Dizia-me uma prima - e deixe-me tratá-la assim neste mundo de tias, tios e tius, que passar os quarenta era uma data importante. Ia passar para a classe dos “entas”. Também penso assim, mas não forçosamente aos quarenta. Pode ser aos trinta e cinco, aos trinta, aos 45. Eventualmente aos quarenta e dois ou quatro. Ou mais. Mas também, pode ser aos trinta e dois ou aos trinta e quatro. Depende da pessoa e do contexto. O que não é de certeza absoluta é aos vinte, vinte e dois ou vinte e cinco.
Há muito tempo que ando com vontade de partilhar convosco esta questão dos quarenta anos na mulher. Não é às mulheres que conheço e que estão nessa bela e excitante idade que me refiro... Nunca me poderia referir de forma alguma às mulheres que conheço. Isso seria impossível. Nunca poderiam esperar que contasse alguma história passada comigo e menos ainda que escrevesse sobre o assunto. Ainda por cima no mundo virtual...
Se Balzac vivesse no século XX ou XXI, não colocaria as suas personagens nessa franja etária. Escreveria sobre mulheres aos cinquenta anos, na melhor das hipóteses. Veja-se e ouça-se o Hard Candy e percebe-se logo do que estou a falar. Ou veja-se ainda no outro mundo virtual esta nova classe de actrizes que aos cinquenta ainda arrasam a concorrência mais jovem. E não é só na Austrália e não é a maquilhagem. Mesmo sem make-up é mesmo assim.
A mulher aos quarenta, e simbolicamente vamos fixar esta data, apesar de poder ser outra, está no seu auge. Aos vinte é uma criança irreverente, aos trinta começa a descobrir o prazer e aos quarenta tem a maturidade de ususfruir, de brincar, de gozar e de se divertir sem complexos de culpa.
Se se casaram muito cedo, os filhos já estão crescidos, os maridos tratados ou domesticados e por isso voltaram a ter tempo para elas, com a vantagem da confiança que foram adquirindo. Sabem exactamtente o que querem e o que procuram e não têm, felizmente crises existenciais profundas que deixam toda a gente em stress. Quando têm crises, têm mesmo, como toda a gente, não é para chamar as atenções, porque não precisam disso.
Os trinta também não é uma má idade, pelo contrário (como dizem os meus primos do Algarve), mas ainda ha alguma pressa, muito stress. As actividades profissionais ainda as preenchem e preocupam muito. Aos quarenta isso já passou, as nossas rainhas dominam mesmo. Escolhem, mas também se deixam escolher. E sabem-no fazer tão bem... Agradam, sabem agradar e gostam de agradar. Também gostam de mimos, claro, mas não os exigem. Não precisam de o fazer.
Preparam-se convenientemente, mas não dizem que não a um improviso, se o programa for bom. A qualidade é que importa, não a quantidade. O prazer não parece roubado à pressa, mas sim consentido e aproveitado em todos os momentos. Os preliminares são mesmo preliminares, e deixando-nos antever um percuso fantástico preparam-nos para a excursão, neste caso um verdadeiro safari. A conclusão não é um pico. É um planalto gigante de onde não nos apetece nada sair. Que maravilha!
Não tenham pressa minhas queridas primas, lá chegarão.
Preparem-se bem porque a viagem vale a pena. E se quiserem companheiro de percurso, nem precisam de dizer. Basta sugerir, não é? Muitos beijinhos...
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