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terça-feira, 30 de março de 2021

O Estudo de Impacto Ambiental para o novo Aeroporto

 O Tio, mais uma vez qual Tuga Leaks teve acesso ao Estudo de Impacto Ambiental para o novo aeroporto. O estudo é profundo, muito completo e mereceu horas de pesquisa a uma equipa multidisciplinar, que a tasca força (tradução livre de Task Force) do NAAFOQQS (Novo Aeroporto À Força Onde Quer Que Seja).

      Há um conjunto de razões que levam à construção do novo aeroporto, que tenho que divulgar em primeira mão, antes de mostrar o dito estudo em pormenor: 

      1. A Piada do Aeroporto vs. Aerolisboa já está muito gasta e assim podemos ter mais três possibilidades: Aeromontijo, Aerota, de longe a mais simples e mais memorizável – estou certo que em muito curto prazo seria o Arrota – e, finalmente, o Aerochete, também com muito potencial fonético.

Assim, se o critério de selecção for o nome eu escolheria o Arrota, perdão, Aerota, que também tem uma reminiscência do Arreda, como todos sabemos, o petit nom dado ao nosso infante D. Afonso, pelo uso recorrente dessa expressão ao deslocar-se no seu carro nas ruas de Lisboa, muito pouco habituadas a ver automóveis a circular, nesses inícios do séc XX… As minhas costelas monárquicas, sempre!

2. A necessidade de gastar dinheiro

      Quanto menos temos, mais gastamos, sempre foi o nosso mote e, claro, quem mais tem mais ganha! Nós estamos no primeiro grupo, como não temos dinheiro, obviamente pedimos e, como diria o nosso Ex-Primeiro Socrático, não pagamos!

       3. É preciso mostrar que o Aerobeija (à moda do Puerto, carago) não serve

A ideia de construir um Aeroporto em Beja, foi uma loucura e é preciso mostrar que foi mesmo dinheiro desperdiçado. Nem por poder receber o A 340! Que se dane, é só mais uma asneira do citado Ex para meter umas lecas ai bolso, do primo, claro que o Tio não se mete! Haver uma linha de Camonho de Ferro que nos puna de Beja em Lisboa em menos de uma hora se quiséssemos, não interessa. E não venham com argumentos de que a Beijar é que a gente se entende, nem que é mais próximo do Reyno dos Algarves, logo mais perto do Tio. Acabou!!!!

Vejo tanta gente a Aerochotar postas de pescada sobre o assunto do Aeroporto, que o melhor é mesmo divulgar o estudo, tal como o obtive, numa sala de reuniões exterior pois, como manda o desgoverno da pátria lusa, não podemos sentar-nos a mesinha do café…Nem para a bica! Aqui vai.

 


domingo, 28 de março de 2021

O Palhaço, o Circo e o Mundo

 

O Dia do Pai é sempre um dia difícil para mim, desde que há uns anos, neste preciso dia, enterrei o meu próprio Pai. Antes disso, vivi-o como filho e também como pai, sempre com muita alegria, como todos os pais jovens ou adultos, com pais idosos.

Hoje particularmente recordo o que deve ter sido uma das minhas primeiras idas ao circo, ao Circo Krone. Não sei se era o original alemão, de Munique, uma filial ou, simplesmente coincidência, mas era um espectáculo impressionante, pela quantidade de actividades.

Em particular recordo duas situações que me impressionaram imenso: As feras, leões e tigres, em número verdadeiramente impressionante, e os palhaços, de que tive imenso medo.

Ainda hoje, confesso, não acho grande graça à maior parte das palhaçadas mas aquele número do palhaço rico e palhaço pobre não o consegui ver mais, apesar de acabarem como amigos a cantar e a tocar em conjunto…

O palhaço rico, todo vestido de branco, com a cara completamente pintada de branco, o típico chapéu em forma de cone, as meias brancas até ao joelho, a gozar, com o palhaço pobre, com uns sapatos encarnados, gigantes, calças amarelas aos quadrados, um casacão azul forte e, para terminar, uma T-Shirt às riscas encarnadas e um chapéu ridiculamente pequeno... Foi uma imagem que retive, durante muitos anos. Lembro-me de ter tido imenso medo e do meu Pai, para me tranquilizar ter dito que os palhaços eram pessoas, que tinham a nobre profissão de divertir os outros, apesar de, muitas vezes, estarem tristes, ou até a sofrer com os seus próprios problemas…

Hoje recordo essa noite, porque talvez seja essa a minha missão. Independentemente dos meus problemas, gosto de divertir toda a gente, e não me faço rogado para uma graça, elogio ou frase motivadora. Está-me no sangue, confesso, e apesar de me entristecer ver que por vezes não sou bem compreendido, insisto neste meu propósito de levar a boa disposição a quem puder.

Fica aqui o meu desabafo de filho e de pai, neste dia tão simbólico!

E até breve, fica prometido.