Hoje é o dia Mundial do Animal. Fiquei a saber pelo rádio, no novo troço da A29, ainda não descoberto por infelizes canídeos que tentam o suicídio nessas vias de circulação.
De acordo com o anúncio, convida-se a população em geral a aparecer com os seus animais domésticos e a passear com eles.
Não vou passear, porque a minha raça ainda está pouco domesticada, apesar de ter andado a treinar.
Béu-béu-béu e aí vai ele de rabinho a abanar? Não. Não faz o meu género, mas aproveito para contar uma história, com o Tio uma senhora e um canídeo de grandes dimensões (sim um cão verdadeiro, de quatro patas).
O Tio, absorto, a pensar nas suas leitoras, leitores e posts, sobe tranquilamente a escada da Estação de Campanhã, do lado oposto ao edifício da estação. Quem vem da VCI, dá muito mais jeito estacionar desse lado e no Verão, de manhã cedo, há normalmente lugares e ainda não há arrumadores. Por isso lá tinha ficado o bólide, em vez do remanso do parque de estacionamento do outro lado.
Está quase a chegar ao cimo das escadas quando olha para cima e dá com a cabeça enorme de um Grand Anois, gigante que na ponta da trela tinha uma senhora (senhora, o Tio usa para todas as mulheres, tias ou não), toda gira. Quase dei um pulo, mas não me atirei à senhora. Não por causa do dinossauro disfarçado de cão poder dar-me uma dentada e engolir alguma parte que ainda me pode fazer falta, mas porque no Porto as pessoas brincam pouco e não quis ser mal interpretado. E estava a pensar na cabeça, porque com a diferença de cotas, a cabeça do cão e minha estavam à mesma altura...
Bem, a dona do bicho percebeu e achou graça. Também me ri mas não tive resposta e, isso sim, é que me deixou desconsolado. Amor de cão, pelo de outro cão, mas nada. Nada de nada. Ai é, espera aí, que já levas resposta. Ao passar com a fantástica besta junto ao pópó do Tio, ainda tive a esperança que fosse fazer uma mijinha na roda, mas não. Bicho educado.
Mas o Tio, malandreco (sempre é verdade minha cara leitora anónima, sempre é verdade, apanhou-me desta vez), que ia uns dez metros atrás, achou que a história não podia acabar assim e resolveu carregar num botão mágico do comando, que abre o porta bagagens. E não é que abriu mesmo no momento exacto? Bendita tecnologia...
Não pude deixar de esboçar um sorriso. Amor com amor se paga, diziam os meus olhos com a luz amarela da rua que me fazia também o sorriso amarelo, enquanto guardava o Toshas, cuidadosamente, na mala do carro...
Várias conclusões se podem tirar desta história. Prometo continuação, depois das eleições.
Tem razão tio...várias conclusões mesmo! rrsssss
ResponderEliminarEspero pela continuação...
beijo e bom fim-de-semana
Por muito que pense e repense, não consigo descortinar uma "conclusão feliz" para este episódio...
ResponderEliminarSó o Tio lhe pode dar continuidade ou finalização.