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segunda-feira, 30 de março de 2020

Pandeleiros. Finalmente percebi!



Sempre achei estranha esta designação. Algarvio, exportado para o norte, para reciclagem social e actualização de conteúdos, nunca compreendi, verdadeiramente, o significado da palavra e, durante anos acreditei ser um termo pejorativo para designar uma determinada atitude, no que respeita a comportamentos sexuais. Afinal não era! Foi preciso vir um vírus, da China, de onde já tinham vindo outros (será lá que os fabricam, ou testam?), para que finalmente compreendesse o verdadeiro significado desta palavra, tão injustamente citada por mim!

Ao ouvir tantos especialistas em vírus, com pós-graduações em epidemias, pandemias e outras coisas acabadas em mias, como jeremias, os verdadeiros profetas do pandemónio, do terror social, acérrimos lançadores do pânico, fez-se luz!

Pandeleiros são os especializados em pandemias que, à semelhança de outros estereótipos, saíram agora do armário! Estiveram em silêncio, ao SARS, à gripe A, mas agora não aguentaram mais. Soltaram a franga do COVID-19 e, sem nunca dizer a verdade, mergulharam-nos, no completo caos, que a falta de liderança, na Europa e Estados Unidos, amplificou.

Estes pandeleiros têm discípulos, espalhados pelas redes sociais, que se encarregam de disseminar o seu pavor pelo digital. E os leitores, na Ânsia de partilhar, nem lêem e muito menos tentam perceber o que lêem. Partilhar a tolice, a loucura, o pânico é o que importa. Proteger os que realmente precisam, mudar hábitos, comportamentos e procedimentos não interessa. Importa mostrar, gritando, mesmo que não seja verdade. Oráculos do infortúnio e campeões da desgraça! Arrastem as massas! 

Alguém vos agradecerá, certamente. Eu não.

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