É sempre bom ouvir o Bob Dylan e ontem morreu "the man the authorities came to blame"
segunda-feira, 21 de abril de 2014
sábado, 19 de abril de 2014
Bom Senso e Bom Gosto
Há cerca de 150 anos uma disputa intelectual que ficou
conhecida pelo nome de Questão Coimbrã, agitou as águas de Coimbra e separou os
ultra românticos dos realistas. Separou os mais conservadores – a escola do
elogio mútuo, como os classificou Antero de Quental - dos jovens academistas. Artigos
constantes, de parte a parte e respectivas respostas foram o combustível que
alimentou a polémica entre o status quo e os novos escritores. Bom Senso e Bom
Gosto foi o título de um artigo do mesmo Antero de Quental, de 1865. Do outro
lado Pinheiro Chagas e António Feliciano de Castilho, padrinho dos aspirantes a
escritores do sistema, foram as figuras que mais se destacaram, num grupo que agitou
a intelectualidade da época e, mais do que na literatura, mexeu com a sociedade
da altura.
Bom Senso e Bom gosto seriam, segundo Castilho os predicados
que faltariam aos jovens e serviu de mote ao texto de Antero…
Hoje, noutro plano voltamos à questão, mas numa perspectiva
diferente: A visão Tiológica do assunto.
Bom senso e bom gosto faltam a quem nos governa, com a
agravante da geração de governantes imediatamente anterior, não ser melhor nem
pior. Estamos na nova geração de 70, também chamada de J que, contrariamente à
de dois séculos antes, não produz nada de válido, nem contribui positivamente
para o desenvolvimento intelectual da nação. Chamam-se de 70, porque nasceram nos
anos 70, não produziram nada nos anos 80, nem 90 e agora estão apostados em
destruir o que foi construído pelas gerações anteriores. Os mecanismos de
auto-defesa corporativos, criados pela geração imediatamente anterior, que se
instalou no poder nas décadas de 80 e 90, servem agora esta nova leva de inconseguidos
que chegados ao poder, por lá se vão fixar, irrevogavelmente!
Gastam o que não temos, cortam onde já não há para cortar,
contrariam a geração dos pais, que pouparam incansavelmente para lhes dar um
futuro. E deram! Perderam o presente para lhes dar futuro, mas esqueceram-se de
lhes pedir para não o tirarem aos outros…E eles, diligentemente, tiraram! E
continuam a tirar!
A famosa geração de 70 baptizou os intelectuais do
establishment como “a escola do elogio mútuo”, dadas as constantes referências mútuas
e auto elogios. E o que temos agora? Todos perderam a vergonha. Elogiam-se
mutuamente intragrupo - a última performance pública de Poncius Cavacus com o Mero a quem chamaram Cherne e o guisado que queria ser Lebre é um exemplo – e
digladiam-se intergrupos, até à exaustão, em debates estéreis, inconclusivos e
fúteis. Suponho que estas contendas acabem afogadas num bom Saint Emillion, num
faustoso repasto, numa assembleia qualquer.
Comparar esta geração
que nos governa com a verdadeira geração de 70, é como comparar alhos com bugalhos. Estes não
valem um bugalho, nem a rama de um alho!
terça-feira, 1 de abril de 2014
Audistas e Autistas
Usa-se frequentemente a classificação de autista político
para designar aqueles políticos que vivem afastadas da realidade, numa
realidade alternativa… Agora temos uma nova denominação: Audistas. Os meus
leitores decerto identificariam muito facilmente – não faço publicidade
encapotada, apenas Product Placement – aqueles que se lembrassem de sortear carros de valor superior a 40.000 euros entre os seus
concidadãos.
Audimetria não é a medição de audiências, mas sim o exame
que permite determinar o nível de audismo de cada um….
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