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sábado, 12 de novembro de 2011

Burlesque – Evolution 2


Ainda não é desta vez que me vou dedicar ao Teatro de Fantoches, Marionettes ou, como se dizia lá na terrinha, os Robertos…

Hoje, depois do dia agitado de ontem, tenho que dar alguma atenção a outra das filhas da Commedia del’arte. Uma filha boa, mas mal vista, com fama de andar com más companhias e de se despir com frequência. Estou a falar da arte do Burlesco…

Também aqui se combinam várias técnicas e disciplinas (circo, ballet…), para oferecer o espectáculo, onde predomina o exagero, por vezes no limite do grotesco, mas sempre extravagante e cómico. A sátira era a piéce de resistance deste género de arte e as representações incluíam várias cenas, sem ligação entre elas. As performances, muitas vezes improvisos autênticos, resultando da interacção com o público ou do local onde se representava… Os escândalos locais eram satirizados e nos temas encontrava-se com frequência o ciúme e o adultério, por isso não devemos confundir o burlesco com um espectáculo de strip tease, onde apenas se procura o lado erótico da performance. O apenas neste tipo de performances não é minimizador, ou pejorativo, significa que não está presente a sátira ou que não se pretende explorar o lado cómico…

Originalmente os actores do burlesco viviam dos donativos do povo, nas suas representações itinerantes, na rua. Hoje apresentam-se, como herdeiros naturais do Burlesco, Burlesconi e Abertini. O primeiro em Itália e o segundo em Portugal. Espero que apesar do público estar de tanga, não se dispam. Passaríamos a outro género de representação…

2 comentários:

  1. Pena que o burlesco seja levado ao limite do histriónico neste país de altos e baixos (mais baixos)!

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Hmmm! Let's look at the trailer...