A palavra postigo foi a mais procurada na Internet no mês passado. Fantástico! Também fui consultar o Priberam, para receber uns cookies dessa ferramenta, que também uso com alguma frequência. O resultado que obtive foi este:
pos·ti·go
(latim posticum, -i, traseiras de edifício, porta traseira)
nome masculino
1. Porta pequena em muralha para serventia de pouca monta.
2. Portinha ou janela pequena numa porta grande.
3. Fresta parcial em porta ou janela, geralmente resguardada com uma portinhola.
4. Pequena porta ou abertura destinada a atendimento ao público, geralmente para pagamentos, recebimentos, venda de bilhetes, etc. = GUICHÉ
5. Abertura no tampo dianteiro das grandes vasilhas de aduela.
6. [Marinha] Tampa com que se fecham as vigias e gateiras.
"Postigo", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em
linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/Postigo [consultado em
15-04-2021].
Mas esta não é a verdadeira origem do uso do nome postigo usada nos comunicados sobre a pandermia (sim, com r)!!!
Não há nada que uma certa claque política goste mais, do que o palco. Seja das redes sociais, seja da televisão, não perdem uma. E os actuais desgovernantes são mestres na utilização destas novas ferramentas. A questão que se colocava, e muito premente, era a forma de divulgação do plano de desconfiamento (sim, sem n). Como divulgar aquela importante peça com 7 páginas, que iria condicionar todo o nosso futuro?
Um brilhante assessor, discretamente, escreveu no próprio documento original do plano (já falei dele aqui): Post it & GO, para que o seu ministro dilecto pudesse brilhar mais um pouco. Naturalmente, o que queria dizer era qualquer coisa do género: “Posta lá essa m. e vamos almoçar”! Ora quem fez o anúncio, não percebeu o que estava escrito e percebeu postigo… daí até às vendas ao postigo, foi um ar que se lhe deu ou, melhor, foi uma fresta que deixou passar uma corrente de ar!
Até breve, numa porta pequena, por aí!