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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Novas Tecnologias

Depois da febre dos electrodomésticos, dos telefones e dos GPS, voltou com toda a força, a moda dos portáteis. Não há ninguém que não tenha, desde graúdos, fora de idade, a miúdos que ainda podiam usar uma versão de baby messenger, mas já dominam a versão real, para além de todos os gadgets possíveis e imaginários. Não têm pejo nenhum em comparar com os dos colegas e os papás, todos contentes e babados, dão-lhes essas coisas para ver se ainda falam menos com eles (imagino, eu é claro).

Bem, mas não é de miúdos que falo, mas dessas crianças grandes que, como é óbvio, precisam mesmo dos portáteis que ostentam. Talvez a necessidade não seja a mesma para toda a gente. Este estereótipo de novos utilizadores, precisa de ver a sua auto-estima melhorada, precisa de se sentir mais novo e não quer perder o comboio... A loucura é de tal forma que já me sinto mal quando, precisamente no comboio, abro o meu querido Toshas para escrever qualquer coisa.

Envergonho-me mesmo por usar o Word, ou até o Write do OpenOffice, nessas situações. Sinto-me mesmo marginal por usar o Excel, ou o Calc. Uso os dois é-me indiferente, mas a sensação é a mesma... Julgo que deveria estar a jogar Solitaire, Free Cell ou o velhinho Minesweeper. Mais sofisticado seria ver um filme. Isto sim, são actividades típicas de viagem. Nada de descansar, ou de trabalho sério como se vê às vezes. O que está a dar são mesmo os filmes ou os jogos.

Recentemente troquei de Tosha, com já perceberam, para ver se me enquadro melhor nos passageiros do Alfa, mas ainda não consigo...

Hoje vou-me sentar no lugar 45 da carruagem 1, colocar o bicho, desligado, na mesa à minha frente e abro o monitor. Quando chegar o revisor, muito alto pergunto:
-Ouça lá ò chefe, isto não tem virelece? Paga-se um balúrdio e isto num tem nete? Que bergonha...!

Aposto que iria ouvir uns comentários, destas peças, do género:
-Num é virelece, é uairelece, ó bruto! Mete-lhe a pen da Nobis, que já dá, ó palerma!

Vou por o Ubuntu no meu querido e velhinho Toshinhas, para racionalizar esta questão...

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