Ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Boa Vida,
Excelência,
Os mais respeitosos cumprimentos.
Dirijo-me a V. Exa. na qualidade de Director Geral do Instituto da Galhofa, do Riso Sarcástico e da Gargalhada, a propósito do louvor que me foi concedido, publicado no Diário do Desgoverno de 26 de Abril, do calendário gregoriano, de 2011.
Tendo já remetido ao Senhor Presidente do Instituto uma carta de agradecimento, humildemente, sem pretender de forma alguma ultrapassar a hierarquia do estado da coisa, animado apenas pelo dever cívico e moral de reconhecer o gesto, atrevo-me a dirigir-me a directamente a Vossa Excelência.
Quando no passado dia 21, quinta-feira, quase ao final da manhã, saí com a viatura do Instituto que me está distribuída, para recolher a minha família em casa para gozo de um breve período de repouso, aproveitando a tolerância de ponto concedida a todos os funcionários públicos, estava longe de imaginar esta surpresa, certamente imerecida, pois apenas me limitei a interpretar o que me pareceu ser o espírito do diploma da tolerância de ponto da quinta-feira santa (continuo a escrever santa em minúsculas para que não se pense que sou dos que se ajoelham).
No dia imediatamente anterior, ao tomar conhecimento desse gesto nobre do nosso grande leader, limitei-me a pensar naqueles que se iriam deslocar para longe, para junto da família, ou das praias algarvias e outros destinos, como o caso do Senhor Presidente do Instituto que, sabendo das dificuldades que o povo sente, entendeu não ocupar um quarto de Hotel no Algarve, preferindo sacrificar-se com uma deslocação para um lugar remoto (desterrado seria a palavra mais correcta), deixando assim mais disponibilidade para os nossos compatriotas no nosso país. Ir para o Senegal, de armas e bagagens, ter de caçar, talvez para comer, é um gesto que enobrece e que todos as portuguesas e portugueses, deviam conhecer…
Enfim, foi com algum desprendimento, tenho que confessar, que decidi dar tolerância de ponto também na terça-feira de manhã a todos os funcionários. A responsabilidade foi exclusivamente minha, uma vez que o Senhor Presidente estava já incontactável, arriscando a vida contra os rinocerontes, na selva africana, pois que para dar mais espaço às portuguesas e portugueses na quinta-feira, entendeu sacrificar alguns dias de férias e partir mais cedo. Pensei sobretudo nas famílias que, com um pequeno gesto, poderiam ficar juntas mais um dia. Pensei também na segurança rodoviária, evitar acumulação de trânsito na segunda, evitar deslocações, à noite, quiçá depois de um dia cansativo em família, podendo fazê-las tranquilamente com a luz do dia. Pensei ainda nos Hotéis e no Turismo e na importância que a actividade turística tem para o país. Pensei também nas eleições que se avizinham e na importância da reeleição, do nosso grande leader e irmão. Pensei nos nossos camaradas deputados da capital, mas eleitos por círculos distantes e que não têm nada a ver com eles que, deste modo poderiam estar alguns dias e, quem sabe, participar nalguma comemoração do dia 25….
Nunca poderia imaginar é que esse pequeno gesto seria observado e, menos ainda, reconhecido por Vossa Excelência. Fi-lo com o sentimento de quem cumpre um dever para com o estado e os seus cidadãos. Bem-Haja, Vossa Excelência, por ter notado um gesto tão pequeno, de um humilde servidor….
Ao despedir-me, tomo a liberdade de recordar aquelas situações de junho, que falámos no congresso. E ficava a paridade assegurada, Porto e Lisboa, com apenas dois dias de tolerância, assegurávamos uma semana no Porto e outra em Lisboa…Lembre-se da asneira do carnaval, dos outros…
A bem de nós e do nosso grande leader,
Permita-me um abraço fraterno, de gratidão,
António Bernardo Risos Y Risos
lol O destinatário sabe ler?
ResponderEliminarQueres um envelope?
lol
Tu és de uma acidez que nem te digo...És pior que eu!!!lol
M.,
ResponderEliminarPenso que não, mas tem uma secretária que é sobrinha duma amiga da mulher de um famoso professor universitário...
Fico lisonjeado com esse teu comentário! Two of a kind?
:)
Já cá tinha vindo e pensei que deixara comentário, rrsss...agora já não me lembro de metade do que escrevi :)) Digo apenas o essencial: Magnífico como sempre Tio!Estou pasma, acabei de ouvir na tv que há culpados!!!!!! Sabias Tio?? Afinal há culpados! São os decisores... e é isto... Beijinhos
ResponderEliminarBolas, tiozinho tenho que sair dentro de 2 minutos e vou ter que cá voltar para ler o post... é graannnnnnde.
ResponderEliminarBjos e inté loguinho lol
Eva,
ResponderEliminarFiquei com pena, pois os teus comentários enriquecem muito os post..
Bjs
Isa,
ResponderEliminarOhhh!!! Espero que voltes e te divirtas a ler. Não te esqeças de aplicar esta metedologia da tolerânica no teu Instituto...
bjs
Pois voltei e imagino... o coitadito que, sofrendo tanto com a crise, e não é só ele... tenha que ir matar para "matar" a fome.
ResponderEliminarEstamos nós com queixumes e a falar de barriga cheia com tantos feriados, enquanto os mais gordinhos estão a ser cortadinhos na gordura XXXXL... tão dolorosamente, na ponta do nariz.Claro que como doentes têm que descansar mais um bocadinho.
Espero que, no mínimo, ele traga uns bifinhos de rinoceronte para servir ao almoço dos nossos amigos da troika, para eles avaliarem como ainda há quem se esforce... a poupar-nos uns trocos.
Bjos
Isa,
ResponderEliminarObrigado pela visita, espero que tenha valido a pena!
Acho que cortam na gordura XXXXXXXL e com anestesia ;)
Mereciam carne mais dura do a do rinoceronte.
Bjs