Depois das pulseiras e brincos chegou a vez dos anéis...Porquê agora? Como em tudo, há o desejo subjacente que de repente desperta. Um pequeno click, acende o pavio e já está. Neste caso foi um pedido para uma votação (não era sobre o melhor click...) e um mail da S. C. (fiquei lisonjeado, acredite) a pedir uma opinião sobre anéis que me lembrou dessa promessa feita à M.
Desculpa pública e vamos ao trabalho que o rastilho está aceso e o tempo a correr.
Os anéis, e vou passar por cima (no sentido figurado) das possibilidades esotéricas dos anéis, têm uma mística muito especial. Começa nos materiais com que são feitos, mas é na forma na imaginação e fantasia de quem os cria ou usa que brilham e nos despertam os sentidos.
Gosto de ver uma mulher com anéis. Não demasiados, porque me faz uma confusão terrível (fico logo a pensar se será para andar ao murro, para arranhar, ou para dar um ar entre o punk e o gótico). E anéis que se vejam, não aquelas alianças, tímidas, demasiadamente fininhas para serem levadas a sério. Enfim coisa panisguinhas. Definitivamente não. Também detesto aquelas alianças a atirar para o tipo “algema” que algumas mulheres põem no anelar esquerdo (no delas e no de alguns homens). Serão os homens que querem assim? Sim, porque há homens que também usam disso, mas o problema é deles...O que quererão dizer com esse tipo de anel? Que estão atadas e atados? Que estavam disponíveis para por umas algemas? Hmmm... Não seria melhor umas pulseirinhas para sugerir isso? Depende, minhas queridas. Depende, como sabem muito bem.
Bem, ainda me perco com a história das algemas e ainda mal falei dos anéis...
No jogo da sedução tudo conta e as mãos têm um papel importante. Vêm-se e depois sentem-se...Os dedos, a delicadeza e a sensualidade de uma mão de mulher... Ai, ai, ai, que não sei se este post vai acabar bem...
Imagino-me a ser acariciado, a sentir as suas mãos a percorrer o meu corpo. Primeiro com alguma timidez (faz parte do jogo) e depois sem vergonha. Nenhuma. Com todo o descaramento, que gosto.
Depois de sentir essa sensualidade, que me põe aos pulos, e de todo o esforço para não me mexer (também faz parte do jogo), vejo as suas mãos. Como as poderia imaginar sem umas unhas arranjadas e sem anéis? Dificilmente...
Beijo-as e beijo os seus anéis, qual vassalo de um poder grande, que me enfeitiçou, enfeitiça, seduziu e seduz...E continua a seduzir enquanto a beijo, toda.
Noutras ocasiões, que dizer do gesto de tirar os anéis e de, cuidadosamente, os guardar? Que irá tirar primeiro? Os brincos, os anéis? A delicadeza dos gestos, a sensualidade calma e serena. São momentos de intimidade que valem uma eternidade de tempo.
Enfim, anéis são também códigos de cumplicidade, jogos que adoro. Regras conhecidas, mas que nos surpreendem de todas as vezes.
E às vezes um só anel faz toda a diferença...Ou talvez não!