quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Oh, Oh! Banana e Ovos podres, não!
Porque não quero ser banana ou ovos podres, e menos ainda ter alguma dessas coisas estragadas, sim, Miss Polo, o Tio é um dos 500, ò mais...
From Algarve, with love, or maybe not the last or the least...
E agora sim, o link para a banana. A Polo produz tanto que não consigo encontrar o dos ovos...
sábado, 26 de novembro de 2011
Ainda a gastronomia e a culinária. E a sedução…
Seduzido pela culinária ou utilizando a culinária para seduzir? Claramente a segunda! A sedução fascina-me e arrasta-me para uma inevitável atracção pela gastronomia e pela busca de utilizações mais sofisticadas de ingredientes, com combinações novas e condimentadas de forma diferente, o que, por sua vez, inexoravelmente e com prazer, diga-se, me faz continuar incansavelmente apaixonado pelas possibilidades deste percurso e pela pesquisa….
A combinação da gastronomia com sexo, também me atrai. Gastronomia erótica? Sexo gourmet? Sexo com gastronomia, com certeza, apesar de me parecer mais requintado o contrário: gastronomia com sexo. Definitivamente, uma vez que a propriedade comutativa não se aplica nestas duas artes nem sequer aos percursos…
Ficamos assim por esta dualidade da arte da combinação e pelo conhecimento da arte. Ainda bem que são disciplinas práticas e não teóricas…
A sedução é o factor comum e a base destas relações. Como seduzir sem se deixar também seduzir? A sedução não é um fim. É um princípio base de qualquer relação. E ainda bem!
Estou a pensar o que vou fazer para o jantar. E o pequeno-almoço?
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Correr para quê?
Um post do LOL, que tem um verdadeiro serviço público de informação, remeteu-me para um dos meus filmes de culto, o Blade Runner....
Pacífico ou não, aqui fica este oceano do Vangelis, uma música excelente para um dia de chuva...
Pacífico ou não, aqui fica este oceano do Vangelis, uma música excelente para um dia de chuva...
sábado, 19 de novembro de 2011
Limas, Lixas e mós
As limas e as lixas são abrasivos bem conhecidos. As mós também são abrasivos, apesar de serem menos usadas e populares… Abrasivos são materiais duros, que servem para desgastar outros. As lixas também podem servir para polir se forem mais finas.
Ultimamente os limas têm estado na moda, por terem querido lixar as heranças de outras limas. Tentaram lixar, mas o ditado “lixa mole em lima dura, tanto dá até que fura”, não existe… E a lima pequena quis lixar, mas acabou por partir os dentas na lima dura, o rei das limas.
Quando se está na mó de baixo não há nada que não nos aconteça e as limas, mesmo as mais novas, apesar de engordadas pelo sangue das sanguessugas, não escapam a esta lei…A lima na mó de baixo é que se lixou. Finalmente, será? Ou estaremos todos lixados mais uma vez?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Bósnia, uma bomba em Exame Nacional
Foi revelado um dos grupos de perguntas do exame nacional de Matemática, a aplicar a todos os alunos do 9º ano. Depois do jogo de ontem, num bar da capital, o Tio ficou a par desta autêntica bomba e vai revelá-la em primeira mão.
As perguntas surgem na sequência da recente vitória da selecção de Portugal contra a da Bósnia por um expressivo resultado e tem como objectivo assinalar esse feito. Cada vez mais os conteúdos programáticos têm que se aproximar dos alunos. Os temas em análise devem fazer parte do quotidiano dos discentes e da Escola…
Sem mais delongas, aqui vão as perguntas:
1. Recentemente a selecção portuguesa de futebol venceu a homóloga bósnia, na segunda mão dos Play-Off de apuramento para o Europeu de 2012, no Estádio da Luz. Sabendo que ambas as equipas marcaram golos e a que representava Portugal marcou o triplo dos golos da sua adversária, indique qual foi o resultado final do encontro:
a) 6-2
b) 3-2
c) 1-0
2. Tendo em conta que o total de golos marcados nas duas mãos foi de 8. Quantos golos foram marcados por Portugal no encontro que ocorreu na Bósnia, na primeira mão?
