votos. Que o voto de cada um contaria, que seria importante…

Hoje não tive dúvidas que valeu a pena o esforço de tantos que colaboraram nesse primeiro recenseamento eleitoral, onde milhares de pessoas afluíam a Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, etc, para dar o seu nome, para se inscreverem para votar.

Hoje senti-me livre. Livre de engolir sapos, livre, de tretas como o voto útil, livre de preconceitos como os que têm surgido a todo o momento durante a campanha, livre de não participar em sondagens, livre de acreditar que o voto pode ser uma lição para muitos.

Hoje fartei-me de tabus, de nãos que podem ser sim e de sins que podem ser nãos, de nims, de salvadores da pátria, de pessoas únicas.

Hoje fartei-me também de democratas que alegremente querem uma regra para eles e outra para os outros, que têm a igualdade na boca, os cohibas no bolso e a perdiz à mesa do jantar.

Hoje fartei-me de teclas 3, defensores do contra, de pessoas que se afirmam pela negativa, por ser contra qualquer coisa. Fartei-me de demagogia.

Hoje lembrei-me do que escrevi a propósito de esperança. E de esperança adiada


Hoje senti que o voto pode ser nobre!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A quinta emenda

As primeiras emendas foram para a Caixa, os Açores e os Hospitais (para alguns lugares, claro).

Depois vieram as promoções na Segurança Social e os Magistrados. Mais excepções.

Agora prepara-se outra, mas desta vez, para variar, é para uns pobrezinhos que são muito sacrificados. Segundo o senhor brasileiro que veio meter a ordem e progresso (ou será este o lema do país de origem do dito?) na empresa que anda com o pessoal no céu e os clientes no inferno, se não houvesse aumentos, os trabalhadores ficariam a ganhar menos, este ano, do que há cinco anos atrás, e viveriam pior… “de acordo com contas simples”…

Ora assim é que cê está falando certo, mermão (pronto, lá cedi ao acordo). Temos que viver pelo menos melhor do que há cinco anos… Eu ia mais longe, até: Temos que viver melhor do que há dez anos atrás! E tem que ser já em 2011, puxa vida, que saco, não é cara?

Vamos ver o que vai acontecer quando começar uma pressãozinha.... Do pessoal da Groundforce já ninguém sabe. A Portway resolve o problema, né cara?

E tenha-se ou não razão, a falta de transparência nas decisões e a forma como são divulgadas as notícias, não é aceitável. Adorava que os nossos gestores púbicos e público-privados fossem para um atol no pacífico, gerir as experiências nucleares, mas in loco. Ou então, se são assim tão bons, porque não vendê-los como a qualquer jogador de futebol? Empresários e gestores de bancada não nos faltam! Esqueçam as exportações de bens. Vamos exportar governantes e quadros superiores, sff. Aproveitemos a época dos saldos, ó galera, aí!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vantagens do acordo

Sempre ouvi dizer que mais vale um mau acordo que uma boa demanda. Até concordava, pelo arrastar de situações até ao cansaço ou à obsolescência dos motivos que, eventualmente, nos levariam a litigar. Até que surgiram estes dois, o da bonita cidade italiana e o da Hortografia, com h, porque vem de horto, neste caso concreto, terra de cultivo, onde as más ideias germinam, florescem e dão origem a matagais de ignorância e a florestas de estupidez.

Mas, eis que pelo oráculo da SIC, enquanto tomava café, veio a luz! Uma só palavra bastou para que me tornasse um feroz defensor dos ditos cujos (não pronuncio o nome, à semelhança do computador azul, outro fruto deste status quo). Recordei de imediato os bons tempos em que dedicava às actividades lectivas, e também as praias do país irmão, onde abundam as bundinhas firmes, que se enchem de celulite mal chegam, para ficar, ao jardim irmão plantado deste lado do atlântico…

Como se não bastasse o oráculo, pretendi falar na redução mamária, perdão, na redução do deficit, aquela coisa para além do qual havia vida, mas parece agora que só se for vida anaeróbia, porque ar é coisa que não existe por cá. Tiram-nos ar a pouco e pouco…
 
A palavra mágica em letras brancas sobre o típico fundo vermelho, sintetiza de forma tão brilhante o conceito, que nem quis saber do resto da frase. A empregada do café é que deve ter pensado que me deu um ataque de qualquer coisa má, tal foi a minha expressão de surpresa.

Quanto mais simples é o conceito, mais poderoso e, neste caso, não acredito num acaso, ou em qualquer devaneio do destino. Foi premeditado, de certeza. Como é possível que não fosse?

Subsetor, é a palavra que me fez vibrar de alegria e perceber, finalmente, as potencialidades desta fraternidade, deste ecumenismo cultural em torno da língua portuguesa e das licenciaturas de três anos, com dissertação incluída.

Setor, é o nome pelo qual os alunos chamam (provavelmente passará a ser chamão) os professores, num estágio imediatamente anterior ao de profe. “ O meu setor de Marketing é muito simpático e está sempre a dar exemplos de empresas reais”, era um tipo de frase que se podia ouvir, a propósito de um professor dessa disciplina. Um setor de actividade não é um professor no activo, mas sim um segmento profissional… Um subsector, estaria englobado num determinado sector. Um sub-tenente é um posto abaixo de tenente. O dito acordo veio democratizar estas diferenças e resolver uma questão extraordinariamente difícil: Como distinguir os licenciados pré-Veneza e pós-Florença? Com a palavra mágica SUBSETOR, um professor licenciado pelo acordo de Siena, com um milagre de Assis, em dois anos!

