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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O sindroma do Euromilhões na gestão

Ou como o mito do D. Sebastião está bem vivo e arreigado na gestão em Portugal, poderia ser o subtítulo desta prosa que se destina apenas a mostrar e ilustrar com um pequeno exemplo o designado Sindroma do Euromilhões na gestão.

Como é sabido, a probabilidade de ganhar o Euromilhões é diminuta e facilmente calculada. O dinheiro.pt publicou há bastante tempo a forma de calcular essa probabilidade, que é de 1 em 76,275,360. Coisa pouca, vai sair de certeza esta sexta feira, provavelmente a alguém, a um nosso gestor com este sindroma.

O sorteio é à sexta-feira, o que ajuda a que esta patologia possa ser contraída com alguma facilidade. O Gestor contaminado, muito rapidamente absorve o germe desta hiperbactéria, o E1S7 e os primeiros sintomas manifestam-se imediatamente a seguir às primeiras dificuldades.

Hás dois tipos de efeitos, exógenos e endógenos. No primeiro caso o gestor contaminado acredita que factos que o vão beneficiar vão mesmo acontecer e, sobretudo, a uma sexta-feira O segundo grupo de efeitos prende-se com o acreditar que os seus problemas e obrigações se vão solucionar por um passo milagroso. As primeiras manifestações desta patologia fazem sentir-se em gestores de qualquer idade, mas predominam os casos de indivíduos entre os 30 e os 45 anos de sexo masculino com novas responsabilidades na gestão e caracterizam-se pelos devaneios, fixação de datas impossíveis, dead lines à sexta-feira, objectivos lunáticos e comportamento errático, com variações extremas de ânimo.

Um estudo intensivo demonstrou que grande parte dos gestores com esta patologia, acredita mesmo no que está a dizer e a prometer, apesar do irrealismo das afirmações e promessas, o que torna mais difícil de despistar a doença, numa primeira fase. Provou-se entretanto que a incidência era maior em quadros originários de determinadas escolas e que nunca tiveram que conquistar pelo seu trabalho e competência os lugares que ocupam.

Uma equipa de investigadores tentou fazer uma despistagem desta nova tipologia de hiperbactérias, no governo e nas autarquias mas foi impedida de o fazer, alegadamente por já estar em curso um plano nacional de vacinação. Entretanto ficou demonstrado que se trata de uma bactéria hiperresistente e facilmente transmissível pela cadeia hierárquica, a montante e a jusante.

2 comentários:

  1. Vá lá! Vá lá! Antes bactéria do que vírus, estes são frágeis mas sofrem mutações muito rapidamente, e as novas estirpes vão sendo cada vez mais virulentas, atacam "forte e depressa".
    Abracinho

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  2. MAria Teresa,
    Como os virus estão a ficar fora de moda, vão virar-se para as bactérias...
    Abraço

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Hmmm! Let's look at the trailer...