Recordo perfeitamente o dia 11 de Setembro, com os alegados
atentados às Twin Towers. Recordo perfeitamente que não acreditei na história
do atentado ao Pentágono e mais tarde fiquei bastante surpreendido pelo modo como
foi contado, difundido, propalado até à exaustão esse triplo atentado.
Nesse trágico dia numa reunião de empresa, no calmo ambiente das terras algarvias, recordo que se interrompeu a reunião para ver a repetição das imagens da CNN pela RTP, de termos retomado a reunião e alguém ter dito (permitam-me que não identifique a pessoa) que agora iam começar a tirar-nos o ar, referindo-se esperado aumento dos spreads, taxas de juro à brutal redução de consumo…
Independentemente das perguntas sem resposta sobre este
assunto, fiou-nos uma certeza que confirmo 12 anos depois: O mundo como o
conhecíamos acabou nesse dia.
E hoje para celebrar essa efeméride, também tive um
terramoto, seguido de maremoto na minha alegre casinha. As datas serão coincidência?
Sou inocente, acredito em histórias da carochinha, mas não interpreto coincidências
como sinais esotéricos. E no entanto estou certo que este 9-11 que bem podia
ser um 11-5, é um grito, um pedido de ajuda, desesperado, influenciado por uma
série de coincidências infelizes e factos mal interpretados.
A história repete-se e hoje é a minha vez, de ao vivo e em
directo, assistir ao desmoronar de uma grande parte da minha vida. Aquilo que
só acontece aos outros, que sabes que te pode acontecer, mas que recusas a
acreditar que te vai acontecer… E irrita-me profundamente saber tudo isto… Como
me entristece saber que amanhã é outro dia e vai estar tudo igual, como também depois
de amanhã, e para a semana mais ainda…Mas o mundo nunca mais será o mesmo.
Fica um vazio por preencher que o tempo se encarregará de
amaciar, deixando um cova mais redondinha, que uma certa memória autística irá amaciar.
Outros mecanismos do nosso inconsciente irão racionalizar, e esse oco passará a
ser uma cratera, justificando a sua existência criando um memorial, relicário
de recordações doces, algumas nunca vividas.
E é assim a vida, de factos, actos e omissões.
A esperança não morreu, vai morrendo em cada dia, mas há
vida para além do Bojador!
Agarro-me aos remos. Remo em silêncio, sem nunca desistir.
Talvez eu desistisse... embora nunca se deva desistir.
ResponderEliminarNeste caso ninguém pode desistir...Embora às vezes apeteça imenso.
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ResponderEliminarPois eu nesse mesmo dia tive a certeza que o mundo nunca mais seria o mesmo.
Mas é claro que desistir é proibido!!
Este teu texto inquietou-me...
Beijos silenciosos
A minha fleuma britânica resiste a quase tudo, mas às vezes custa. E tens razão o meu mundo nunca mais será o mesmo :-(
EliminarBeijinho para ti
seja qual for a cratera instalada no seu mundo,
ResponderEliminardesejo-lhe coragem
um abraço
Obrigado manuela baptista.
EliminarTempos muito difíceis, mares muito revoltos, muitas correntes. Passaremos, assim espero
Um abraço
Só hoje vim aqui!! Meu querido Tio, desejo que os dias que passaram desde o 11 tenham mitigado as consequências desse tarramoto!
ResponderEliminarAbraço apertado!
Estou um pouco mais tranquilo com as notícias recentes. Obrigado.
EliminarUm abraço para ti também