terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Prémio Nofel
Sim, Portugal vai receber mais um prémio Nofel, o equivalente do Prémio Nobel para a gestão pública. Este prémio Nofel ate pode pronunciar-se Nôfél, como alguns locutores, talking heads, armados em jornalistas fazem com Nobél e Nobel, com o mesmo sorriso que falam dos três edifícios que caíram no Rio de Janeiro, ou do cessar-fogo, aparente fim da guerra fratricida na Birmânia ou ainda do terramoto em que morreram 150 pessoas.
Este nosso prémio deve-se à descoberta do centrão, qual partícula de Higgs da política portuguesa, que é a origem do nosso decaimento, o genoma da nossa miséria nacional. O prémio vai ser dividido ex-aequo entre dois reputados investigadores.
A partícula de Higgs, contribuirá para explicar a origem do universo. O centrão, explica o fim da nossa independência, o terminus da nossa dignidade e um ponto alto da falta de vergonha institucional. Esta partícula explica ainda os máximos sazonais de algumas funções, como a corrupção, a ineficiência, o compadrio ou o nepotismo. Não há factores de perturbação nestas funções e as variáveis são todas mudas, ou dummies, como tão bem lhes chamam os nossos amigos do país das águias, falcões, pombas falsas e outros passarões.
Falta revelar o nome dos dois cientistas. São eles: Socratelium, e a sua equipa de socretinos, e o Coelhinium. “Enquanto eles seguiram o método indutivo, nós seguimos o científico, mas os resultados são os mesmos”, foram estas as palavras de Coelhinium, entrevistado para o canal público, e pouco pudico, Raios Te Partam. Estes dois académicos foram alunos distintos de outros grandes investigadores, cujas cagadas, perdão pegadas seguiram de muito perto. Concretamente a linha seguida pelos investigadores de origem grega, Guterrapoulos e Barrosoulos e de origem latina, Cavacus e Marosculium. Ao afastarem-se dos trabalhos anteriores conseguiram ver mais longe, foi a explicação dada pelos seus assistentes Miguel Ervas e Pedra da Selva Macieira, em conferência de imprensa.
Fontes ligadas às energias alternativas pensam já em novas negociatas, comparando o decaimento do centrão, obtido através dos “lixus citadinus”, vulgo Resíduos Sólidos Urbanos, com o do urânio e outras substâncias radioactivas, com períodos de decaimento de dezenas ou centenas de anos. Com o centrão, o decaimento é rápido e, com as sinergias com as centrais de ciclo combinado, até a memória dessas transformações desaparece ao fim de alguns meses.
“É um produto estruturado que tem tudo para dar certo!” confidenciou ao Tio do Algarve um alto responsável pelo Instituto encarregado de organizar esta nova fileira da energia. “Vamos integrar os meios de comunicação, forças vivas e adormecidas das localidades, tribunais, empresas já referenciadas com experiência em programas anteriores, governo e autarquias num projecto que vai deixar Portugal notavelmente unido” foi outro brilhante apontamento desta fonte que quis permanecer anónima.
Contactado por António Bernardo Risos, aka Tio do Algarve, o assessor de impressa desta unidade de investigação altamente eficiente, não quis confirmar o nome de Giroflé Carona para o lugar de presidente do instituto responsável pela gestão destes activos, tóxicos ao que parece…
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Desculpa-me Tio... mas ainda venho meia tonta daquele verde da casa da tua outra sobrinha (e minha grande amiga)... e ainda estou meia confusa com as tuas "teorias". Assim de repente fiquei com a mesma cara daqueles elementos da comissão de ética que ouviu Zeinal Bava em março de 2010... e cujo vídeo revi estes dias.
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=XcnXMyGS0Xo
A bem dizer só percebi aquela parte da variáveis Dummy, que me trás à memória os bons velhos tempos em que eu queimava neurónios a estudar Economia Previsional.
hehehehe
A primeira vez que ouvi falar na "partícula de Deus" e no LHC e no Cern foi ao ler o "Anjos e demónios".
Mas se queres que te diga... (e agora falando um bocadinho a sério) parece-me que estes "cientistas loucos" e mais quem os financia, ainda não se convenceram que estão a querer ir longe demais e o avanço científico ainda nos vai fazer volatizar a todos da superfície da Terra.
Enquanto isso, os nossos políticos estão a tentar fazer o mesmo ao nosso país... por isso acho mesmo que a tua comparação e atribuição do "prémio Nofel" mais que justa e pertinente.
E despeço-me a cantar... "fui ao jardim da celeste... giroflé, giroflá..."
Beijinhos de flor :)
(não me "deserdes" por escrever "trás" quando de facto deveria ter escrito "traz"... mas também quem me manda a mim andar aqui a esta hora em vez de já estar a dormir?)
ResponderEliminarOrquídea,
ResponderEliminarLOOOL, é da Hora, de certeza...As variáveis dummy, que saudades tive quando estava a escrever!!! Às vezes passo os olhos pela lombada do Basic Econometrics do Gujarati e fico mudo.
Já os Anjos e Demónios ainda não li (shame on me), mas devorei o código da Vinci em dois dias.
Não te preocupes que não ficas deserdada por causa do z. A essa hora, escrever qualquer coisa é um acto que tem que ser louvado. Obrigado pela visita.
Beijinhos nocturnos
Ó meu amigo... achas mesmo que eu tenho algumas saudades do Gujarati... livra!!!
ResponderEliminarJá do prof que me deu a cadeira... bem... não posso dizer o mesmo! Era um borracho... lol!
Olha que é uma pena não teres lido o "Anjos e demónios". Eu quando li o "Código da Vinci" já tinha visto o filme e li de forma desapaixonada.
Mas com o Anjos e demónios foi o contrário. E a temática é muito interessante. Tenho a certeza que vais gostar.
Beijinhos d'anjo :)