Não sei como (atracção fatal?) lá me encontro naqueles braços outra vez. Depois da experiência com aqueles compassos tão ritmados do Passodoble, ter corrido tão mal e ter percebido na altura que no Tango não íamos a lado nenhum, ai estamos nós, de novo na mesma situação, mas sem a marcha militar para abrir, ou tirar o apetite.
Tango. Refiro-me ao ritmo e à dança, não ao nome usado no Porto para designar uma mistura de cerveja com qualquer coisa encarnada. Em vez da cereja no topo do bolo, estragam as duas coisas. A cerveja e a groselha. Enfim, talvez a bebam por impulso, como foi este caso. Ou será da semelhança dos signos cerveja e cereja e da confusão com a groselha? Coisas estranhas.
Como na gestão ou em qualquer outro lado, na dança é fundamental que alguém dirija os trabalhos. No tango é um imperativo assumido e aceite (julgava eu). Não podem ser dois em simultâneo. Não funciona e dá asneira, mais tarde ou mais cedo. Assim acontece nas empresas, quando se querem inverter os papéis. Seja em que nível for, cada um tem um papel e é esse papel que deve assumir.
Felizmente diagnostiquei bem a situação. É verdade que a experiência anterior me ajudou e assim, nos primeiros compassos, lá fui lutando pela liderança, papel que achei ser meu.
Lá para o sexto compasso, no swivel, lá consegui impor-me. Uff... Estava difícil, mas como só há dois papéis e duas atitudes, é mais fácil que nas Lutas Marcianas. A diversidade de ritmos e de papéis é tão grande, que se deveria combinar antecipadamente, no início das reuniões os ritmos a abordar.
Mais do que estatutos, resume-me a nossa acção a desempenhar papéis Sermos nós a escrevê-los é um privilégio cada vez mais raro, no estado actual da Ingestão. É preciso lutar por isso e ando cada vez com menos paciência, o que é uma maçada.
Do mesmo modo que o Tango não está nos pés mas sim no coração, também a liderança não está no estatuto, está na pessoa... Mas é sempre melhor ser diplomata vencedor que guerreiro derrotado, acrescentaria como a querer fazer filosofia.
E o Tango? Acabou bem e para a próxima será ainda melhor, de certeza, porque diplomacia não implica ceder ou abdicar do que é seu. Talvez seja sim uma via interessante e diferente para se conseguir um objectivo...
Vai um quickstep para animar a festa? Pois seja! Hoje danço qualquer coisa.
Huuuummmm... Este post é sobre o tango ou sobre a mulher com quem o dançaste?? ;)
ResponderEliminarÉ mesmo isso Malena!!!!
ResponderEliminarE obrigado pela visita.