a) 0
b) 5
c) 6
3. Se cada equipa tiver 11 jogares em campo no inicio do jogo e no final estiverem apenas 21 jogadores, quantos foram expulsos durante o jogo?
sábado, 12 de novembro de 2011
Burlesque – Evolution 2
Ainda não é desta vez que me vou dedicar ao Teatro de Fantoches, Marionettes ou, como se dizia lá na terrinha, os Robertos…
Hoje, depois do dia agitado de ontem, tenho que dar alguma atenção a outra das filhas da Commedia del’arte. Uma filha boa, mas mal vista, com fama de andar com más companhias e de se despir com frequência. Estou a falar da arte do Burlesco…
Também aqui se combinam várias técnicas e disciplinas (circo, ballet…), para oferecer o espectáculo, onde predomina o exagero, por vezes no limite do grotesco, mas sempre extravagante e cómico. A sátira era a piéce de resistance deste género de arte e as representações incluíam várias cenas, sem ligação entre elas. As performances, muitas vezes improvisos autênticos, resultando da interacção com o público ou do local onde se representava… Os escândalos locais eram satirizados e nos temas encontrava-se com frequência o ciúme e o adultério, por isso não devemos confundir o burlesco com um espectáculo de strip tease, onde apenas se procura o lado erótico da performance. O apenas neste tipo de performances não é minimizador, ou pejorativo, significa que não está presente a sátira ou que não se pretende explorar o lado cómico…
Originalmente os actores do burlesco viviam dos donativos do povo, nas suas representações itinerantes, na rua. Hoje apresentam-se, como herdeiros naturais do Burlesco, Burlesconi e Abertini. O primeiro em Itália e o segundo em Portugal. Espero que apesar do público estar de tanga, não se dispam. Passaríamos a outro género de representação…
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Mi Caro Hermano Pepe Platón
Escrevo-te em Português, para que me compreendas melhor. Como está o teu francês? Já arranhas alguma coisa, já dizes “mon ami”, com sotaque do “Midi”, como o teu patrono? Sei que já descobriste o que são os Hors d’oeuvre...
Agradeço a tua simpática carta de Abril, com todos os conselhos que me deste, mesmo sem tos ter pedido. Não serviram para nada, mas obrigado na mesma. Nunca dês conselhos a quem não tos pede…Aquele Tio é que escusava de a ter publicado. !Cabron!
Aqui a situação está muito melhor. O dezemprego (o mesmo que desemprego, mas em Dezembro) já passou os 20%, muito melhor do que aí… Tu ai tiveste umas manifs de um dia, contra os políticos em geral. Eu tive uns tipos acampados, já nem sei quanto tempo…
Tu tens alguns autarcas que mesmo com a crise se endividam para fazer ciclovias. Eu tenho todas as últimas quintas-feiras do mês manifs de bicicletas que me paralisam a capital por quererem ciclovias…
O gajo que te derrotou nas eleições, o Passione teve um acampamento de uma noite em frente à Assembleia, eu tive semanas nas Porta do Sol (e da Lua), que quase acabavam com o negócio das meninas…Tiveste alguém acampado à tua porta? Uma vígilia ou outra, isso nem conta.
Tu conseguiste acabar com a indústria do teu país, eu ainda tenho alguma coisa e estamos a comprar aí a tua, na tua terra. Tu queres o TGV. Nós já temos várias linhas do AVE…Queres comprar uma em segunda mão? Vendo-te um Talgo antigo, com bom preço. Fala com o Tótó e ele que aproveite meter isso no pacote para votar a favor do presupuesto 2012..
Dizem que eu pareço o Mr Bean, mas tu tens uma boquinha de Monalisa que mente com quantos dentes tem. Manda fazer uma limpeza, já agora também te dou conselhos. Somos irmãos carai!
