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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Arquitetos e arquitetas

Depois da modesta, mas clara e concisa, explicação sobre tetos e tetas, eis que julgo haver necessidade de clarificar outros dois conceitos relacionados: O de arquiteto e de arquiteta, que de forma alguma se podem confundir como as parónimas, Arquitecto e Arquitecta. E quem disser que são homófonas, fica já excluído da guest list cá da casinha….

Sabendo que o prefixo “arqui” é um aumentativo, a explicação é simples e o significado fica ao alcance de todos…Uma arquiteta é uma teta muito grande, quiçá como tem acontecido na nossa república de Los Plátanos, para muitos filhos queridos. Arquiteto, como o nome indica, é um teto de grande amplitude, como tento mostrar na frase seguinte: “O teto salarial dos operadores de caixa das grandes superfícies é pequeno, contrariamente ao arquiteto salarial dos gestores de empresas públicas…”.

Poderá surgir a dúvida na utilização da palavra Arquitecto, que designa a profissão de alguém que exerce arquitectura (a organização do espaço e a definição das formas), ou dos seus derivados, e o neologismo arquiteto. Para que não restem quaisquer dúvidas depois da explicação anterior, aqui vai um exemplo para ilustrar a diferença de significado: “O arquiteto salarial das empresas públicas de transporte foi arquitectado por alguém que não teve em conta os interesses do comum dos cidadãos e do estado, mas apenas o bem-estar e o conforto material dos trabalhadores dessas empresas” Esta citação foi retirada de um trabalho académico do reputado (para alguém que chegue até aqui por engano, tenho que dizer que reputado não é aquele que anda com putas, mas o que tem reputação) investigador da Universidade do Allgarve, o Ti António de Olhão, da Armona e do Farol, na sua dissertação de Mestrado em Vela de Cruzeiro, com o sugestivo título: Lusitânia Perdida: vê-la a dormir ou à vela?”.

10 comentários:

  1. Não quero é que me caia aquiteto:)

    Não tenho paciência...lol

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  2. Que tão bem arquitectado texto, com a explicação mais que clara da diferenças entre os dois termos, tio. Temos tanta sorte que partilhes a tua douta sabedoria, :)) Olha, eu cá, para usar outro exemplo, estou farta de ver sempre os mesmos aquitetar (vulgo mamar muito!) Sim, esses com o arquiteto salarial que nunca desce, pelo contrário... enquanto eu não tenho dinheiro nem para arranjar o tecto (sim, esse mesmo em cima da cabeça que está a descascar no wc!)Beijo

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  3. M.,
    Os falsos costumam ser mais frágeis. Cuidado ;)

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  4. Eva,
    Não tecto que resista, contrariamente aos arquitetas, que não lhes falta gente a mamar.

    A tendência será para secarem e ficarem como os tectos...
    Bjs

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  5. Passei pra conhecer, e achei bem interessante seu post. Fico e sigo também.Um excelente resto de semana cheio de coisas boas. Bjs grande!

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  6. Smareis,
    Obrigado pela visita. Boas viagens cá na casinha e...volte sempre!
    bjs

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  7. Estou a começar a ficar preocupada...
    Digo isto por ter lido a frase «E quem disser que são homófonas, fica já excluído da guest list cá da casinha….»

    Correndo o risco de exclusão queria contar-te uma coisa.
    O que se passa é que apesar de ser contra este descabido acordo ortográfico, entendo que não podemos "remar contra a maré" e virar as costas às novidades linguísticas que nos são impostas, sob pena de a breve prazo escrevermos um português arcaico por estar fora de prazo.
    (sei que com os iogurtes o problema é mais grave.... mas adiante)

    Lembro-me a propósito, do esforço que no passado os nossos progenitores e antepassados mais próximos tiveram de fazer para se adaptarem a outras modificações que a língua [a portuguesa, bem entendido] já tem sofrido, nomeadamente fazendo desaparecer acentos tornando a escrita mais leve.

    Estou agora aqui com um livro de História e Geografia que pertenceu ao meu pai (da série escolar Figueirinhas) onde posso encontrar exemplos que à vista já fazem alguma impressão, tais como:
    - Pôrto; êste; êsse; govêrno (ainda se usava o acento circunflexo)
    - Vila-Nova-de-Gaia; Trás-os-Montes (o hífen de ligação agora parece-nos absurdo)
    - mãi; Guimarãis; Magalhãis (hehehe... esta então é mesmo difícil de digerir!)

    Bom, não são precisos mais exemplos, acho que já entendeste o meu ponto de vista.


    Beijinhos :)

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  8. Orquídea Selvagem,
    Aqui ninguém é excluido...Às vezes dá-me para o lado dramático.

    Percebo o que me dizes. O acordo é de 1990 :( Não sou especialista na matéria, mas acredito que as anteriores revisões da língua escrita foram para acompanhar a falada, que evolui mais rapidamente. Nessa altura a grafia estva claramente desactualizada e por isso foi simplificada. Penso que este não é o caso. Administrativamente querem por-nos a escrever igual ao resto do mundo lusófono. E parace que vão conseguir! Por favor não me olhes como um "Velho do Restelo" da Língua Portuguesa. Quantas assinaturas houve contra este acordo? Não serviram porque eram digitais...
    Beijinhos!

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