Confesso (podem tirar o cavalinho da chuva que não abri um novo tag para confissões), que me fascina o descaramento de alguns políticos. Fascina na mera perspectiva da análise social, tentar compreender como é que o povo suporta, sustenta, admira e até reverencia aqueles que sistematicamente o enganam, roubam, esbulham e esmagam.
Recordo-me de uma máxima que não sabia tão bem aplicada às massas populares: “As pessoas acreditam no que querem acreditar”. E assim é este um dos suportes onde assenta o discurso político de muitos. Outro alicerce também é, infelizmente, fácil de encontrar, mas vai ficar para próxima oportunidade. Próxima, mas não nova.
Recentemente veio à baila esta questão da equidade. E recordo um conhecido político português há uns anos, antes de ter emigrado e com muitos quilos a menos, que não conhecia em português a palavra equidade. Fairness, foi o que usou na altura, porque (segundo ele) não havia em português uma palavra para dizer o mesmo. Poucos se recordarão desses primeiros discursos do que na altura era cherne e agora é mero, eurocrata de peso. Refiro-me ao peixe, o mero, da família do cherne, da garoupa e do badejo, mas podem tirar a vírgula se assumirem a responsabilidade pela alteração do sentido da frase.
Havia contudo um erro, nessa questão do fairness. A palavra equidade existe em português, em Portugal é que não lhe conhecemos o significado. Era uma questão de mera semântica …
Depois deste pequeno devaneio linguístico (a língua pode ser muito traiçoeira), voltemos ao teorema da equidade matemática, que posso enunciar da forma seguinte:
1/14 = 2/14, dado que 2/14 =1/12
Considerando que 14=12 e 1=2, este Teorema pode também ser apresentado na forma evoluída, decorrente da forma canónica:
1/12=2/14, dado que 12=14 e 1=2
É com base neste teorema que se define a equidade aplicada às subvenções vitalícias dos detentores de cargos políticos e aos vencimentos da função pública, ou seja um catorze avos da subvenção vitalícia é igual a dois catorze avos do rendimento anual dos funcionários públicos. Da aplicação prática deste teorema decorrem os valores dos famosos subsídios que alguns já sabem que não vão ter, enquanto outros acham que na pior hipótese vão perder entre 1/12 e 1/14…
Poderíamos ainda definir uma função real de variável “p”, Real ou Imaginária F(p), mas já seria muita matéria para uma só sessão.
Tio, eu percebi onde querias chegar, mas confesso que me sinto loira ao pé de ti, muitas vezes!
ResponderEliminarA equidade só é válida após uns anos de serviço e só em certos cargos e só para alguns. Eu também gostaria muito de beneficiar de tal quando me reformar, mas acho que os teus impostos não vão chegar para me pagares. TENS que trabalhar mais!
Hmm...tu andas 3 horas adiantado. Diz-me o que se vai passar na minha vida daqui a 3 horas, sff!
ResponderEliminarPseudo,
ResponderEliminarEstás a dar-me tanga com a história da loira, ou apenas gostas de me ver bem acompanhado?
Só tentei ironizar com as diferenças nos cortes...
E sim vou trabalhar ainda mais! Não posso é garantir que sirva para a tua reforma, mas como ainda falta muito, pode ser que seja possível...
Estou três horas adiantado para trabalhar até mais tarde... Não posso dizer-te o que se vai passar porque perdias o prazer de descobir. Sorry!
Tio,
ResponderEliminarEna... tu és polivalente! Tanto dás cartas nas Letras como na Matemática!
Mas olha, cheia de números ando ando eu e, desta vez, vou dar-me ao luxo de dizer como os "meus" putos: "não gosto de frações"!!!
E depois, acertar equações matemáticas onde as permissas originais são um tanto estranhas será mais difícil que usar o método da redução ao absurdo ou o método da Indução Matemática.
Pseudo,
Também já "impliquei" com a história do relógio... mas parece que por aqui vamos continuar com os fusos trocados. (lol)
Beijinhos equitativos pata os dois :)
Orquídea,
ResponderEliminarGostei desse metáfora das cartas...:)
E também na solução através do método de redução ao absurso!!! A hipótese aqui seria sermos todos iguais!!!!
Podia dizer-te mais coisas sobre as letras e as matemáticas. mas quem sabe, numa próxima....
E vou mudar o fuso para o GMT, se me lembrar ocmo se az.
Retribuo ps teus beijinhos matemáticos. Divide com a Pseudo, please.
Vais mudar o fuso??
ResponderEliminarThank God!
(se não te lembrares como se faz avisa)
Eu reparto os beijinhos com a Pseudo sim... mas aviso já: quem parte e reparte e não fica com a maior parte... hehehe
Orquídea,
ResponderEliminar;) Os dedos não se movem à mesma velocidade do pensamento...
Consegui. Passei das Maurícias a Havana em segundos e estou 4 horas atrasado, mas tenho a Salsa, os Mojitos e as Mentiritas.
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