Não sei se tenho alguma coisa aprender contigo, a não ser o controlo dos meios de comunicação social…Falei com os tipos que publicaram aquela notícia, a que te deixou fulo. ¡Hoder! Era mentira? Não me mandaste o tal Luís, em todo o caso, podia ter dado jeito, porque levei aqui um entalão com as municipais e decidi ir pela terceira via. Não me demito, nem vou a votos, saio mais cedo para ficar a aura do que poderia ter sido, uma espécie de promessa de D. Sebastião, que Uds. estão sempre à espera…E assim o Rubalito é que se vai lixar…
Aparece para irmos beber um copo. A crise existe, mas a movida também! E o Hot está cheio de frutas novas, acabadinhas de chegar da Argentina, Venezuela, México e Brasil, também… Não tenhas medo dos pepinos de cá do sítio. São de confiança! Essas notícias da bactéria foram só para lixar um pouco mais a nossa agricultura. Coisas da Merquela, como o costume.
Saludos ibéricos.
José Bin
P.S. (sempre): Se não te lembras do que me mandaste, vê o blog do Tio, que o tipo publicou a carta. ….Foi uma noite no Fortuny, distrai-me mostrei-lha e pronto, lá foi….
Agradeço a tua simpática carta de Abril, com todos os conselhos que me deste, mesmo sem tos ter pedido. Não serviram para nada, mas obrigado na mesma. Nunca dês conselhos a quem não tos pede…Aquele Tio é que escusava de a ter publicado. !Cabron!
Aqui a situação está muito melhor. O dezemprego (o mesmo que desemprego, mas em Dezembro) já passou os 20%, muito melhor do que aí… Tu ai tiveste umas manifs de um dia, contra os políticos em geral. Eu tive uns tipos acampados, já nem sei quanto tempo…
Tu tens alguns autarcas que mesmo com a crise se endividam para fazer ciclovias. Eu tenho todas as últimas quintas-feiras do mês manifs de bicicletas que me paralisam a capital por quererem ciclovias…
O gajo que te derrotou nas eleições, o Passione teve um acampamento de uma noite em frente à Assembleia, eu tive semanas nas Porta do Sol (e da Lua), que quase acabavam com o negócio das meninas…Tiveste alguém acampado à tua porta? Uma vígilia ou outra, isso nem conta.
Tu conseguiste acabar com a indústria do teu país, eu ainda tenho alguma coisa e estamos a comprar aí a tua, na tua terra. Tu queres o TGV. Nós já temos várias linhas do AVE…Queres comprar uma em segunda mão? Vendo-te um Talgo antigo, com bom preço. Fala com o Tótó e ele que aproveite meter isso no pacote para votar a favor do presupuesto 2012..
Dizem que eu pareço o Mr Bean, mas tu tens uma boquinha de Monalisa que mente com quantos dentes tem. Manda fazer uma limpeza, já agora também te dou conselhos. Somos irmãos carai!
Não sei se tenho alguma coisa aprender contigo, a não ser o controlo dos meios de comunicação social…Falei com os tipos que publicaram aquela notícia, a que te deixou fulo. ¡Hoder! Era mentira? Não me mandaste o tal Luís, em todo o caso, podia ter dado jeito, porque levei aqui um entalão com as municipais e decidi ir pela terceira via. Não me demito, nem vou a votos, saio mais cedo para ficar a aura do que poderia ter sido, uma espécie de promessa de D. Sebastião, que Uds. estão sempre à espera…E assim o Rubalito é que se vai lixar…
Aparece para irmos beber um copo. A crise existe, mas a movida também! E o Hot está cheio de frutas novas, acabadinhas de chegar da Argentina, Venezuela, México e Brasil, também… Não tenhas medo dos pepinos de cá do sítio. São de confiança! Essas notícias da bactéria foram só para lixar um pouco mais a nossa agricultura. Coisas da Merquela, como o costume.
Saludos ibéricos.
José Bin
P.S. (sempre): Se não te lembras do que me mandaste, vê o blog do Tio, que o tipo publicou a carta. ….Foi uma noite no Fortuny, distrai-me mostrei-lha e pronto, lá foi….
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Da tragédia grega à opera buffa, uma questão de comédia.
