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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

domingo, 15 de janeiro de 2017

Fontes e bebedouros: do fontismo ao socretismo, uma história sem paralelo



Levou-me muito tempo a perceber a origem do frenesim construtivo que nos assolou num passado muito recente. Levado por uma tendência natural minha, confesso, via na I República a origem deste estado de coisas mas, francamente, a ideia não me agradava. Como sofista (era assim que um prof de filosofia me chamava, nos longínquos tempo de liceu), a ideia servia-me apenas de forma de discussão, sem qualquer aderência à realidade. E, de facto, a semelhança era apenas no título da obra de Platão, dilecto discípulo do nosso estimado homónimo que hoje recordo. A origem tinha que estar noutro lado.
E só ao ler o Terminar a Revolução, a Política portuguesa de Napoleão a Salazar, de José Miguel Sardica[1], percebi o meu erro e como as nossas convicções, ou preconceitos, nos levam a conclusões erradas, sem qualquer explicação racional.
O livro é todo ele fantástico, mas para provar a minha tese, refiro-me apenas ao período entre 1858 e 1871. E neste ponto tenho que referir que o meu blog e os seus textos são apenas ficções, como referi no princípio: http://empresaportuguesa.blogspot.pt/2008/03/porqu.html. Não há qualquer semelhança entre o que se passou no final do século XIX e no início do século XXI, no entanto apetece-me citar aqui um artigo anónimo do Jornal o Português, fundado por Alexandre Herculano. Fazendo mais um parêntesis, importa dizer que há quem o queira atribuir ao próprio Alexandre Herculano, desiludido com a solução Regeneradora encontrada para o Reino, mas uma pesquisa séria e aturada, permitiu a chegar à conclusão que o autor do polémico artigo era um Tyo de Valle do Lobo, Santharém y dos Allgarves, que nunca chegou a ser verdadeiramente identificado. Pois bem, as palavras usada por esse Tyo para descrever a classe política da época eram, entre outras, “mediocridade ambiciosa”,  “ leviandade inexplicável” mas, destaco sobretudo a brilhante conclusão de que “ A máquina a vapor e os caminhos de ferro são o pão e o circenses do século XIX”! E como é bom ver alguém pensa como nós!!!
É fácil ver que a máquina a vapor do século XXI são o Plano Tecnológico e o Parque da Instrução (as máquinas a vapor tinham um vagão com o carvão) e que o caminho-de-ferro dessa época são as scuts (sexo com utilidade turística). O facto de XIX e XXI terem exactamente os mesmos símbolos, provam a teoria da cabala e o grande paralelismo dinâmico destes factos históricos. Esta coincidência foi inspiradora para o nosso filósofo. O inspirador, tinha sido aluno brilhante, militar distinto e o país viveu, de facto, um período de grande desenvolvimento na segunda metade do Séc. XIX. Cem anos depois, este cocktail explosivo provocou séria mudança na mente jovem e influenciável do nosso engenheiro de obras feitas, especializado em inglês técnico. Cedo decidiu sacrificar a sua vida pelo governo da nação e panalizar os seus amigos, o que conseguiu com grande mérito, diga-se.

Nota: A questão do suposto desenvolvimento e efeito multiplicador do investimento do estado na economia tem vários defensores, recordo apenas que os empréstimos concedidos a Portugal nessa altura de grande desenvolvimento, acabaram de se pagar no tempo do nosso secretário de nome mexico-colombiano Tony Gutierres.


[1] Edição do Círculo de Leitores de Março de 2016, Coleção Temas & Debates

sábado, 7 de janeiro de 2017

Oração dos Gestores




Como homem de fé, tenho que recomeçar estas crónicas, com uma oração. A oração dos gestores profissionais. Para os que já me conhecem, sabem que vou buscar inspiração à realidade do dia-a-dia, que tem mais fenómenos surreais do que muitas histórias de ficção científica.

E como hoje é dia de Reis – todos os outros são dedicados às Rainhas, aqui vai a minha oração:
Peço paciência para suportar os dislates dos que mandam mais do que eu, e peço resistência para não me rir perante tanta estupidez. Mais ainda, peço força para aturar as mulheres deles, com tempo livre e sem outro entretenimento que não seja chatear os que trabalham entre 12 a 16 horas por dia.
Não posso pedir que arranjem um amante – para utilizar a terminologia delas – pois isso não seria correcto. Peço pois que arranjem outros interesses, sejam eles em forma de homens, ou mesmo de mulheres,pois não sou sectário, nem defendo a criação do cartão de cidadoa. Também se poderiam interessar, essas senhoras pouco ocupadas, com a caridade. A caridade já não é o que era, mas era e desculpem a repetição forçada, uma excelente ocupação e sairia muito mais barato às empresas, já que a canasta está um pouco em desuso.

Peço ainda a inteligência necessária para compreender os objectivos escondidos atrás – sim, queridas é mesmo com s – do envio de montes de emails e a paciência necessária para evitar responder a todos, com um simples email automático, com um texto profundo, do tipo: “Please do not disturb, I’m working”.

Enfim, não posso pedir que me deixem trabalhar, pois soa a cavaquismo distante e bacoco, mas, por favor, deixem-me continuar entretido nestas tretas do trabalho e deixem-me também um tempinho para postar no meu blogue., mesmo que after hours.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Federico, Pograma e Tefonar




Poder-se-á pensar que o título deste pequeno texto se refere à organização de um programa com um Frederico, mas não. Como também Panelas não significa tachos ou sauteuses. Panelas é apenas a forma de se perguntar o caminho para Nelas. Imaginem que vêm visitar a Capital dos Blogs Locais (Canas de Senhorim) e, de repente, decidem ir conhecer a contestada sede do concelho e perguntam o caminho para Nelas. A pergunta será, obviamente: Panelas? Podem obter alguma resposta complicada, sobre o tipo de panelas, mas qualquer Tia de plástico ou pechisbeque, que se preze, nunca usaria a palavra para, mas sim o equivalente pa, que se pronuncia .

Da mesma maneira, ninguém desse mundo Tiológico, onde a lógica é uma marca de lápis, tem um programa. O que pode ter e tem, certamente é um pograma! Já o Federico é diferente. Podemos até ter amigos Federicos . Recordo na minha infância de um amigo Federico, que tinha uma irmã bem giraça – vamos imaginar que o nome era Constança, o que não é verdade. Poderíamos chamar-lhe Tacinha, por exemplo, seria adequado à situação. 

Para combinar os pogramas, naturalmente usa-se o tefone, tefona-se a outra Tia, também de pechisbeque, tão a ver, e marca-se. Marca-se, como os quartos ou bilhetes. Ninguém reserva, toda a gente marca…Enfim, o plástico tem algumas regras, recentes, por sinal, mas que vieram para ficar.

A propósito de Federico, muito se poderia dizer. Ontem lembrei-me desse meu amigo, mas também descobri outro, de Ribera del Duero. Muito simpático e desfrutado em boa companhia ainda melhor.
Estamos em altura de Festas, que se querem muitas e boas! Que entrem com os dois pés, as duas pernas, os dois braços e tudo o que têm. Eu vou fazer o mesmo, já sem esse Federico, que acabou logo. Amizades Tiológicas, duram pouco, como sabem.