Há pequenas coincidências, coisas simples, que nos fazem despertar a
mente e ajudam a compreender certos fenómenos da sociedade, bastante mais
complexos. Talvez seja um pouco o que aconteceu com a maçã que caiu da árvore e
fez com que Newton... não sei. Sei que ia na direcção do miradouro da Senhora doMonte quando reparei que tinha acabado de passar por um largo, com nome de Jardim
e com a curiosa designação das Pichas Murchas. Não era do Jardim sem Flores, ou
dos Homens com Cornos, mas das Pichas Murchas, com o nome todo, bem escrito,numa placa pintada, igual a tantas outras que identificam a toponímia tão
simpática e característica de Lisboa.
Tinha acabado de passar pela Graça e talvez por isso, não
pude conter uma graçola sobre a obtenção de equivalência a relação sexual pela
via da masturbação, de um certo ministro. Instante em que se fez luz!
Na dita dura foi demitido, e bem, o Ministro da Educação por
ter sido demasiado teso com os estudantes, que segundo ele estariam numa fase
de “tesão de mijo”, imagino, para continuar nesta ordem de ideias relacionada
com o órgão sexual masculino e não o seu equivalente, talvez em plástico ou PVC,
soluções demasiado modernas e não comparáveis com o original.
Agora, na dita mole, que dizer de um ministro especializado
em ilícitos não ilegais, ou não ilegais mas ilícitos e imorais, que dá este mau
exemplo ao país pelas pressões, duras, ao que parece, mas feitas com um canudo
mole, de plástico de fraca qualidade, com selo de pechisbeque, que não tem a hombridade de se demitir e coloca o seu Primeiro numa situação desconfortável?
Será que quem baptizou o tal largo o fez inspirado noutros
locais da cidade, como S. Bento ou Belém? Ou será a salvação da economia
nacional o franchising desta toponímia tão castiça? Ou, melhor ainda, será
constituída uma comissão para dar o título de Cavaleiro das Pichas Murchas, por
actos de grande relevo e elevada baixeza, em data a anunciar?
Excelente e divertido texto!
ResponderEliminarAdorei conhecer a hitória que deu origem ao Largo da ditas Murchas,e achei uma maravilha a luz que o iluminou naquela sua passagem pela Graça...
A dita mole que não tem a coragem para se demitir é deveras constrangedor para a credibilidade da Universidade em questão.
Quanto à demissão do Ministro da Educação do tempo da dita dura, achei uma delícia toda a descrição feita.
Ha dias em que escrever é coisa que deve dar tanto gozo como a pratica de algo imensamente saboroso. Fiquei eu a pensar com os meus botões depois de ler e me fartar de rir com o que aqui está escrito.
Ele há coisas...
Um beijo e parabéns!
Janita,
ResponderEliminarObrigado! Ainda bem que gostou do escrito...
Quanto ao assunto, é realmente lamentável! Como parece não haver mais nada a fazer, imbuídos do espírito vicentino, vamos tentando ironizar!
Beijinho