Podiam ser os vinte séculos de distância entre estas duas formas de expressão artística a fazer a diferença entre elas, mas não. A Tragédia Grega, agora tão em moda pelas representações dos grande actores da actualidade, tem características próprias. Não vou se exaustivo, mas o Pathos, a Peripécia, a Catástrofe e, por fim a Catarse (Katharsis), são elementos que continuam a acompanhar as nossas vidas no dia-a-dia de 2011, apesar de, por vezes, nos custar a encontrar esse último elemento purificador… Há mais de dois mil anos que os gregos representam tragédias. Curiosamente, na Tragédia o número de actores era diferente da Comédia, como também eram o guarda-roupa mas eram todos homens, usando máscaras. As “personas”…
A Opera Buffa, herdou da commedia dell'arte os personagens, e desenvolveu-se a partir dos intermezzos das ópera tradicionais, vindo finalmente a ser reconhecida como um género autónomo, já com vários actos. O seu cariz cómico, com personagens mais próximas do real, retratando cenas do dia-a-dia, contribuiu para o êxito deste género de ópera.
Em Cannes, habitualmente realiza-se um mítico festival de cinema, outra arte bem mais moderna, mas decorrente das representações teatrais antigas, onde se incluem as que mencionei e que dão título ao post.
Ficamos na dúvida se terá acabado mais um acto, ou uma bobine, mas temos uma certeza: As peripécias vão continuar, o Arlequim e a Columbina continuam em cena, o servo desonesto, o pagliaccio e o dottore também. Aliás há cada vez mais personagens destas… Neste novo género de farsa popular, quem se diverte são os actores. O povo paga e sofre, porque gosta.
Os actores tornaram-se os empresários desta nova forma de arte e são eles que decidem as peças e os papéis. As Companhias são meros instrumentos para os actores se exibirem e reclamarem legitimidade de estar no palco. Nessa sanha de conquistar audiências foram arrebanhando mais público e mais companhias novas, pequenas e sem recursos que se juntaram à festa. Agora não têm capacidade para as mega produções que os actores impõem, juntamente com os seus mecenas…
E os espectadores não perceberam que a catástrofe anunciada pelos actores é, na realidade, a catarse! Mostram-se patologicamente preocupados com as peripécias, imaginando que os actores estão mesmo a sofrer…
Luigi Pirandello, tinha razão afinal, falhando apenas no número: Não seis, mas sim vinte e sete personagens em busca de um autor, que é o que temos menos, infelizmente.
A Opera Buffa, herdou da commedia dell'arte os personagens, e desenvolveu-se a partir dos intermezzos das ópera tradicionais, vindo finalmente a ser reconhecida como um género autónomo, já com vários actos. O seu cariz cómico, com personagens mais próximas do real, retratando cenas do dia-a-dia, contribuiu para o êxito deste género de ópera.
Em Cannes, habitualmente realiza-se um mítico festival de cinema, outra arte bem mais moderna, mas decorrente das representações teatrais antigas, onde se incluem as que mencionei e que dão título ao post.
Ficamos na dúvida se terá acabado mais um acto, ou uma bobine, mas temos uma certeza: As peripécias vão continuar, o Arlequim e a Columbina continuam em cena, o servo desonesto, o pagliaccio e o dottore também. Aliás há cada vez mais personagens destas… Neste novo género de farsa popular, quem se diverte são os actores. O povo paga e sofre, porque gosta.
Os actores tornaram-se os empresários desta nova forma de arte e são eles que decidem as peças e os papéis. As Companhias são meros instrumentos para os actores se exibirem e reclamarem legitimidade de estar no palco. Nessa sanha de conquistar audiências foram arrebanhando mais público e mais companhias novas, pequenas e sem recursos que se juntaram à festa. Agora não têm capacidade para as mega produções que os actores impõem, juntamente com os seus mecenas…
E os espectadores não perceberam que a catástrofe anunciada pelos actores é, na realidade, a catarse! Mostram-se patologicamente preocupados com as peripécias, imaginando que os actores estão mesmo a sofrer…
Luigi Pirandello, tinha razão afinal, falhando apenas no número: Não seis, mas sim vinte e sete personagens em busca de um autor, que é o que temos menos, infelizmente.
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