Diz o povo que homem sem cornos é como jardim sem flores. Não vou divagar sobre a origem deste ditado, nem questionar a sabedoria popular, fundamentada na experiência, na vida autêntica e, blá-blá-blá.
Particular e publicamente, posso dizer que não sou particularmente adepto de canteiros muito floridos, uma relvinha curta (nada de grama que, pela sua natureza pode fazer cortes), bem aparada e cuidada faz mais o meu género. Podem chamar-me conservador se quiserem, mas a forma triangular (D. espero que leias este post) representa o equilíbrio, para além das vantagens óbvias no que respeita a sinalizar direcções e sentidos...
Voltando às flores e aos jardins de hoje, não percebi a razão de terem ficado tão zangados com o manelinho, só por causa daquele gesto. Até me pareceu, quiçá erradamente (ai Tio...), que havia alguma ternura, no enrolar da mão, com o indicador espetadinho para a frente, a simular, não uns cornos, mas uns chifrezinhos delicados, se tal houvesse.
Quem esteve calado, na brilhante citação do bife ou da maizena, ficou agora aborrecido por se ter referido ao animal que dá os bifes? E onde estava a voz da moralidade e da decência, quando foi o caso da manteiga ou do simpático endereçamento para o c****** do outro ilustre, santo e pudico deputado?
Sou forçado a concluir que de culinária pode-se dizer-se o que apetecer, mas jardinagem é um tema tabu. Tanto alarido, só por uns cornos... Quando, eventualmente, o objectivo do gesto era convidar o colega para a Primeira Corrida TV do Alentejo...Que mentes perversas. E o pior é que, por causa dessa interpretação abusiva, vamos perder uma flor desse jardim (não o perfumado)...
Não devia ser permitido. JAMAIS!!!!! (leia-se à francesa, por favor).
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