Vejo um filme já gasto sobre as vantagens do TGV na ligação do Poceirão à Europa…Falam-me de mercadorias, de plataformas intermodais, do desenvolvimento que iria trazer para o Alentejo…Não referiram o desenvolvimento que a estrutura aeroportuária de Beja veio trazer à região e o conforto que os cerca de 7 passageiros que utilizam essa estrutura aeroportuária por semana, agora podem beneficiar. Repito estrutura aeroportuária, para enfatizar a diferença entre esse tipo de instalação e um aeroporto. Um aeroporto teria sido mais caro, segundo o desgoverno cessante. Não comento, mas espero que não pensem substituir o comboio pelo avião nas ligações entre Beja e o resto do país. Pessimista como ando, imagino que terá passado pela cabeça de alguém acabar com os comboios em Portugal, por os considerarem ultrapassados, já que não têm a bitola europeia.
Ainda não refeito com a notícia das explicações pedidas por Espanha pela suspensão (depois do vara deveríamos dizer suspenção?) do TGV, sou bombardeado com outra notícia: A suspensão das obras no túnel do Marão e a crise na restauração e no mercado de arrendamento em Amarante, decorrente dessa paragem. Sinto que podia escrever um tratado sobre as vantagens da fixação de populações, versus a flutuação dos residentes temporários, mas não vou cansar os meus leitores.
Penso, como toda a gente, que algumas destas obras faraónicas devem ser paradas. E já acreditava nisso antes de experimentar a CREP…Mas a paragem do túnel, deixa-me apreensivo. Se vamos parar o túnel, como é que poderemos algum dia ver a luz no fim do dito? Sem túnel, não há luz ao fundo!
Há contudo há uma solução para este problema, que passa pelo reafirmar da Língua Portuguesa, acabando de uma vez com os estrangeirismos démodé. Um verdadeiro três em um! E a solução é fácil, como não podia deixar de ser…
Em vez de se chamar TGV, estrangeirismo desnecessário e bacoco, o comboio passa a chamar-se CAVE (Comboio de Alta Velocidade)! Assim acabamos com o TGV e criamos um comboio verdadeiramente português, feito à nossa medida!
E o túnel, perguntarão alguns curiosos, mas a resposta é simples: CAVE!
E cavemos todos nós! Nos campos, na agricultura e nas cidades, nos jardins e onde quer que estejamos a resposta só pode ser uma: CAVEMOS! Se possível daqui para fora, porque o buraco já é tão grande que não se vê o fundo! E no fundo do buraco nunca haverá luz…
Mas Tio, tu já não cavaste? Que coisa, que me manténs confusa acerca do teu paradeiro.
ResponderEliminarPseudo,
ResponderEliminarCavei, mas saí-me um buraco enorme, há cinco anos! Consegui sair dele a muito custo....Agora ando ver se tapo outro. Por isso ando sempre dum lado para o outro.
Olha, eu sempre que me parece que estou a chegar ao fundo do túnel e já vejo uma luzinha, vejo que era uma miragem... um mero pirilampo esvoaçante e continuo a cavar... o problema é que o buraco é tão grande, que quanto mais cavamos, mais escuro fica. E a luz parece ficar cada vez mais longe!! Preciso de uma máscara de oxigènio já... sabes de alguma? beijo
ResponderEliminarEva,
ResponderEliminarEu a fazer-te uma visita e na minha casinha...Essas miragens traiçoeiras são terríveis, mas não podemos perder a esperança. É cavar enquanto podemos!
bjs
A armadilha foi muito bem montada... isto da União Europeia... está bom para os do topo, os especiais de corrida, os das costas quentes, da família liberal... quanto ao "mexilhão" não tem para onde ir ou fugir... vamos ser comidos... e até nos vão lamber as cascas lol
ResponderEliminarBjos
Isa,
ResponderEliminarFoi bom as "familias" dos ditos eleitos. Para os comuns mortais é o que se vê...E ninguém lhes pões a mão em cima. Infelizmente.