Ontem partiu uma amiga. Sim, há
algum tempo sabia que a probabilidade desse dia chegar era grande. Não lhe falava há
muito, pois custava-me imenso saber da sua dor. Não por egoísmo, ou
desinteresse, mas apenas por não querer que, ao contar-me, sofresse mais uma
vez... Não conseguiria suportar esse
pensamento e, por isso, estupidamente, fiquei caldado. Até sempre, penso agora,
com mais uma tristeza: A de não lhe ter falado. E agora nem gritando me vai
ouvir.
Esta praga ceifadora que atinge
todos, sem escolher idade, sexo ou religião, aparece pela calada, quando menos
se espera, é certeira, terrivelmente certeira. Poucos lhe escapam, e esses,
apenas quando têm a sorte de a descobrir antes do tempo.
Custou-me mais desta vez, sim é
verdade. Porquê, não sei. Revejo o seu sorriso aberto, franco e contagiante, o
seu ar alegre e sempre bem-disposto e não consigo perceber porquê. Porque me
custou tanto, acho que começo a perceber: Recordo o último Tango que dançámos e
finalmente percebo.
Hoje, olho para o céu e sei que
tem mais uma estrela, muito brilhante, que nos guia, neste mar escuro e frio.
Este pensamento ajuda-me, porque ontem morreu-me mais uma parte da alma…
Nunca é fácil, é isso que nos torna humanos. Um abraço.
ResponderEliminarÉ isso mesmo. Obrigado.
EliminarUm abraço para ti também.
ResponderEliminarDeixo-te um beijo e um abraço terno!
Obrigado Afrodite! Um abraço apertado para ti também!
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