O dia começou da pior forma, na perfeita continuação do anterior, que se tinha salvo apenas por uma simpática (e gira) colega de viagem que me acordou ao chegar ao Porto. Caso contrário acho que iria acordar em Braga (se é que limpam as carruagens no fim da viagem). Aquela leve pancada no ombro, que me acordou no momento certo, para um sorriso fantástico. Será que também havia um pouco de pena? É provavel, mas soube muito bem, qualquer que fosse o motivo. E aquele frase: “Acho que já o tenho visto sair aqui...” ficou a ressoar, horas e horas depois...
Enfim, assim acabou o Verão, com uma bruta alergia que me levou a exagerar na dose de anti-histamínicos e a dormir nas altas profundezas do inconsciente durante essa primeira viagem pós-férias no meu trajecto habitual e, pelos vistos, não completamente anónimo...
E hoje, depois da péssima notícia que me acordou, de um café que me deixou aos saltos (não confundir com saltos altos), a notícia que nunca ninguém espera, mas todos sabemos que chega. Leste o Público? E o JN? Também não? Que maneira estranha de me dizer que um grande amigo meu tinha morrido, pensei, ainda sem acreditar. Deve ser engano.
Mas não. Infelizmente, não. Depois do funeral, igual a tantos outros, pensei, mais uma vez, na injustiça destas situações e achei que a vida se ri de nós, como nos rimos dela... Custou-me ter descoberto que não sou imortal, e também me custa ver que não sou o único nessa condição. Estranhamente, não me custou perceber alguma hipocrisia em muitas conversas de circunstância. Talvez ainda atordoado pelos anti-histamínicos, custou-me acreditar no que já tinha percebido. Cada vez que um destes acidentes estúpidos acontece, começo a acreditar que também poderiam ter sido connosco, o que dantes era impensável. E é esta a grande diferença...
E acabaram as férias e a silly season ;(
A única notícia boa deste fim de estação foi o regresso de alguém que nunca esteve longe...Ainda bem e não volte a fazer isso, sff, que ainda me dá um ataque, com ou sem os anti-histamínicos.
Caro Tio
ResponderEliminarA nossa mortalidade é real mas o óptimo é nunca sabermos quando é o Dia, até lá devemos tirar o máximo partido desta linda coisa que se chama VIDA!
Cuide-se!
Já vi muitos familiares partirem; alguns amigos partirem, entre os quais, a melhor amiga; vários conhecidos; muitos vizinhos; todos os amigos do meu pai...as conversas de circunstância, estão sempre lá...e por vezes, a hipocrisia também...
ResponderEliminara noção maior ou menor de injustiça... mas o que lá está sempre, é a certeza de um dia sermos nós, talvez amanhã...
Um abraço enorme para o Tio, Primo e Amigo.
ResponderEliminarTenho saudades das nossas conversas :)
Um grande abraço Tio...e bem-vindo à realidade...
ResponderEliminarOS meus pêsames, em primeiro lugar.
ResponderEliminarE bom regresso às feras... que a coisa não me parece ter melhorado...
Beijinhos
Dear ALL
ResponderEliminarObrigado pelos vossos comments!
Um grade abraço!!!
Y viva la vida (loca) ;)