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sexta-feira, 30 de maio de 2008

A promessa

Prometi e agora tenho de cumprir. Prometi um post sobre um assunto delicado. A idade. A minha idade. Não gosto nada de desiludir ninguém, muito menos a minha querida prima que me desafiou para esta questão. Mais do que o desafio escolheu a arma. Com que idade se sente?

Ainda por cima não era a brincar. Então vá (é o tiu, é o tiu…):

Podia fazer a pergunta ao contrário, mas não era justo, porque até sabe a resposta. O mundo virtual tem destas coisas e quem diz que não há coincidências, às vezes engana-se. Pois sinto-me com todas as idades que conhece. E também com as que ainda talvez não tenha tido (o português é muito traiçoeiro) o gosto e o prazer de descobrir.

Estou em desvantagem, mas não me importo. De vez em quando sinto-me velho, cansado de tantos tios e tias. Mas a esperança de conhecer alguma nova prima devolve-me a juventude rapidamente. É um pouco como aquele carro em segunda mão, com muitos km, mas bom de motor. E de chapa também. Não é de usar e deitar fora. Ele não se importa, pois afinal foi construído para transportar pessoas de uns lados para os outros. E é o que gosta de fazer. Levar pessoas através de paisagens, mares, montanhas, experiências. Gosta mais da viagem do que da partida ou da chegada. Sempre pronto a partir, como se fosse a primeira viagem. Conhece a estrada, mas cada dia descobre coisas novas. Um pouco como aquele slogan do Mandala. Entre chegar e partir temos que estar nalgum sítio. Pois que seja agradável. Esse sítio agradável é a nossa idade.

Todos os dias gosto de ver o Sol e a Lua. Nem sempre consigo. Adoro o Mar e também tenho-o visto pouco. Nesses dias sinto-me mais velho, mas abro a janela do meu PC e acordo, mais novo.

A idade com que me sinto, é a idade que me deixam ter e sentir. Recuso-me a viver conduzido por um GPS. Sou livre qb e adoro a liberdade do Mar. Não há estradas com um risco de cada lado. Há rotas e bóias que nos guiam à entrada dos portos. Nesses momentos mais delicados é que se vê quem vai ao leme.

Já se viu que não estou na idade das promessas. Já prometi tudo e dei tudo. Diga-me, agora, se a idade promete.

A idade das promessas ou a promessa da idade? É uma questão de escolha, para quem pode escolher...

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