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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Prazer e Dever. O prazer é devido...

Estes últimos títulos despertaram-me a vontade de publicar uns textos sobre as minhas viagens a Vénus. Há séculos que não escrevo sobre o tema, mas ainda não é hoje o dia....

Vamos ao desafio endiabrado:

Eu já tive... mais fé nalgumas pessoas, mas menos noutras...
Eu já tive...mais tempo
Eu já tive... menos tempo

Eu nunca...disse nunca!

Eu sei...Que devia dedicar-me mais às pessoas que gosto
Eu sei... que nada se repete.
Eu sei...que muita coisa se repete, mas de outra forma...

Eu quero...mesmo dedicar-me mais às pessoas que gosto!

Eu sonho...menos do que devia, mas...
Eu sonho...às vezes, mais do que devia...

Pronto! Espero que as tuas expectativas tenham sido atingidas!!! Gostei de responder...

Dois Numa?

O título pode sugerir uma coisa diferente, mas não é...

Dois prémios numa semana! Será coincidência o Tio ter-se despedido da idade que tinha, muito recentemente? Apesar de comprovinciano e admirador da obra do grande João de Deus Ramos, não resistiu a fazer aninhos... Vê-se logo que não é de muito juízo, mas enfim...Lá foi.

E eis que acabo de sugerir uma comenda para a JS, no post anterior, e já tenho de pensar noutra para atribuir à Maria Teresa, que me ofereceu este simpático selinho...




Tento fazer muitas coisas pelo ambiente e, sempre que posso, repito que a Reciclagem vem a seguir à Redução do consumo e à Reutilização. Mesmo antes do Marketing nos ter chamado a atenção para as tendências ecológicas...

Não uso sacos de plástico, sempre que possível recuso embalagens ( e não percebo porque é que em Portugal os Hiper e outras catedrais de consumo não têm mesas para se abrir as caixas de cartão e plástico das embalagens, que permitam deixá-las lá), minimizo o consumo de água, há séculos que tenho lâmpadas económicas em casa (do tempo em que ainda eram caríssimas), nos locais de trabalho procedo de igual forma com o consumo de electricidade e água. Redutores de consumo nas torneiras, pois claro...

Bem basicamente está tudo dito... Gostava de nomear todos os meus seguidores para este desafio e oferecer à Maria Teresa a Ordem do Espírito Jovem! Fica também comendadora, com os meus agradecimentos pela lembrança...

O selo é lindo! Mas têm que o tirar daqui...

Desafio e Prémio? Prémio!


Juro que eu não era assim...Lembro-me de me dizerem: Estuda, faz os trabalhos de casa (no Norte chamam-lhe os deveres) e depois vais brincar. Mais tarde foi a questão do dever (antes do endividamento, que também conheci, mas sem grande intimidade) e do prazer. Primeiro o dever!

E, em rigor devo dizer que também tento transmitir ou pouco essa filosofia, na maior parte das vezes. Outras não! Se o prazer não for um dever (ai, ai, ai...), então que esteja antes de muita coisa. E com frequência acima de muitas coisas... E por isso hoje, apesar do dever estar em falta, de não ter ainda respondido ao desafio da diabinhos, mesmo sem cumprir qualquer outra promessa, ou compromisso, ou de sofrer algum castigo (na tradição judaico-cristã, entenda-se...) tenho um prémio, que ostento com orgulho!

Assim, por este andar, com esta falta de assiduidade (não consigo ainda compatibilizar o word, no Vista, com o blog...), com a falta de trabalho bloguístico, falta de reposta, falta de visitas e com prémios, ainda vou acabar em gestogger público.
Muito Obrigado JS! Fica já uma comenda prometida, mesmo antes da nomeação. Ministra da Blogosfera? Embaixadora do Saber Estar? Alta Comissária para os Assuntos Blogosféricos?
Beijinhos do Tio.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Das sinergias às sanguessugas, a evolução dos grupos.

Mandem-me calar ou parar de escrever! Está a dar-me imenso para estes temas e fico com pouco tempo para os outros que me dão muito mais prazer. A casinha nova, neste ritmo, nunca mais passa da fase de projecto...

Mas, enfim é preciso continuar e teorizar sobre estes assuntos. Criei uma etiqueta nova, para agrupar os “posts” sobre este assunto, e agora sou quase compelido a escrever sobre o tema.
Este título pretende sintetizar um novo efeito de alguns grupos empresariais. Baptizei (não me falem no acordo ortográfico) este efeito com um nome apelativo, mas tenho que contextualizar um pouco sobre o tema antes de formalizar a teoria.

Há alguns anos pensava-se num grupo de empresas e imaginava-se as sinergias que poderiam advir do controlo de várias empresas pela mesma entidade. E partia-se para o grupo, falando-se repetidamente do TODO, do GRUPO, referindo-se até à exaustão que o todo era maior que a soma das partes. Sinergia era a palavra forte.