São licenciaturas, meu senhor, dirá a princesa de Inducação, quando lhe perguntam o que leva no regaço…

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mindset list (Tiology)

À semelhança do que se faz em Beloit, na Faculdade de Tiologia foi elaborada uma Mindset List, construída através de intensa pesquisa com alunos. Esta lista vai ser actualizada todos os anos, de acordo com António Bernardo Risos, Pró Reitor desta famosa faculdade.

A relação que a seguir se apresenta teve como amostra os alunos de Tiologia (insisto que esta palavra não tem nada que ver com o acordo ortográfico), nascidos no ano de 1992, que vão votar pela primeira vez em 23 de Janeiro de 2011.
  • Sócrates andou na faculdade, estudou e fez uma licenciatura como toda a gente,
  • Durão Barroso foi para Bruxelas, por interesses nacionais, para melhor servir o seu país
  • Cavaco Silva comprou acções da SLN para estimular a economia,
  • O Pinóquio e o Sócrates eram os gémeos filhos do Gepeto,
  • O Pinóquio, com ciúmes do irmão tentou envenená-lo com sicuta.
  • Vítor Constâncio foi para o Banco Central Europeu, para ajudar Portugal a sair da crise
  • Nenhum gestor público tem o ordenado superior ao do Presidente da República
  • António Guterres foi o Primeiro-Ministro que acabou com a miséria em Portugal
  • O Tio do Algarve é o personagem central dum filme de Alain Resnais
  • Francisco Sá Carneiro foi o primeiro português a atravessar o Atlântico Norte de avião e por isso deram o seu nome a um aeroporto.
  • As Santanettes foram um grupo de música pop que chegou aos TOPs na década de 90
  • Lili Caneças foi a Ministra da Educação que colocou a CARAS como leitura obrigatória dos candidatos a socialites.
  • Jorge Nuno Pinto da Costa foi o líder da revolta que levou à Monarquia do Norte e à mudança da capital para o Porto (este movimento foi abafado pelos sulistas e imperialistas chefiados pelo General Paiva Couceiro, que voltaram a levar a capital para Lisboa.
  • A universidade mais antiga de Portugal era a Independente, mas como não se vendeu ao poder, foi fechada pelos fascistas e imperialistas
  • Defensor de Moura, escolheu esse nome profissional porque acabou com as touradas em Portugal e em Viana do Castelo, mas não em Moura. O seu gosto pela faena levou a que se candidatasse a Presidente da República, contra os inimigos dos animais.
  • Armando Vara foi atleta de salto em comprimento, mas no seu longo percurso académico acabou por se tornar campeão nacional de salto à vara. Daí o nome.
  • A redução de ordenados na função pública foi provocada pelo governo de Fernando Nobre, mas felizmente o governo de José Sócrates conseguiu impedir que se aplicasse a todos. 
Aguardamos com grande expectativa os próximos trabalhos desta Faculdade…

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Chá, Canasta e Boa Comidinha, vamos brincar à caridadezinha

Ou íamos brincar à caridadezinha, porque agora a situação mudou. Acabaram as festas com fins beneficentes, estão em vias de extinção as quermesses, canasta já ninguém joga e chá falta a muita gente…

Recordo-me vagamente da ironia desta canção e apesar de me lembrar do refrão, não consigo descobrir quem a cantava. Alegremo-nos, porque hoje temos outro refrão, slogan que, apesar de não aparecer em nenhum headline, faz parte do nosso imaginário colectivo: Bagaço, Sueca e Punhetas de Bacalhau, que substituíram, com grande vantagem, a anterior e obsoleta forma de mostrar solidariedade, também rotulada e condimentada com hipocrisia qb. Agora temos a solidariedade verdadeira, autêntica, genuinamente popular e democratizada pelo uso generalizado do telemóvel.

Basta ligar para um número qualquer e só custa 0,60 cêntimos. Tão fácil como votar para os ídolos, que toda a gente conhece, ou participar nessas “sondagens” demagógicas, que finalmente foram regulamentadas. A única coisa que teve de bom essa “metodologia” de recolha de “dados” foi a ironia de mostrar num concurso (?) qualquer, que os portugueses (que votaram) consideram que Salazar foi o melhor português de sempre.

Depois deste devaneio, voltemos às nossas suecas, ou às Punhetas (de bacalhau). Apesar dos anunciados 60 cêntimos, o correspondente em moeda antiga a 120 escudos, na realidade o custo desta simples acção de caridade são 73,8 cêntimos, provavelmente arredondados para 74, uma vez que o IVA, não incluído nessa tão meritória intenção de solidariedade, são 13,8 cêntimos…Bem, sempre compensa, é um 2 em 1. Parte para o Teixeira dos Bancos (que saudades do Contra Informação), para ser desbaratado pelo nosso governo e sempre vão os 60 cêntimos para quem precisa…

Nada disso! Então e o custo da operadora? Era o que faltava, quem quer fazer solidariedade, que o faça à sua custa, não das empresas de telecomunicações, pobrezinhas, também sempre a precisar! Então, os 60 cêntimos lá se dividem entre a solidariedade e a operadora… Na prática é um 3 em 1. É a gozar? Não, infelizmente é a sério e por isso prefiro um chazinho, uma canasta com umas Tias, velhinhas, e uns bolinhos de manteiga. Cupcakes, chamadas de valor acrescentado e tretas dessas, não obrigado!

Este arrazoado vem a propósito duma campanha de solidariedade, em que se diz, com as palavras todas que o dinheiro que transferirmos para uma determinada conta, vai integralmente para a instituição referida e que o banco não cobra comissões pelas transferências realizadas…

Haja esperança, pode ser que haja mais destas! E, na falta dos biscoitos para o chá, aqui fica uma receita das ditas Punhetas de Bacalhau, que se recomendam com vinho tinto.