Afinal parece que a sociedade, enquanto ser pensante, pouco organizado
mas com vontade própria, não morreu.
Contrariamente ao que
parecia há dias, mostra sinais de vida, mas precisamos de mais tempo para ver
se não são contracções involuntárias provocadas pelo rigor mortis… Estas
manifestações, de pessoas que até há bem pouco tempo preferiam ficar no sofá,
na casa de fim-se-semana ou aproveitar um dia de greve para um fim-de-semana
romântico em Paris, serão sinais de vitalidade ou tremores de fim de vida? O
tempo o dirá, mas parece certo que os New-Frankenpedras que se deleitavam em experências
post-portem, gozando, como qualquer caloiro de medicina, com as partes dos
cadáveres em estudo, vão ficar a pensar duas vezes…
Ao tentar impressionar as caloiras com a sua coragem -
atendendo à cultura googliana dos nossos estudiosos de anatomia, talvez devesse
usar a palavra alcáçova (e aqui fica uma private joke para os meus colegas,
desculpem): Coragem, Google, Força, Google, Fortaleza, Google e, finalmente, Alcáçova!
E a frase ficaria assim: Ao tentar impressionar as caloiras com a sua Alcáçova
(soa mellhor assim, não soa?), colocam-se no insustentável e moralmente
repugnante caminho da profanação dos restos mortais dos seus irmãos…
Não chegou em vida vender os anéis, sangue e órgãos e
alugar o corpo, condenando os objectos de análise a uma vida de escravatura. Depois
de o julgarem morto gozam com o aparente cadáver! O que nos salva é que os
cursos foram feitos como todos sabemos e estes setores não sabem medir a
tensão ao paciente povo que afinal estava vivo. Moribundo, mas vivo! Pode ser
que acorde, ganhe vontade própria e comece a usar o cérebro em vez do estomago,
e o coração em vez do fígado! E assim não seremos enterrado vivos....
A sobrevivência do moribundo não é trocar este médico por um
curandeiro voodoo, a sobrevivência é mandarem-nos uma junta médica, que nos
receite uma dieta equilibrada e bastante exercício físico. Tirem-nos as garrafas
de oxigénio envenenado e deixem-nos respirar o ar livre dos nossos campos... E
estes aprendizes de feiticeiro, guiados pelo feiticeiro mumificado, em fez de
fazerem olhinhos às vaquinhas que lhes sorriem, que façam olhinhos aos touros.
A tourada continua!
Resta saber se, realmente, é para continuar.
ResponderEliminarCom o azar que temos só receio que alguém se possa aproveitar do descontentamento, porque tirando o dinheiro curto, há muitas outras razões para ter ido para a rua e aí... muita coisa pode acontecer... vigaristas não nos faltam.
Bjos
Infelizmente é bem possível que sim...E os vigaristas têm cada vez mais dinheiro para ter os colarinhos ainda mais brancos e engomados..
Eliminarbjs
Ainda assim, pensar com o estômago... é coisa bastante enraizada. Mas o exercício físico começa a destacar-se.
ResponderEliminarA importância que damos ao nosso dia a dia, o que realmente valorizamos... é aquilo que vem ao cimo... ou é nata ou é merda.
Por isso não está tanto no outros, mas sim em nós mesmos.
Quem sabe se num dia de 24 horas não exista uma única coisa que mereça a alegria... um sorriso aberto e sincero.
Ainda bem que no meio deste vale de lágrimas temos tempo para umas boas gargalhadas, verdadeiras e sinceras...
EliminarValha-nos isso!
E para dançar, também. nesse caso em vez de gargalhadas será mais um sorriso de felicidade!