Mais tarde, a facturação entre as empresas do grupo passou a ter um peso quase tão grande como os “terceiros”, situação perigosa e que, diagnosticada a tempo, foi resolvida por muito boa gente, verdadeiramente bem-intencionada, que ultrapassou essa fase autofágica dos grupos.
Modernamente o conceito evoluiu para a sanguessuga. Este princípio consiste em sangrar as participadas até às portas da morte, com o pretexto de as aligeirar, de lhe retirar a gordura, de deixar apenas o músculo, numa fase inicial. A palavra-chave é aligeirar. A ênfase está na redução dos custos. Depois desta fase, da primeira dentada, suave e nada dolorosa, como a mordidela da sanguessuga, começa a verdadeira sangria.

Há verdadeiros especialistas nesta arte, que em meia dúzia de meses deixam as empresas às portas do “céu”, completamente aligeiradas e ágeis, eufemismo usado para descrever esse estado exangue, antes da morte, neste caso a venda a outro qualquer grupo iludido com a leveza desse fantasma ou a liquidação com venda de algum eventual activo que ainda exista. Sucata, por exemplo. Quem se lembraria de um activo desse género?

O que é pior é que estas sanguessugas pululam por todos os lados, deitando os dentes a várias empresas geridas por pessoas com muitas debilidades. Debilientes, outro neologismo, que quer dizer debilidade resistente...

Por respeito aos meus leitores e por absoluto desconhecimento da forma de reprodução dos artrópodes, não uso o nome de um conhecido ectoparasita hematófago, às vezes presente nestes casos.

As sanguessugas são tão limpinhas! E até já foram usadas para tratamentos...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desculpas esfarrapadas

Quem nunca deu uma desculpa absolutamente inacreditável para alguma situação eventualmente inocente mas, de tão estúpida que foi, que é justificada com uma desculpa ainda mais palerma, que me atire a primeira pedra. Neste caso a primeira tecla...

Os motivos mais habituais das minhas, quando as dava (já me deixei disso há muito) são as avarias. Dos carros, dos comboios, os atrasos dos aviões, das ligações entre os voos, etc. Entre as mais credíveis também está o trânsito, as reuniões que não acabam, etc. O telemóvel que fica sem bateria e não dá para avisar ou a falta de rede, são justificações em que, julgo, já ninguém acredita, mas enfim, talvez possam ser utilizadas.

Longe vai o tempo em que os furos serviam de desculpa. Hoje julgo que já não se utilizam, mesmo aqueles que ainda dão desculpas, evitam essa. Há dias, porém, aconteceu um fenómeno aparentemente inacreditável e merecedor de entrar nessa listagem de desculpas esfarrapadas, com entrada directa nos TOPs.

Foi preciso mudar uma roda... Ao avião? Não acredito! Tem paciência. Estás na tanga...
O telemóvel não tinha ficado sem bateria (uff), e uma grande parede de vidro permitiu fotografar, apesar de não precisar de prova...

Aqui ficam as fotos. Se forem úteis a algum dos meus leitores, ou leitoras, não hesitem. O aeroporto nunca é importante. A companhia sim...




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Contabilidade não analítica

Um comentário a um post, num dia de PEC (Pagamento Especial por Conta) e eis que surge a ideia.

Balanço, Contabilidade. Contabilizar será classificar, atribuir classes. E quantas vezes contabilizamos coisas, aspectos da nossa vida, arrumando-os em compartimentos que depois voltamos a abrir e, quando os olhamos de novo, factos ou sonhos, tão bem arrumadinhos que estavam... e nos parece que nos enganámos a classificar? Apressamo-nos a tirá-los dessa gaveta e a colocar noutra. Será que o processo se repete? Certamente que sim...

Recordo-me de me dizerem que a contabilidade é uma sucessão de fotografias dos factos. Dispostas em sucessão, permitem-nos ver um filme dos acontecimentos. E é assim e não o contrario. Os factos não acontecem para se adaptarem às nossas gavetas. Não inventamos ou provocamos situações porque temos uma gaveta, vazia, com uma etiqueta escrita numa letra toda bonita e temos que arrumar lá dentro alguma coisa. Bem, talvez na adolescência assim acontecesse...

Não quero dizer que não procuro acontecimentos. Naturalmente que procuro e até provoco acontecimentos. Preciso de procurar e de encontrar, mas procuro com a intenção de sentir e não com a preocupação de arrumar...

Balanço e Demonstração de Resultados. Duas peças que todos os anos nos preocupam... Vamos ao longo do ano colocando etiquetas em papéis que representam acontecimentos, as rubricas vão sendo somadas e passado um ano, numa espécie de festim, analisamos os saldos e tiramos conclusões, esquecendo tudo o que fizemos, ou não fizemos, para os obter...

Não. Eu vivo, sem querer contabilizar. Quero acção. Quero descansar sem ter que pensar na situação líquida...Sem ter que mostrar resultados num relatório onde explico porque não pude chegar onde pensava, ficando acima ou abaixo do que se esperava... Prefiro ficar ao lado. De quem quer estar comigo!

E quem quiser que contabilize, cuskotize, ou como lhe queiram chamar a essa ciência de contabilizar a vida dos outros ou a nossa, com o detalhe de um plano de contas. Não posso perder tempo com essa disciplina...E este mês não é de balanço!