Li há dias (não sou de compreensão lenta, mas só agora pude cumprir esta promessa...) um texto muito giro da JS, sobre diferenças entre homens e mulheres e, claro, não podia deixar de partilhar esta experiência...
Nunca fui homem de fechar portas e, para não fugir ao género, também nunca gostei de as fechar. Mas é verdade que compartimento muito as situações e dificilmente volto a um desses compartimentos... a menos que haja algum motivo verdadeiramente especial. Leia-se um telefonema, um mail, um sms e por aí em diante... Enfim, somos homens, que diabo!
Também já não sei onde li (desculpem, mas não consigo referenciar - talvez me tenham dito, ou gritado e esqueci quem foi), que nós, homens, éramos uns cobardes. Que não tínhamos coragem de terminar as relações, que pura e simplesmente nos íamos afastando, deixando de atender o telefone, de responder, de aparecer, até que a outra parte, tinha que ter a coragem de acabar (?) a relação.
Bem talvez seja verdade, não sei se há um padrão comum...Talvez seja assim mesmo, parece-me estranho ter essa iniciativa, mas também me parece estranho não a ter...Mas o que me parece ainda mais raro (influência espanhola) é que cada uma das partes não perceba quando a relação acabou...
Bem, deixemos a filosofia mais ou menos introspectiva e vamos às questões.
Talvez seja mais simples para nós essa situação de nos colocarmos no lugar de vítimas das circunstâncias. Não faz o meu género, mas o que também não resulta comigo são aqueles dilemas cuja resposta se pensa que conhece, antecipadamente...Aquela facadazinha, com o estilete (Oh minhas queridas, são todas peritas na nobre arte de por o dedinho onde acham que vai doer mais...).
Aí a minha resposta é sempre a mais óbvia. Quando confrontado com essas perguntas, pequenas espetadelas, como que a experimentar a carne, a minha resposta será, quase invariavelmente, qualquer coisa do género:
-Se é assim que queres...
- Se é o que te parece...
Estas repostas parecem não agradar a quem faz estas perguntas...
Mas acontece que nessas situações fica sempre alguma coisa para dizer ou fazer. Podemos fazê-lo sempre em qualquer altura, desde que seja por mútuo acordo...
Por isso, mesmo com a caixa fechada, guardo a chave. Está sempre perto, mas guardadinha, com muito amor, carinho, sensualidade, ou desejo louco e incontrolável (sim, que o Tio não é de ferro). Não ando a mostrá-la. Não ando a uivar, nem a chorar ou lamuriar pelos cantos, ou a suspirar pelos corredores. Acho que não faz parte do comportamento masculino, tradicional, andar a mostrar o chaveiro (e desculpem-me a comparação), o baú das recordações (não tenho, desde que o amigo alemão me contagiou), os tesourinhos deprimentes (sim também há disso cá em casa) ou aqueles momentos que ainda me fazem subir paredes, passar semáforos vermelhos, ir por sentidos proibidos ou deixar o carro com as portas abertas.
Mas se há homens que usam uma espécie de carteira a tiracolo, com um jogo de chaves à cintura, cuidadosamente colocado em cima da mesa, quando se sentam, acho que já não há comportamentos típicos...
E as nossas queridas mulheres? Têm comportamentos típicos? Se calhar também têm…
PS. Liguem sempre, ok? Sabe tão bem matar saudades...Podem ligar-me por duas razões, como sabem: Por tudo e por nada! Beijinhos! E até sempre!
Uau! Que privilégio!
ResponderEliminarSó tentei dar a minha perspectiva do tema, cara JS!
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