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sábado, 5 de julho de 2008

A Porta, a Janela e o Puzzle

Estes blogs são como portas que se abrem para outros mundos virtuais, que às vezes se vão realizando. Entenda-se por realizando duas coisas distintas. A primeira delas tornarem-se reais, com o virtual a passar crescentemente para a realidade do dia a dia de cada um. Na segunda vertente, deve entender-se como a realização, concretização de projectos, sonhos e desideratos. O tio hoje está virado para a metalinguística ou terá por meta dizer qualquer coisa?

Eventualmente na maior parte das vezes nada se vai realizando, fica-se no mundo virtual do secondlife e, como alguém tão bem disse, se se está tão bem no virtual, porque aproximá-lo do real? Nesse caso de não realização fica o sonho, o projecto, a ideia, a promessa...
A desconfiança nestas portas às vezes é grande e não é fácil abri-las, menos ainda as que achamos que devíamos abrir, para nos levarem para outras realidades diferentes. Entrar também é sair e, para sair temos de entrar, parafraseando os Genesis da minha geração que, para quem gosta, é sempre bom ouvir de novo. Entrar num mundo diferente é sair da rotina, é procurar aquela chama que às vezes nos falta no dia-a-dia da nossa realidade...

Não pensemos em fugir, antes sim entrar noutra realidade, desde que não seja o planeta Ti-U, que já prometi descrever e em cuja órbita nunca gostei de navegar.
Que fazer para diminuir o risco de abrir a porta? Falar com a porta fechada, por vezes encarnando outras personagens que não os próprios, é o mais habitual. É a idade, a localização, os gostos, etc, etc etc. Outra possibilidade, muitas vezes usada nas casas verdadeiras, é colocar um pequeno óculo, donde se espreita, sendo que a personagem que está no interior, não se deixa ver. Vê-se ser visto. Enfim há quem goste e há quem tenha alguns fetiches com essa situação...
Nas casas antigas havia um postigo, pequenino, onde quem estava do lado de dentro via quem batia à porta. Hábito saudável e justo, que também permitia a quem estava do lado de fora antever, um pouco, o interlocutor. Ambos se sabiam observador e observado. Estes postigos mais não eram do que janelas, para se antever um pouco o que, eventualmente, se poderia seguir.

Há tempos bati a uma destas portas, sólida, de boa madeira e muito bem arranjada. Para minha surpresa abriu-se um desses quadradinhos e pude ver um pouco de quem me via. Para ver usa-se a vista, mas quem está de fora mais que uma parte de um rosto, vê um olhar...
Talvez fosse uma janela que se abria para uma nova perspectiva...

Gostei tanto do que vi que não resisto a construir o resto do puzzle a partir dessa primeira peça. A imaginação prega-nos partidas, mas iria jurar que noutro tempo ou noutro lugar, já tinha tido a possibilidade de ver aquele rosto e aquele olhar já me tinha feito sonhar...

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