Se esta posta que imagino enquanto escrevo tivesse um sub-título seria qualquer coisa como: "Os efeitos do acordo ortográfico e o corrector automático do word". Se tivesse um resumo, ao estilo abstract seria: "da marmelada à pessegada, o autor explicita os diferentes efeitos do acordo ortográfico e das ferramentas de correcção automática, nas relações de gestão das empresas portuguesas do séc XXI"
Muito mais giro, profundo e interessante.
Suponho que o novo acordo ortográfico (e esse assunto já anda a pedir uma colherada), permita alguns novos advérbios terminados em mente, como também facilitará o uso do gerúndio na generalidade das frases, o que despertou esta vontade súbita de fazer discurso retórico sobre o assunto da marmelada.
Roço, não fez parte do léxico publicado há já muito tempo, porque se refere a uma actividade lúdica, também conhecida como marmelada. A palavra roço, do verbo roçar (ai, ai como é que isto vai acabar...) tinha gerúndio mas não terminava em mente. Não sou especialista em Língua Portuguesa, mas como todos os da minha geração e anteriores, mesmo não sabendo exctamente porquê, ou o nome da forma verbal, não uso formas verbais que não existem, nem invento substantivos (não me lembro que nome lhe dão agora). Sucede porém, que acredito piamente que o novo acordo ortográfico nos possibilita liberdades de expresão que antes nos eram vedadas. É o 25 de Abril da ortografia, da gramática e, porque não, da redacção!
E assim chegamos ao roçamento, palavra eventualmente derivada de roço, um atrito especial entre dois corpos e que devia ser consagrado pelo dito acordo. Roçamento, não rolamento, pois, pelo contrário, é maximização do atrito e não a minimização do atrito entre dois corpos...
E cheguei ao roçamento com a pressa de quem escreve mail atrás de mail, sem ler o que se escreve. Teria sido um acto falhado? Não sei. Sei que queria escrever Orçamento, mas saíu roçamento. Mais giro, mais criativo e muito mais agradável para quem lê: Junto envio proposta de Roçamento para 2010...O ano todo, já pensaram bem?
Acho que o meu corrector ortográfico ou é uma pessegada, ou então está vocacionado para estes assuntos de marmelada...
And he's back!! Texto delicioso, para saborar colherada após colherada!!! :))No meu corrector particular (não ortográfico,diga-se, mas da bolsa, com b pequeno ), não existe roçamento que chegue(tanto que sou obrigada a fazer uma verdadeira ginástica roçamental para cobrir as necessidades básicas. Note-se que falo, de finanças, evidentemente, porque do outro, nem vê-lo! :) Beijinhos
ResponderEliminarA Primavera está a chegar antecipadamente... ou será que estou enganada? Tanta justificação para falar disfarçadamente, na marmelada, marmelada mel, mel abelhas, abelhas acasalemento, acasalamento morte do zangão,... Sou mesmo uma "empata", uma desmancha "prazeres"... :):):)
ResponderEliminarAbracinho
Eva,
ResponderEliminarObrigado pelo teu comment! Aqui no nosso jardim à beira mar plantado há muito roçamento, mesmo sem ser atrás dos arbustos, em locais com pouca luz...É às claras que nos deixam de tanga, o que me parece explosivo, ou pelo menos potencialmente incendiário...
BJS
Maria Teresa,
ResponderEliminarQue imaginação ;-) Acho que nem eu era capaz de lá chegar...LOL.
Mas a ideia é gira, excepto a morte do zangão :(
O que vale é que tem várias vidas, ou vidões...
BJS
Ou então, o dito acha muito mais piada a "roçar" do que a "orçar"! hehehe
ResponderEliminarArisca,
ResponderEliminarOh yes!!! Se bem que o orçar (e tive que escrever outra vez porque o teclado me traíu), na terminologia náutica também não é mau. É roçar o vento, afinal!
"Roçar o vento" parece-me bem!
ResponderEliminarCoitadinto do corrector ortográfico! Ficou confuso ;)