Ah como
incerta na noite quente,
De uma longínqua tasca vizinha
Certa ária antiga, subitamente,
Me faz saudades do que as não tinha.
De uma longínqua tasca vizinha
Certa ária antiga, subitamente,
Me faz saudades do que as não tinha.
A ária é
antiga? É-o a guitarra.
Da ária mesma não sei, não sei.
Sinto a dor-sangue, não vejo a garra.
Não choro, e sinto que já chorei.
Da ária mesma não sei, não sei.
Sinto a dor-sangue, não vejo a garra.
Não choro, e sinto que já chorei.
Qual o
passado que me tiraram?
Nem meu nem de outro, é só passado:
Todas as coisas que já morreram
A mim e a todos, no mundo andado.
Nem meu nem de outro, é só passado:
Todas as coisas que já morreram
A mim e a todos, no mundo andado.
É o tempo, o
tempo que leva a vida
Que chora e choro na ária triste.
É a mágoa, a queixa mal-definida
De quando existe, só porque existe.
Que chora e choro na ária triste.
É a mágoa, a queixa mal-definida
De quando existe, só porque existe.
Tive o gosto de dizer este poema no último dia mundial da poesia. E soube-me tão bem!
Andas um intelectual, é o que é! :)
ResponderEliminarBeijocas, meu Tio favorito. :)
E sulista,elitista, e etc ;-)
ResponderEliminarBeijo para ti Maria