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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O meu 11 de Setembro



Recordo perfeitamente o dia 11 de Setembro, com os alegados atentados às Twin Towers. Recordo perfeitamente que não acreditei na história do atentado ao Pentágono e mais tarde fiquei bastante surpreendido pelo modo como foi contado, difundido, propalado até à exaustão esse triplo atentado.

Nesse trágico dia numa reunião de empresa, no calmo ambiente das terras algarvias, recordo que se interrompeu a reunião para ver a repetição das imagens da CNN pela RTP, de termos retomado a reunião e alguém ter dito (permitam-me que não identifique a pessoa) que agora iam começar a tirar-nos o ar, referindo-se esperado aumento dos spreads, taxas de juro à brutal redução de consumo…

Independentemente das perguntas sem resposta sobre este assunto, fiou-nos uma certeza que confirmo 12 anos depois: O mundo como o conhecíamos acabou nesse dia.

E hoje para celebrar essa efeméride, também tive um terramoto, seguido de maremoto na minha alegre casinha. As datas serão coincidência? Sou inocente, acredito em histórias da carochinha, mas não interpreto coincidências como sinais esotéricos. E no entanto estou certo que este 9-11 que bem podia ser um 11-5, é um grito, um pedido de ajuda, desesperado, influenciado por uma série de coincidências infelizes e factos mal interpretados.

A história repete-se e hoje é a minha vez, de ao vivo e em directo, assistir ao desmoronar de uma grande parte da minha vida. Aquilo que só acontece aos outros, que sabes que te pode acontecer, mas que recusas a acreditar que te vai acontecer… E irrita-me profundamente saber tudo isto… Como me entristece saber que amanhã é outro dia e vai estar tudo igual, como também depois de amanhã, e para a semana mais ainda…Mas o mundo nunca mais será o mesmo.

Fica um vazio por preencher que o tempo se encarregará de amaciar, deixando um cova mais redondinha, que uma certa memória autística irá amaciar. Outros mecanismos do nosso inconsciente irão racionalizar, e esse oco passará a ser uma cratera, justificando a sua existência criando um memorial, relicário de recordações doces, algumas nunca vividas.

E é assim a vida, de factos, actos e omissões.

A esperança não morreu, vai morrendo em cada dia, mas há vida para além do Bojador!

Agarro-me aos remos. Remo em silêncio, sem nunca desistir.

8 comentários:

  1. Talvez eu desistisse... embora nunca se deva desistir.

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    1. Neste caso ninguém pode desistir...Embora às vezes apeteça imenso.

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  2. Pois eu nesse mesmo dia tive a certeza que o mundo nunca mais seria o mesmo.

    Mas é claro que desistir é proibido!!
    Este teu texto inquietou-me...


    Beijos silenciosos

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    1. A minha fleuma britânica resiste a quase tudo, mas às vezes custa. E tens razão o meu mundo nunca mais será o mesmo :-(
      Beijinho para ti

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  3. seja qual for a cratera instalada no seu mundo,

    desejo-lhe coragem

    um abraço

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    1. Obrigado manuela baptista.
      Tempos muito difíceis, mares muito revoltos, muitas correntes. Passaremos, assim espero
      Um abraço

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  4. Só hoje vim aqui!! Meu querido Tio, desejo que os dias que passaram desde o 11 tenham mitigado as consequências desse tarramoto!

    Abraço apertado!

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    1. Estou um pouco mais tranquilo com as notícias recentes. Obrigado.
      Um abraço para ti também

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